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Alex há 1 ano
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Regencia verbos avise e simpatizo

fiz uma prova e acho que uma questão pode ser anulada por mais de uma opção correta:

Assinale a alternativa em que a regência das
palavras está correta.Assinale a alternativa que indica corretamente
uma das funções dos dois pontos ( : ).
(A) Assistimos o filme da Barbie ontem.
(B) Não simpatizo com ela.
(C) Avise sua mãe quando chegar em casa.
(D) Não consigo agradar ele.

Apenas a opção C esta correta? E a opção B?

Português Geral
4 respostas
Professor Gustavo M.
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Respondeu há 1 ano
Contatar Gustavo

Não entendi a pergunta quanto aos dois pontos. Foi algum erro de digitação?

Quanto à regência, você está certo em enxergar que ambas as respostas B e C podem ser consideradas corretas, afinal, a regência dos dois verbos foi aplicada sem erro.

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Professor Miguel R.
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Respondeu há 1 ano
Contatar Miguel Augusto

Alex, a opção correta é a B: simpatizar com alguém - VTI

A - incorreta; assistir ao filme - VTI

C - incorreta; avisar alguma coisa a alguém ou avisar alguém de alguma coisa - avise a sua mãe

D - incorreta; agradar-lhe: no sentido de contentar, satisfazer, é verbo transitivo indireto - com preposição a ou pronome pessoal oblíquo "lhe", que tem função de obj. indireto. Assim: agradar a ele, à sua mãe, ao professor ou agradar-lhe

Espero tê-lo ajudado.  At.te, tutor Miguel Augusto Ribeiro. 

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Professor José G.
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Respondeu há 1 ano
Contatar José Macílio

Alex,

Na opção C, a regência que está sendo questionada ou avaliada não é a do verbo avisar, mas do verbo chegar.

A questão poderia apresentar duas respostas corretas (opções B e C) se a banca organizadora do concurso não tivesse tapado o sol com peneira e ignorado o emprego, já consagrado e abonado por escritores e gramáticos, do verbo chegar regido pela preposição em, quando se trata especificamente de casa (lar, domicílio): chegar em casa (Ele chegou em casa tarde), e não chegar a casa (Ele chegou a casa tarde), construção considerada artificial.

OPÇÃO B: Não simpatizo com ela.

O verbo simpatizar, com o sentido de ter simpatia, afinidade ou afeição, é transitivo indireto, regendo a preposição com (simpatizar com algo ou com alguém). A opção B estaria incorreta se o verbo simpatizar tivesse sido empregado como pronominal, ou seja, acompanhado do pronome oblíquo átono meNão me simpatizo com ela. Este verbo somente admite o pronome quando empregado com o significado de simpatia mútua, recíproca:

  • Elas simpatizaram-se à primeira vista e tornaram-se grandes amigas.

 

OPÇÃO C - Avise sua mãe quando chegar em casa.

Sobre o regime do verbo chegar, Domingos Paschoal Cegalla, in Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa, registra que:

1. Seu adjunto adverbial de lugar é regido da prep. a: Chegamos a (e não em) Brasília às 10 horas. / Poucos alpinistas chegaram àquele pico. / Esta é a situação dramática a que chegamos. / "Afastou-o do alvo a que pretendia chegar." (Machado de Assis)

2. 'Chegar em um lugar' é regência dominante na fala brasileira e ocorre com frequência até em bons escritores: "Quando ele chegou na cidade, entrou na primeira venda." (Autran Dourado, Monte da Alegria, pág. 74) / "Chegou em casa triste." (Menotti del Picchia) "Quando chegou na rua, um espinho feria-lhe o coração." (Marques Rebelo, A Estrela Sobe, p. 114).

3. Na língua culta formal, porém, deve-se usar a prep. a: chegar à cidade, chegar a Campinas, chegar àquela ilha, etc.

4. 'Chegar a casa' é regência correta, mas, de modo geral, estranha a brasileiros, que dizem e escrevem 'chegar em casa': Ele chegou em casa cansado.

5. Chegar a casa é a regência correta, se bem que pouco seguida no Brasil, onde em geral se diz 'chegar em casa', no sentido de 'chegar ao lar'. Na literatura de hoje poucos escritores a observam. Um exemplo: "Ao chegar a casa, Tavares encontrou a irmã preocupada." (Dias Gomes, Decadência, p. 12, 1995).

Em relação ao verbo avisar, quanto ao regime, pode ser empregado como transitivo direto (v.t.d.), transitivo indireto (v.t.i.), transitivo direto e indireto (v.t.d.i.), pronominal (v.p.) e intransitivo (v.i.).

Ele admite como complemento para pessoa tanto o objeto direto quanto o objeto indireto. Assim, é correto dizer ou afirmar:

  •  Avisar alguém de alguma coisa (O.D. para pessoa e O.I. para coisa).
  • Avisar a alguém alguma coisa (O.I. para pessoa e O.D. para coisa).

 

Exemplos:

  • Avise a eles que já temos o resultado das eleições. (O.I. para pessoa e O.D. para coisa)
  • Avisaram-lhe que deveria prestar depoimento. (O.I. para pessoa e O.D. para coisa)
  • Avise o pessoal da minha chegada! (O.D. para pessoa e O.I. para coisa)
  • Avisei a polícia rodoviária do acidente no quilômetro 16. (O.D. para pessoa e O.I. para coisa)
  • Avise-os do resultado das eleições! (O.D. para pessoa e O.I. para coisa)
  • Ele me avisou do perigo que eu corria. (O.D. para pessoa e O.I. para coisa)

 

O verbo avisar figura, ainda, entre os verbos que podem aparecer com qualquer complemento verbal elíptico (omitido).

Exemplos:

  • Avisei a turma (elipse do objeto indireto).
  • Avisei de que tinham de trazer mais cerveja (elipse do objeto direto).
  • Avisou a família e partiu (elipse do objeto indireto).
  • Avise a polícia rodoviária, em caso de acidente! (elipse do objeto indireto.)

 

Quanto às opções A e D, estão erradas pelos seguintes motivos:

(A) Assistimos o filme da Barbie ontem. A forma correta é Assistimos ao filme da Barbie ontem. Motivo: o verbo assistir, com o sentido de ver, ser espectador, é transitivo indireto, regendo a preposição a.

(D) Não consigo agradar ele. A forma correta é Não consigo agradar a ele ou Não consigo agradar-lhe.

Motivo: Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles), ordinariamente usados como sujeito, não podem ser empregados como complemento direto (não regidos de preposição). Afora isso, o verbo agradar, com o sentido de ser agradável a, causar satisfação a; dar prazer, contentar, é recomendada, pela maioria dos gramáticos, a sua utilização como transitivo indireto, embora haja exemplos do seu emprego como transitivo direto nessa acepção, e não somente com o sentido de mimar, fazer agrados a, acariciar, afagar.

É isso.

 

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Professora Natália S.
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Respondeu há 1 ano
Contatar Natália
Olá, Alex. No caso da opção B, não cabe dois pontos, a regência do verbo simpatizar pede um objeto indireto. O sinal dois pontos introduz uma explicação ou uma informação nova.

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