É correto, para mim que estou ou para eu que estou?
A forma correta é "para mim que estou".
Explicação: após a preposição "para", usa-se o pronome oblíquo "mim". O uso de "eu" após uma preposição estaria incorreto. Portanto, a frase correta é:
Aqui está uma estrutura semelhante para reforçar:
José Roberto,
O "Para mim" no verso da letra da belíssima música Meu Bem Querer, de Djavan, está correto. O pronome só seria "eu" (e não mim) se ele fosse (o que não é) o sujeito de "sofrer", ou seja, do verbo no infinitivo, como nestas duas orações: "Este trabalho é para eu fazer" e "Para eu avaliar a questão, preciso de dados", nas quais o eu é sujeito de fazer e avaliar, respectivamente. Lembra-se daquela famosa frase: mim não conjuga verbo? Pois é o caso. Qual a resposta que obtemos para as perguntas: Quem vai fazer? Quem vai avaliar? Eu (e não mim).
Já na oração "Para mim, avaliar a questão é difícil", o pronome mim não exerce a função de sujeito. Não confundir com a estrutura exposta no verbete "Para eu avaliar a questão, preciso de dados". Na oração "Para mim, avaliar a questão é difícil", o sujeito do verbo ser é "avaliar a questão". Avaliar a questão é difícil.
Para a pergunta: "difícil, para quem?" a resposta é: "para mim".
Meu bem querer, meu encanto
Tô sofrendo tanto, amor
E o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor
Se, nos versos, invertemos a posição do "Para mim" verificamos ficar evidente que o pronome correto a empregar é mesmo o "mim", e não o "eu".
>>>>>
A expressão “Para mim” pode ser considerada um adjunto adverbial de opinião ou um complemento circunstancial de opinião, porquanto adiciona informações circunstanciais ao verbo, indicando a opinião ou ponto de vista do falante em relação à afirmação feita. Portanto, uma afirmação de natureza subjetiva, e não uma verdade universalmente aceita.
A forma correta é "para mim que estou". Isso acontece porque, quando o pronome pessoal (como "mim") vem acompanhado de um verbo no infinitivo, como "estar", ele deve ser precedido por "para". Já o pronome "eu" é utilizado em outras construções, geralmente sem a preposição "para" antes de um verbo.
Exemplos:
Essa regra se aplica para evitar a combinação "para eu estar", que não está gramaticalmente correta.