pV = nRT supondo que todos os gases se comportem como ideais.
p = nRT/V para todos os gases que são formados
como 4 mols de KNO3 formam, ao todo 8 mols de gases, e como todos tem comportamento ideal então pressão total é o somatório das pressões parciais, ento, podemos escrever de forma simplificada que: pt = ntRT/V
4mols KNO3 ------- 8 mols gases
0,05 mols KNO3 ------- nt mols de gases
nt = 0,05 x8/4
nt = 0,10 mol
V = 2 mL = 0,002 L
pt = 0,1 x 0,082 x 600/0,002
pt = 2400 atm.
A questão é totalmente desprovida de sentido. Vejamos algumas considerações:
A temperatura de queima da pólvora ultrapassa facilmente 600 K. Na verdade pode atingir temperatura na ordem de 1500 K. A pressão pode variar bastante em função do formato do estojo e da própria granulação da pólvora, mas usualmente está entre 1500 atm a 8000 atm. Esse tipo de problema apresenta profundidade e não pode ser resolvido com base na estequiometria e equação geral dos gases. A pólvora é uma mistura que gera produtos diferenciados, entre eles, N2, SO2, SO3, CO, CO2, K2O, KNO2,K2S e K2CO3, sendo os três últimos, denominados de fase condensada da combustão. Os gases efetivamente exercem pressão sobre o projetil, mas é preciso considerar que o sistema apresenta Q=U (que advém da relação dU = Q - W), e para uma reação muito rápida pode ser considerado um processo adiabático. O valor de Q, associado a dH na reação permite calcular a temperatura real no interior do cartucho a partir da relação cp/cv dos gases liberados (lembremos que Q=m.c.dT, porém o calor específico de um gás varia de acordo com p e T). São cálculos com algum grau de complexidade porque exigem dados termodinâmicos e, de certa forma, trabalhosos. Uma vez calculado o valor de T no sistema, considerando que é adiabático é possível calcular qualquer grandeza relacionada, como p e W aplicado sobre o próprio projetil. Entendo que o problema tem finalidade didática, mas foge totalmente do comportamento real. Boa pesquisa.
Francisco Enoque da Costa Montenegro. Ms; Quim.Ind. Esp.em Energias.