Minha dúvida é baseada nas seguintes frases:
"Eu quero que você faça o dever de casa" - subjuntivo aplicado por expressar um desejo; além disso, pode-se ver, em negrito, a presença da conj. integrante, já que temos uma oração subordinada subst. objetiva direta. Todavia, sua aparição nos ajuda a entender o uso do subjuntivo, como nas demais frases:
"Eu desejo que você tenha um ótimo dia"
"Nós esperamos que você consiga passar no exame"
"Eu preciso de que você tire suas coisas da sala"
E entre outros.
Entretanto, quando esse conectivo não existir, o uso do subjuntivo poderá ser justificado como correto? Por exemplo:
"Eu preciso de uma pessoa que tem (ou que tenha?) dinheiro" - não há conj. integrante, apenas há uma preposição que assinala o verbo transitivo indireto.
"Eu gosto de pessoas que sabem escutar (ou que saibam?)" - o mesmo caso da primeira.
"Ela deseja/quer alguém que gosta de viajar (ou que goste?)" - não há sequer preposição, pois o verbo, nesta ocasião, é VTD.
Vejo as frases acima como orações subordinadas adjetivas restritivas. Estou certo? Gratificamente.
Sandro, veja:
Sempre que houver dúvida, desejo, incerteza, possibilidade, medo etc., use o presente do subjuntivo. Assim:
Espero / quero / desejo / tomara / é importante que você consiga / tenha / tire etc.
Se houver certeza, use o presente do indicativo. Veja a diferença:
"1) A governadora acredita que o índice pode ser elevado.
2) A governadora acredita que o índice possa ser elevado.
Na frase 1), temos o modo indicativo, que é o modo da realidade, isto é, o modo que apresenta o facto dum modo real e categórico. É o modo da certeza.
Na frase 2), temos o modo subjuntivo, que é o modo da possibilidade, da dúvida, da indeterminação, da incerteza.
Isto é, na frase 1), a governadora acredita que o índice de certeza pode ser elevado.
Na frase 2), a governadora acredita que o índice talvez possa ser elevado, mas não tem a certeza disso – é certeza de que pode ou não pode." (in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa)
Espero tê-lo ajudado. At.te, tutor Miguel Augusto Ribeiro.