Dispara procura de inglês pela Terceira Idade
Por: Carolina R.
03 de Agosto de 2016

Dispara procura de inglês pela Terceira Idade

Inglês Gramática Leitura Grupos Vocabulário Ensino superior Comunicação Escrita Aperfeiçoamento Prática Jovens Apoio Aprendizado Aprendizagem Atividades Viagens Superior Abordagem Comunicativa Idosos English Trabalho Problemas Introdução Específico Cultural Advanced Língua Grupo Doutorado Cursos Música

Acreditando na capacidade de aprender, do idoso, o projeto extensionista “Universidade Aberta para a Terceira Idade”, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, inseriu, em 2005, a disciplina de Língua Inglesa, como parte das atividades ofertadas ao grupo da terceira idade, da cidade de Ponta Grossa, Paraná. O objetivo deste artigo é demonstrar que a iniciativa atingiu resultados positivos. Em 2005, a primeira turma iniciou com 15 alunos. Em 2009, houve 40 alunos inscritos, que foram divididos em três turmas, de nível lingüístico diferenciado. A metodologia adotada nas aulas segue os preceitos da abordagem comunicativa; sendo que os conteúdos lingüísticos são adequados a tópicos de interesse dos alunos. A avaliação da aprendizagem é realizada formal e informalmente, sendo que indicam que é grande a capacidade do idoso, para em aprender uma língua estrangeira, uma vez respeitado o ritmo individual de cada um. O resultado positivo, obtido durante os quase cinco anos de atividade, permite concluir que a capacidade de aprendizagem de uma língua estrangeira, na terceira idade, é hoje uma realidade concreta, constituindose como fator de integração social altamente benéfico para o idoso. PALAVRAS CHAVE – Terceira Idade. Língua Inglesa. Aprendizagem. ABSTRACT Relying on third age’s people learning capability, the extension programme “Third Age University” of Ponta Grossa State University offered an English Course, as part of its activities to the aging people of Ponta Grossa, in 2005. This article aims at showing that it was a successful initiative. Thus, the first group started with 15 students. In 2009, 40 students enrolled in the course. These students were divided into three groups of different linguistic levels. The methodology adopted in classroom follows the Communicative Approach. The students’ assessment is conducted formally and informally, indicating that the aging people have a high learning capability for second language acquisition, if their individual characteristic is taken into account. The positive results obtained after almost five years allow concluding that second language acquisition is possible at advanced age, and it is highly beneficial to the people who reach this period of life as an important factor for their social integration. KEYWORDS – Third Age. English Language. Learning. Inglês na terceira idade: um sonho tornando-se realidade Inglês na terceira idade: um sonho tornando-se realidade Introdução As pessoas pertencentes ao grupo da terceira idade desejam, podem e são amparadas pela legislação brasileira, a permanecerem ativas e independentes, tendo em vista que essa é uma fase natural da vida com possibilidades de mudanças e de realizações pessoais como outra qualquer. Para que isso acontecer, porém, é necessário conceder-lhes o apoio e os meios necessá- rios para tal. Além disso, aprender coisas novas, buscar informações, e rever desafios leva o idoso a ter uma melhoria na qualidade de vida. Em vista disso, cresce a preocupação com temas relacionados à terceira idade. Prova disso são os programas oferecidos pelas instituições de ensino superior através da Universidade Aberta para a Terceira Idade. Os programas para a terceira idade oferecem as mais variadas atividades, permitindo, ao idoso, maiores perspectivas de inserção social, além de melhorar consideravelmente sua qualidade de vida – física, intelectual e cultural. Oliveira (2001), destaca a importância de propiciar aos idosos, ambientes em que eles se sintam bem, atingindo, assim, os objetivos de torná-los produtivos, incentivando a sua criatividade e o seu potencial individual. O Estatuto do Idoso (Art. 21 da Lei nº 10.741/2003), estabelece que cabe ao Poder Público criar oportunidades, aos idosos, de acesso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a eles destinados. Para atender a essa regulamentação, o projeto extensionista Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), vem ofertando ao grupo da tercei- Hayat Boulos Machado 1 Maria Inês Chaves 2 Rita de Cássia da Silva Oliveira 3 1 Especialista em Língua Inglesa, Professora SECAL/UEPG, e-mail: hayet456@hotmail.com 2 Especialista em Língua Inglesa, Agente Universitário/UEPG, Estagiária Voluntária UATI, e-mail: michaves@yahoo.com 3 Doutorado em Educação, Professora Adjunta/ UEPG, Coordenadora da UATI, e-mail: soliveira13@uol.com.br ARTIGOS 37 REVISTA Conexão UEPG ra idade, desde 2005, a disciplina de Língua Inglesa. Aprender um segundo idioma é importante para qualquer ser humano; sendo que, para o idoso, é mais importante ainda, como revela uma pesquisa, realizada por uma equipe de psicólogos, da Universidade York, Canadá, divulgada na Revista Veja (2004-p.96), que investigou a importância da leitura e do estudo para o aperfeiçoamento pessoal. A pesquisa demonstrou que os jovens e os bilíngues alcançaram melhores resultados, pois “...quem aprende um segundo idioma retarda, em muitos anos, os efeitos do envelhecimento no cérebro.” Desse modo, as disciplinas de línguas estrangeiras já são ofertadas, há alguns anos, nas instituições de ensino superior, vinculadas aos programas de extensão, específicos para o idoso. A iniciativa, porém, já vem sendo implementada também em escolas de idiomas. O Jornal Folha de São Paulo (2004) destaca o assunto em reportagem sobre cursos de línguas estrangeiras para o público acima de 55 anos. O artigo enfatiza que o aprendizado da língua estrangeira, em muitos casos, oportuniza aos idosos, vivenciarem novas experiências, permitindo-lhes realizar viagens internacionais, com familiares e/ou amigos, que até então não se encorajavam a realizar. Assim sendo, o presente artigo tem, como objetivo, relatar a experiência de cinco anos de trabalho, na disciplina de Língua inglesa para a terceira idade, na UATI/UEPG. Metodologia A prática docente, com os grupos da terceira idade, segue as orientações da Abordagem Comunicativa, que tem, como objetivo central, a comunicação. As regras gramaticais são consideradas como secundárias, passandose a priorizar a interação entre os aprendizes da língua em questão. Cabe, pois, ao professor, criar condições para isso acontecer, seja com materiais didáticos e/ou com atividades/situações de interesse real para os alunos. A idéia de ensinar para a comunicação não é nova; ela tem aparecido implícita e explicitamente, nas formulações metodológicas de muitos autores, Almeida Filho (1993), Widdownson (1978), Breen e Candlin (1980), Brumfit e Johnson (1979). O clima intelectual que envolve o ensino de língua estrangeira tem apelo comunicativo. Exemplo disso são os inúmeros livros didáticos que utilizam a abordagem comunicativa. A abordagem comunicativa constitui-se, para a maioria dos alunos, um fator de motivação, uma vez que otimiza os resultados de aprendizado da língua estrangeira, vindo ao encontro das idéias de Krashen (1981), que acredita que as barreiras afetivas do aluno devem ser baixadas para que o aprendizado possa, de fato, ocorrer. Num primeiro momento, a preocupação foi maior com o próprio aluno, sujeito e agente, no processo de formação, através de língua estrangeira. Todos vivem tentando implementar planejamentos de cursos e de currículos comunicativos nas salas de aula, de língua estrangeira, mas sabe-se muito bem que os problemas não terminam, quando conteúdos e experiências são selecionados e esquematizados em unidades. A questão do ensino comunicativo se torna ainda mais necessária de ser compreendida pelo professor, quando aplicada a uma clientela nova e com características próprias, como é o caso da terceira idade. Assim sendo, com o grupo de terceira idade existe uma preocupação especial, em preparar material didá- tico específico, que realmente atenda aos interesses do grupo. Os temas e as atividades, utilizados nas aulas, são conduzidos de forma a motivar o aluno a comunicar-se. A gramática e o vocabulário são contextualizados de acordo com o interesse do grupo; sendo que, embora o planejamento das aulas priorize a habilidade oral, a compreensão oral e escrita também é contemplada nesse processo. Como material de apoio, estão sendo utilizados jogos, música, filmes, entre outros; sendo que a prática de sala de aula, em grupos convencionais, demonstra que esse tipo de material representa um importante fator motivacional. Dessa forma, foram desenvolvidos materiais específicos para o grupo da terceira idade, utilizando-se o lúdico e filmes para esse fim. Atividades lúdicas são usadas com a finalidade de avaliar a aprendizagem e de reforçar conteúdos linguísticos. Regras de jogos tradicionais – cartas, memória, bingo, etc., foram utilizadas, em material desenvolvido para esse segmento etário, mostrando-se bastante eficaz. As atividades com filmes são elaboradas a partir de filmes clássicos do cinema hollydiano. Filmes, como Ben Hur (1959), E o Vento Levou (1939), Assim Caminha a Humanidade (1956), Casablanca (1942), dentre outros, são utilizados na prá- tica docente, para motivar os alunos a aprenderem a língua, bem como para resgatar o conhecimento sobre os grandes clássicos do cinema. Constitui, inclusive, como elemento de nostalgia, pois esses filmes fizeram parte de momentos importantes, na vida de grande parte das pessoas dessa faixa etária, propiciando-lhes maior interesse pelo assunto e, consequentemente, facilitando o processo de ensino aprendizagem. Re

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