FREUD
- Primeira estrutura tópica (Consciente, pré-consciente e inconsciente).
- Segunda estrutura tópica (id, ego e superego).
- Regra fundamental da análise, consiste em manter um discurso que se afasta de uma conversa comum, pela livre associação de ideias.
- A transferência é a base da estratégia do analista na direção do tratamento e é somente a partir desta base que o diagnóstico pode ser investigado.
- A transferência não é condicionada ou motivada pelo analista, não é uma função do analista e sim do analisando → a função do analista é saber utilizá-la.
- Para que o processo de análise aconteça e se atinja um determinado objetivo, torna-se necessário um período que o anteceda: análise de prova, ou tratamento de ensaio (Lacan chama de Entrevistas preliminares).
- Diagnóstico é estrutural e constituído por meio dos três modos de negação do Édipo:
1- Negação da castração, através do recalque, na neurose;
2- Negação da castração através do desmentido, na perversão;
3- Negação foraclusão (mecanismo específico da psicose, através do qual se produz a rejeição de um significante fundamental para fora do universo simbólico do sujeito), na psicose.
LACAN
- ANÁLISE É A CONSTRUÇÃO DE UM SABER SOBRE SI.
Só há uma demanda verdadeira para se dar início a uma análise: a de desvencilhar-se de um sintoma.
- Para entrar em análise é preciso que a queixa se transforme em uma queixa endereçada àquele analista e que o sintoma passe do estatuto de resposta ao estatuto de questão para o sujeito, para que este seja instigado a decifrá-lo.
- No período preliminar o analista realiza um trabalho ativo em direção ao sujeito, inicialmente na tentativa de localizá-lo na sua angústia, no real.
- SUJEITO SUPOSTO SABER → o paciente supõe que o analista saiba sobre o seu sofrimento.
- Para obter esse saber, ele tenta um jogo de sedução imaginária, com o intuito de descobrir o desejo de seu analista.
- O que constitui a transferência é a ilusão fundamental, estrutural, de que seu saber, o saber do inconsciente, já está todo constituído pelo psicanalista.
- O sujeito suposto saber abre espaço para as manifestações inconscientes do paciente. O analista pontua, interpreta, incita a elaboração a partir do que é verbalizado pelo paciente.
QUINET
- As 4+1 condições da análise → função e importância das entrevistas preliminares durante o tratamento.
- A expressão entrevistas preliminares corresponde em Lacan, ao tratamento de ensaio de Freud.
- Durante as entrevistas preliminares o analista faz um diagnóstico com o objetivo de estabelecer a direção que a análise vai tomar.
- Outra função é que ela propicia a função transferencial.
- “A transferência é o amor que se dirige ao saber”
- O analista é convocado a ocupar na transferência o lugar do Outro do sujeito, a quem são dirigidas suas demandas.
- O diagnóstico só tem sentido se servir de orientação para a condução da análise.
- Diagnóstico deve ser buscado no registro simbólico, no qual são articuladas as questões fundamentais do sujeito sobre sexo, morte, procriação, paternidade, maternidade, etc.
- O estabelecimento da transferência é necessário para que uma análise se inicie. É o que se denomina a função transferencial das entrevistas preliminares.
- A constituição do sintoma analítico é correlata ao estabelecimento da transferência, que faz emergir o sujeito suposto saber, pivô da transferência.
- Enquanto o sintoma faz parte da vida do sujeito, pode ser considerado como um signo (sinal): aquilo que representa alguma coisa para alguém.
- Quando o sintoma é transformado em questão, ele aparece como a própria expressão da divisão do sujeito.
- No momento em que esse sintoma encontra o endereço certo, que é o analista, se torna sintoma propriamente analítico.
- Elaboração de três funções das entrevistas preliminares:
1- Função sintomal (sinto-mal): compreende questões sobre a demanda e a analisibilidade;
2- Função diagnóstica: quando se toma conhecimento das possíveis causas dos sintomas;
3- Função transferencial: é quando o sujeito suposto saber se torna útil para que o analista conduza o trabalho no sentido de atender às demandas apresentadas pelo analisando.
- O sintoma psicanalítico é um arranjo que o sujeito faz para responder ao desejo do outro e é sempre endereçado ao Outro.
- O analista está no lugar do outro e cabe a ele transformar esse sintoma na questão que Lacan denomina “que queres?”, questão chamada desejo.
- A partir da escuta, sob transferência, deve-se fazer o diagnóstico da estrutura clínica do sujeito e a queixa inicial, presente no pedido urgente, deve dar lugar à demanda, que será modificada a partir da reorganização do sintoma.