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Formação dos estados: antigos regimes vs constitucionais

Olá Professor(a)

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Uma afirmação provocou algumas Dúvidas.
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AFIRMAÇÃO: A criação de estruturas burocráticas fortes e complexas consiste em uma das marcas caracterizadoras dos Estados modernos, tanto nos antigos regimes como nas sociedades constitucionais.
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A afirmação parece estar errada no que se refere a classificação dos Estados modernos em dois tipos: "antigos regimes" e "sociedades constitucionais"

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DÚVIDAS:
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DÚVIDA 01 - A história da formação dos Estados não é dividida em duas fases ou períodos: (-1-) época da monarquias absolutistas (com instituições não burocráticas e marcadas pelo patrimonialismo) (-2-) época dos Estados modernos em que surge as sociedades constitucionais?
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DÚVIDA 02 - Os Estados modernos podem ser separados ou classificados em dois tipos: "Estado do antigo Regime" e "Sociedades Constituicionais"?
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DÚVIDA 03 - Quais as caracteristicas que permitem identificar um "Estado do antigo Regime" que possui estruturas burocráticas fortes e complexas?
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DÚVIDA 04 - Na prática, na vida real, na história da formação dos Estados, quais seriam os exemplos de "Estado do antigo Regime" que possuiam estruturas burocráticas fortes e complexas? 
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DÚVIDA 05 - Na história da formação dos Estados, existe pelo menos TRÊS exemplos de "Estado do antigo Regime" que possuiam estruturas burocráticas fortes e complexas?

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Obs.: No cadastro da Dúvida em "Escolha uma disciplina" esta dúvida deveria estar em "Humanas >> Sociologia" ou "Humanas >> Ciências Sociais" ou outra opção?

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> O cadastro foi feito em Humanas >> Sociologia.
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4 respostas
Professora Cirleia O.
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Respondeu há 1 ano
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A formação dos estados, seja por regimes antigos ou constitucionais, refere-se aos processos históricos pelos quais as sociedades  organizam suas formas de governo e vieram a estabelecer as bases legais e políticas para a administração pública, esse processo tem algumas características bem peculiares. Sendo que vários autores trataram do assunto como Platão, Thomas Hobbes, Montesquieu, dentre outros.

Esse espaço é muito pequeno para sanar todas as tuas dúvidas, mas estou a disposição para aulas particulares assim conseguirá esclarecer esses questionamentos.

 

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Professor Giocemar C.
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Respondeu há 11 meses
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Ola. Primeiramente importa esclarecer que são várias duvidas suas que envolvem diferentes épocas e diferentes autores, o que demandaria ter aulas, para as quais me coloco a sua disposição. As monarquias nacionais suscederam outros tipos de regimes monárquicos absolutistas e, as novas monarquias já possuiam uma burocracia administrativa mas, se pode imaginar a passagem do feudalismo para o capitalismo. Resumindo, importa também saber qual sua fonte e autor quando afirma "  estruturas burocráticas fortes e complexas" para saber que se entende por esta afirmação. Toda pergunta se baseia numa concepção afirmada que pode ser questionada. A formação dos estados tem a ver com a formação das monarquias (baixa idade média?), com a dissolução dos impérios e com a nascimento das repúblicas, o que envolve a história, envolve a filosofia quando pensamos no surgimento de estados constitucionais, com uma constituição, o que nos leva a lembrar do nascimento da democracia, dos regimes democráticos e aos pensadores da filosofia contratualista e, a sociologia pode nos responder sobre a burocratização política dos estados constitucionais. Ainda suas dúvidas perguntam sobre tipos de estados,mas quais são os estados do antigo regime? Qual regime? É muita coisa! É preciso mais objetividade.

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Professor Tiago S.
Respondeu há 3 meses
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Professora Ana M.
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Respondeu há 2 meses
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A afirmação sobre a criação de estruturas burocráticas nos Estados modernos levanta diversas questões sobre a formação histórica e a classificação dos tipos de Estados. Vamos responder cada uma de suas dúvidas com uma abordagem sociológica e histórica.

DÚVIDA 01: Divisão da História da Formação dos Estados

A história da formação dos Estados pode ser analisada em diferentes fases, mas a simplificação em dois períodos - monarquias absolutistas e sociedades constitucionais - não captura totalmente a complexidade do desenvolvimento dos Estados modernos.

  • Época das Monarquias Absolutistas: Caracterizada pela concentração de poder nas mãos de um monarca, onde as instituições eram, em grande parte, não burocráticas e dependiam do patrimonialismo, que é a confusão entre a propriedade privada e a pública. Esse período é marcado pela falta de uma burocracia administrativa moderna, e as decisões eram frequentemente baseadas em interesses pessoais e familiares.

  • Época dos Estados Modernos: A transição para sociedades constitucionais representa um desenvolvimento significativo, onde as estruturas burocráticas começam a se solidificar, dando origem a um sistema mais complexo de governança. As sociedades constitucionais emergem com a ideia de que o poder deve ser legitimado por normas e leis, que estão formalmente estabelecidas em constituições.

DÚVIDA 02: Classificação dos Estados Modernos

A afirmação de que os Estados modernos podem ser classificados como "Estado do Antigo Regime" e "Sociedades Constitucionais" pode ser enganosa.

  • Estado do Antigo Regime: Refere-se a um sistema político caracterizado pela monarquia absoluta e pela estrutura de poder concentrada. Nele, a burocracia, quando presente, era limitada e baseada em redes clientelistas ou na lealdade pessoal ao monarca.

  • Sociedades Constitucionais: Representam um avanço em relação ao antigo regime, onde a governança é baseada em princípios democráticos e na legalidade. A burocracia aqui se torna mais formalizada e impessoal, com um sistema legal que regula as ações do governo.

Portanto, a classificação em "antigos regimes" e "sociedades constitucionais" é mais adequada para um entendimento linear da evolução política, mas não necessariamente reflete a coexistência e a transição gradual entre diferentes formas de governo.

DÚVIDA 03: Características de um "Estado do Antigo Regime"

Um "Estado do Antigo Regime" pode apresentar algumas características que incluem:

  1. Centralização do Poder: O poder é altamente centralizado nas mãos do monarca, que exerce autoridade suprema.

  2. Estruturas Burocráticas Limitadas: A burocracia existente é frequentemente ineficaz, baseada em relações pessoais e clientelistas, com um foco em lealdades dinásticas.

  3. Falta de Legalidade Formal: As decisões são tomadas de acordo com a vontade do monarca e não seguem uma estrutura legal definida.

  4. Patrimonialismo: Confusão entre a propriedade do Estado e a propriedade pessoal do governante, levando a um sistema em que recursos públicos são geridos como bens privados.

DÚVIDA 04: Exemplos de "Estado do Antigo Regime" com Estruturas Burocráticas

Na história, alguns exemplos de "Estados do Antigo Regime" que possuíam burocracias mais complexas, mesmo que não necessariamente modernas, incluem:

  1. França: Antes da Revolução Francesa, a França sob Luís XIV tinha uma administração centralizada, com uma burocracia que, apesar de suas falhas, era mais complexa em comparação com outros Estados absolutistas da época. O sistema de intendentes, que atuavam em regiões, exemplifica uma estrutura burocrática em desenvolvimento.

  2. Prússia: Durante o século XVIII, a Prússia, sob o governo de Frederico II, começou a desenvolver um Estado mais burocrático, onde se buscava racionalizar a administração pública, ainda que com fortes características absolutistas.

  3. Império Austro-Húngaro: Embora também seja um Estado com características burocráticas limitadas, havia uma complexidade administrativa em algumas áreas, especialmente em relação à diversidade étnica e à necessidade de governança em várias regiões com diferentes línguas e culturas.

DÚVIDA 05: Três Exemplos de "Estado do Antigo Regime"

Além dos exemplos já citados, podemos destacar:

  1. Reino Unido: Durante o período Tudor, embora estivesse em transição, a centralização do poder real e a presença de burocratas leais à coroa refletiam algumas características do "Antigo Regime", mesmo que o Reino Unido estivesse se movendo em direção a um sistema mais constitucional.

  2. Rússia: Sob o governo de Pedro, o Grande, houve uma tentativa de modernização e construção de uma burocracia mais eficiente, mesmo que ainda em um contexto de absolutismo e controle centralizado.

  3. Espanha: O absolutismo de Filipe II e o controle sobre as colônias também refletem características de um "Estado do Antigo Regime", onde a burocracia se desenvolveu em torno dos interesses do monarca e da administração colonial.

Justificativa e Fundamentação Sociológica

A análise das formas de governo e das estruturas burocráticas à luz da sociologia permite entender como o poder é organizado e legitimado em diferentes contextos históricos. A burocracia, como um fenômeno social, reflete não apenas a necessidade de governança, mas também as relações de poder e a forma como a sociedade se organiza para atender às demandas administrativas.

  • Prós:

    • Complexidade Administrativa: A burocracia é essencial para a administração de Estados modernos, facilitando a implementação de políticas públicas e a gestão de recursos.
    • Imparcialidade: Estruturas burocráticas podem promover uma gestão mais imparcial e eficiente, reduzindo a corrupção e a arbitrariedade associadas ao patrimonialismo.
  • Contras:

    • Rigidez: Estruturas burocráticas podem se tornar excessivamente rígidas e lentas, dificultando a inovação e a adaptação a novas realidades sociais.
    • Desumanização: O foco excessivo em procedimentos pode levar à desumanização do atendimento ao cidadão, criando uma distância entre o Estado e os indivíduos.

Melhor Solução

A melhor abordagem para a compreensão das estruturas burocráticas nos Estados modernos é reconhecer a complexidade e a evolução dos sistemas administrativos ao longo do tempo. A distinção entre "Estados do Antigo Regime" e "Sociedades Constitucionais" deve ser vista como uma continuidade, onde os processos históricos e sociais moldaram as formas de governo e a administração pública.

Recomenda-se que o estudo da formação dos Estados seja realizado em uma perspectiva multidisciplinar, incluindo história, ciência política e sociologia, a fim de fornecer uma compreensão mais rica e crítica sobre as dinâmicas de poder e as estruturas administrativas que moldaram as sociedades contemporâneas.

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