Quantas estrofes tem no poema:
Hoje estou sem sorte
Tudo me cai da mao
Para nao perder a cabeça
Vou fugir para o Japão
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1 estrofe.
Gabriel,
Pelas definições e exemplificação que veremos a seguir, o poema por você apresentado tem uma estrofe apenas e quatro versos.
Os textos poéticos são estruturados em versos, ou seja, em linhas que apresentam unidades de sentido e, em muitos casos, efeitos sonoros/ritmo, como as rimas. O verso, portanto, é cada uma das linhas de um poema, caracterizando-se por possuir certa linha melódica ou efeitos sonoros, além de apresentar unidade de sentido.
Já a estrofe, segundo o Grande Dicionário Sacconi, é o conjunto de dois ou mais versos, geralmente de sentido completo, que apresentam ou não rima entre si e são classificadas de acordo com o número de versos que as compõem. A estrofe de dois versos se chama dístico; a de três, terceto; a de quatro, quarteto; a de cinco, quinteto ou quintilha; a de seis, sexteto ou sextilha; a de sete, setilha (muito rara); a de oito, oitava; a de nove, novena ou nona (muito rara); e a de dez versos recebe o nome de décima. Estrofes com mais de dez versos são muito pouco encontradas.
O conceito ou definição de estrofes é apresentado, de maneira clara e precisa, pela Profa. Maria Luciana Kuchenbecker Araújo, in portal brasilescola.uol.com.br, e é muito feliz na exemplificação com o “Soneto de Fidelidade”, de Vinicius de Moraes:
“Nos estudos sobre a poesia moderna, as estrofes são definidas como sendo cada uma das seções que constituem um poema. Cada seção é composta pelo agrupamento de versos, rimados ou não, com unidade de sentido e ritmo. O início e o fim de cada estrofe do poema são delimitados com espaços em branco. Essa estrutura revela a pausa rítmica que deve ser considerada durante a leitura do texto.”
"Observe como foi estruturado o poema “Soneto de Fidelidade”, de Vinicius de Moraes, a partir de seus versos, estrofes e rimas:
Soneto de Fidelidade:
De tudo ao meu amor serei atento (verso 1)
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto (verso 2)
Que mesmo em face do maior encanto (verso 3)
Dele se encante mais meu pensamento. (verso 4) ? (Versos 1, 2, 3 e 4/quarteto: 1ª Estrofe)
Quero vivê-lo em cada vão momento (verso 1)
E em seu louvor hei de espalhar meu canto (verso 2)
E rir meu riso e derramar meu pranto (verso 3)
Ao seu pesar ou seu contentamento. (verso 4) ? (Versos 1, 2, 3, e 4/quarteto: 2ª Estrofe)
E assim, quando mais tarde me procure (verso 1)
Quem sabe a morte, angústia de quem vive (verso 2)
Quem sabe a solidão, fim de quem ama. (verso 3) ? (Versos 1, 2, 3/terceto: 3ª Estrofe)
Eu possa me dizer do amor que tive (verso 2)
Que não seja imortal, posto que é chama (verso 2)
Mas que seja infinito enquanto dure. (verso 3) ? (versos 1, 2 e 3/terceto: 4ª estrofe)
(MORAES, Vinicius de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960, p. 96.)
Fique atento: O poema de Vinicius de Moraes não somente recebe o nome, como também é classificado como um soneto, ou seja, um poema composto por quatro estrofes, sendo as duas primeiras estruturadas por quatro versos (quartetos) e as outras duas estrofes compostas por três versos (tercetos)."
De acordo, ainda, com o Grande Dicionário Saconni, o soneto é um poema lírico de catorze versos dispostos em dois quartetos e dois tercetos, rimados esquematicamente. Criado no século XIII na Itália, o soneto foi aperfeiçoado por Petrarca e, a partir de então, passou a ser usado na literatura europeia em larga escala. Adquiriu sua perfeição em Portugal, com Camões, Bocage e Antero de Quental. No soneto tradicional, o último verso encerra a essência do pensamento geral do poema.
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