No trecho mencionado do livro "1984", a utilização de "ser" em vez de "serem" pode ser atribuída a uma construção comum em certas variedades de português, especialmente em Portugal, onde o infinitivo pessoal nem sempre é distinguido do impessoal em situações como essa. Tradicionalmente, utiliza-se "serem" (infinitivo pessoal) quando se refere a um sujeito expresso, como "os prisioneiros", para deixar claro que a ação do infinitivo refere-se a eles.
No entanto, o uso do infinitivo impessoal "ser" poderia ser uma escolha estilística ou também refletir variações no português europeu, onde essa forma é frequentemente aceita. Além disso, pode ser apenas uma questão de tradução ou escolha deliberada do tradutor para manter certa fidelidade ao tom ou contexto da obra original. Em traduções, às vezes os tradutores fazem escolhas que combinam com o registro ou o estilo pretendido.
Em resumo, enquanto "serem" seria gramaticalmente prescritivo em português brasileiro, "ser" pode ser aceitável em determinadas contextos ou variantes do português.