Uau, vamos lá, que essa é difícil.
Na frase "Vive-se uma era na qual se obtém qualquer conteúdo em segundos", o "se" ligado ao verbo "viver" tem valor de índice de indeterminação do sujeito. Vamos analisar cada uma das alternativas e verificar a função do "se" em cada caso.
A) "Ainda se via num mundo de incertezas."
Aqui, o "se" é um índice de indeterminação do sujeito. O verbo "via" é transitivo direto, e não há um sujeito determinado que realiza a ação de ver. Portanto, "via-se" indica que alguém, de forma indeterminada, via algo.
B) "Meu pai tranquilizou-se quando cheguei."
Neste caso, o "se" é um pronome reflexivo. O verbo "tranquilizar-se" é um verbo pronominal que indica que a ação recai sobre o próprio sujeito ("meu pai").
C) "Ele arrependeu-se da vida que levava."
Aqui, o "se" é parte integrante do verbo. O verbo "arrepender-se" é um verbo essencialmente pronominal, ou seja, sempre vem acompanhado do pronome "se", indicando uma ação reflexiva.
D) "Fez-se novo silêncio dentro do quarto."
O "se" aqui é uma partícula apassivadora. O verbo "fazer" é transitivo direto e a oração está na voz passiva sintética, onde "novo silêncio" é o sujeito paciente da ação de "fazer".
E) "A mãe queixava-se baixinho."
Neste caso, o "se" é parte integrante do verbo. O verbo "queixar-se" é um verbo pronominal que indica que a ação de queixar recai sobre o próprio sujeito ("a mãe").
Agora, respondendo às suas perguntas:
Na letra A, é pronome reflexivo ou índice de indeterminação do sujeito?
O "se" é índice de indeterminação do sujeito, porque o verbo "ver" é transitivo direto e o "se" indica que o sujeito é indeterminado.
Na letra B, é pronome reflexivo ou partícula apassivadora?
O "se" é pronome reflexivo, porque o verbo "tranquilizar-se" indica que a ação recai sobre o próprio sujeito.
Na letra C, é parte integrante do verbo ou índice de indeterminação do sujeito?
O "se" é parte integrante do verbo, porque "arrepender-se" é um verbo essencialmente pronominal.
Na letra E, é parte integrante do verbo ou índice de indeterminação do sujeito?
O "se" é parte integrante do verbo, porque "queixar-se" é um verbo essencialmente pronominal.
Nicoli, veja:
"Vive-se uma era na qual se obtém qualquer conteúdo em segundos", - IIS; VTD: vive o quê?
o se ligado ao verbo "viver" tem o mesmo valor em:
A) Ainda se via num mundo de incertezas.- pron. reflexivo
B) Meu pai tranquilizou-se quando cheguei. - pron. reflexivo
C) Ele arrependeu-se da vida que levava. - pron. reflexivo
D) Fez-se novo silêncio dentro do quarto. - IIS, VTD: fez o quê? - correta
E) A mãe queixava-se baixinho.- pron. reflexivo
Leia mais:
"A palavra "se", quando empregada junto a verbos intransitivos ou transitivos indiretos, não exerce qualquer função sintática na oração. A sua forma está sendo empregada tão somente para marcar um sujeito indeterminado.
Exemplos:
...[morrer: verbo intransitivo]
...[se: índice de indeterminação do sujeito = alguém morre]
...[acreditar: verbo transitivo indireto]
...[se: índice de indeterminação do sujeito = alguém acreditava]
Nas orações em que aparece o índice de indeterminação do sujeito a concordância verbal é fixa: verbo na terceira pessoa do singular. Dessa forma, tem-se marcado o fato de não se poder identificar um sujeito exato.
Precisa-se de balconistas. [Adequado]" (http://www.nilc.icmc.usp.br/)
Espero tê-la ajudado. At.te, tutor Miguel Augusto Ribeiro.
Na frase "Vive-se uma era na qual se obtém qualquer conteúdo em segundos", o ‘se’ ligado ao verbo "viver" tem o mesmo valor em:
a) Ainda se via num mundo de incertezas.
b) meu pai tranquilizou-se quando cheguei.
c) Ele arrependeu-se da vida que levava.
d) Fez-se novo silêncio dentro do quarto.
e) A mãe queixava-se baixinho.
Nicoli,
Na frase “Vive-se uma era na qual se obtém qualquer conteúdo em segundos”, o ‘se’ ligado ao verbo “viver” tem o mesmo valor que o encontrado na opção “d” “Fez-se novo silêncio dentro do quarto”, ou seja, de indeterminação do sujeito, em que não é possível especificar quem pratica a ação. Ambos são exemplos de voz reflexiva, indicando uma ação que ocorre sobre o próprio sujeito indeterminado.
Obs.: O verbo "fazer", na frase em comento, tem o sentido de estabelecer-se, reinar.
Analisando a função do “se” em cada uma das opções, temos:
a) Ainda se via num mundo de incertezas.
b) “Meu pai tranquilizou-se quando cheguei.”
c) “Ele arrependeu-se da vida que levava.”
d) Fez-se novo silêncio dentro do quarto.
e) “A mãe queixava-se baixinho.”
Em síntese:
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A P Ê N D I C E
O se será índice de indeterminação do sujeito ou pronome indeterminador do sujeito com verbo transitivo indireto, verbo intransitivo e verbo de ligação, sempre na 3.ª pessoa do singular.
Veja exemplos em que se transforma o sujeito determinado em sujeito indeterminado, por meio do emprego do pronome se, com o verbo saber em regime intransitivo:
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Veja, na sequência, os casos em que o verbo acompanhado do pronome se não configura voz passiva e, portanto, não se pluraliza. Isso acontece com os verbos (1) intransitivos; (2) transitivos indiretos e (3) verbos de ligação. São verbos que, não tendo um objeto direto, não admitem a construção passiva. Neste caso o sujeito é indeterminado, representado então pelo pronome se, que se chama "índice de indeterminação do sujeito". E o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular, impessoal, pois aí ele não tem com quem concordar.
1. Intransitivos são os verbos que não precisam de complemento/substantivo; geralmente são acompanhados de um adjunto adverbial ou predicativo. Exemplos de verbos intransitivos usados impessoalmente (o sujeito é indeterminado):
2. Transitivos indiretos são os verbos que requerem um complemento regido de preposição. Então, ao ver o complemento / substantivo com a partícula se acompanhada de uma preposição, você já sabe que não deve pluralizar o verbo, mesmo que esse substantivo esteja no plural, justamente porque aí ele não é o sujeito do verbo, mas sim o objeto indireto:
3. Também com os verbos de ligação ser e estar, o pronome se marca a indeterminação do sujeito: