A frase " que em 2024 nossos objetivos sejam ainda mais maiores e nossas metas , alcançadas com sucesso. Esta correta?
Está errada a sua frase. Ao usar "mais maiores" você dá sentido de redundância e gramaticalmente não se escreve dessa forma. O correto é:
"Que em 2024 nossos objetivos sejam ainda maiores e nossas metas alcançadas com sucesso."
Olá,
Não, a forma está equivocada mesmo! Porque o adjetivo já está em sua forma comparativa de superioridade. Logo, seria incorreto gramaticalmente usar esse forma. E talvez nem entre em redundância [como figura de linguagem, digo], porque o uso não é quiçá gramatical [digo no sentido linguístico].
Porém, pouco se sabe da existência de: "mais pequeno" e "mais grande", quando o termo comparado é o mesmo.
Por exemplo: "Sou mais pequeno do que grande" [Eu comparado comigo mesmo].
Em Sacconi [Nossa Gramática: teoria e prática], há excelentes explicações sobre esses fatos da língua.
Abraços,
Prof. Carlos Araújo.
Não é correta, porque "mais" indica a ideia de aumentativo e "maiores" também. Ou é mais (alguma coisa), ou é maior.
Da mesma forma, não existe menos menor.
Danielly, é redundância da oralidade, mas em registro formal fale ou escreva assim:
"Que em 2024 nossos objetivos sejam ainda maiores; e nossas metas, alcançadas com sucesso. "
Em pergunta de outra pessoa nesta plataforma, respondi assim:
"Maior já é o superlativo. Mais grande é usado em comparativos de superioridade, para evitar estranheza:
Esta casa é mais grande (do) que bonita.
Também pode-se usar mais bom/mau nesse sentido:
Ele é mais bom (do) que mau.
Em outras situações de comparação entre dois seres, objetos etc., use seus superlativos: maior, menor, pior, melhor."
Espero tê-la ajudado. At.te, tutor Miguel Augusto Ribeiro.
Oi, Danielly! "Maior" já dá a ideia de "mais grande" (cujo uso só se dá em situações específicas, como já citado aqui), "mais alto", "mais volumoso", "mais intenso" etc. Sendo assim, o uso do "mais" aí está inadequado, visto que ele já está 'embutido' em "maior".
Danielly,
Que em 2024 nossas metas e objetivos* - que desejamos ainda maiores - sejam alcançados com sucesso.
O emprego do advérbio mais antes de maior é inadmissível, considerando que maior já é superlativo, ou seja, já está no mais alto grau de comparação, no grau extremo ou mais elevado, a exemplo de ótimo, que é o superlativo irregular de bom, não comportando, não havendo espaço para mais.
De acordo com Sacconi, mais pode ser empregado antes de todos os adjetivos passíveis de comparação, exceto os que já trazem o sufixo superlativo, como anterior, inferior, superior, maior, absoluto.
Portanto, não se deve dizer mais inferior nem mais superior, pois Inferior e superior já são comparativo.
O uso da língua portuguesa não abona, modernamente, o comparativo analítico: mais grande, mais bom, mais mau, quando se trata de comparações entre qualidades de seres diferentes. Admite-se o comparativo analítico mais pequeno, que, entretanto, vem sendo utilizado com menos frequência, preferindo-se a forma menor.
Como lembra Evanildo Bechara, empregam-se as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno, em vez de melhor, pior, maior, menor, quando se confrontam qualidades de um mesmo ser, conforme exemplos abaixo:
a) Ele era um homem mais grande que pequeno (correto).
b) Ele era um homem maior que menor (errado).
c) É mais bom do que mau (e não: É melhor do que mau).
d) A escola é mais grande do que pequena.
e) Escreveu mais bem do que mal.
f) Ele é mais bom do que inteligente.
Na linguagem moderna é preferível o uso dos comparativos analíticos mais bem e mais mal, em vez dos sintéticos melhor ou pior, antes do particípio passado (mais bem feito, mais bem informado, mais mal escrito), embora não seja incorreta a forma sintética, que é encontrada, uma ou outra vez, em escritores clássicos. Há de se convir que são um tanto quanto esquisitas, antieufônicas (ou não?) formas como 'melhor feito', 'pior colocado’, ‘pior governado’, ‘pior entendidas’ e ‘pior recebido’.
Para Cândido de Figueiredo, em boa linguagem diz-se:
- A testemunha mais bem informada [preferível (mais eufônica) a melhor informada] não depôs nos autos.
- A testemunha mais mal informada [preferível (mais eufônica) a pior informada] acabou depondo nos autos.
- Estas são as razões de recurso mais mal feitas [preferível (mais eufônica) a pior feitas] que já vi.
- Ele é o candidato mais bem indicado [preferível (mais eufônica) a melhor indicado] para o cargo.
O adjetivo absoluto, que significa ilimitado, soberano, único, não admite, igualmente, pela sua superlatividade, o advérbio mais.
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Superlativo - Que designa o mais alto grau de comparação de adjetivos e advérbios, usado para indicar o grau extremo ou mais elevado em qualidade, quantidade ou intensidade, como o menor, o melhor e o mais cedo, formas superlativas de pequeno, bom e cedo.
O superlativo se divide em superlativo absoluto e superlativo relativo. O superlativo absoluto, por sua vez, se subdivide em superlativo absoluto sintético e superlativo absoluto analítico.
O superlativo absoluto é o grau do adjetivo que exprime a qualidade de um ser sem relacioná-la com outra. Exemplos:
O superlativo relativo é o grau do adjetivo que encarece para mais ou para menos a qualidade de um ser, estabelecendo comparação (com outros seres, em relação a outros seres). Pode ser, portanto, de superioridade (a mais bela) e de inferioridade (a menos bela).
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( * ) - Por falar em objetivo e meta, é interessante deixar aqui o registro da diferença entre um e outra. O objetivo diz respeito ao que se pretende alcançar, enquanto a meta significa as atividades (tarefas) específicas a serem implementadas (executadas) para atingir o objetivo.
Registre-se também a diferença existente entre objetivo e estratégia. O objetivo está para O QUE; a estratégia, para COMO. O objetivo é o alvo que se quer alcançar. A estratégia será a maneira, o caminho a ser percorrido, a fim de alcançar o objetivo.