Aprender a pensar
em 22 de Julho de 2015
Este é o meu primeiro Post. Decidi abordar um tema que considero relevante a nós estudantes, isto é, a forma com que aprendemos.
Primeiro, temos que ter em mente que todo o aprendizado tem um objetivo. Isso pode parecer simples, porém as implicações são grandes. Vejamos um exemplo: a finalidade de realizar-se um curso de idiomas é, certamente, comunicar-se. E como sabemos a comunicação pode ser feita na forma escrita ou falada. Assim, quem pretende aprender inglês, deve todo dia ler, escrever, ouvir e pronunciar algumas palavras e frases naquele idioma.
Recapitulando, se o objetivo é comunicar-se temos que exercitar regularmente a comunicação!
Segundo, a repetição de ações. Posso afirmar que o nosso cérebro funciona a base da repetição, ou seja, quanto mais ele repete uma ação, mais treinado ele fica. Naturalmente, o tempo de aprendizagem varia de pessoa para pessoa, mas esse tempo, individualmente, é determinado entre outros fatores, pela frequência com que as atividades relacionadas ao tema estudado são realizadas. Eu acredito que a repetição seja bem conhecida dos professores e estudantes. No entanto, tenho a impressão de que os estudantes de ciências exatas, geralmente, pratiquem pouco esse fundamento.
E quais as implicações disso? Bem, eu noto que ao esquecermos os fundamentos para uma aprendizagem eficaz – objetivo e repetição de ações – acabamos que não exercitamos aquilo que desejamos ou necessitamos aprender. Consequentemente, para contornar uma aprendizagem pouco efetiva geramos explicações, por exemplo: alguns indivíduos são especiais, o popular "ele é um cabeção", ou que matemática, lógica, física e demais áreas exatas são muito difíceis. Ao menos que se queira progredir os trabalhos de Albert Einstein (E=mc2), elas não são válidas. Realmente há pessoas que tem as suas habilidades e preferências (eu, certamente depreendo energia mais tranquilamente em matemática do que em biologia), porém, o fato é que eu, inegavelmente, tenho que estudar (e transpirar!) um assunto para preparar uma aula. Quero dizer, primeiro deve-se traçar um objetivo e depois repetir os mecanismos que o alcançam.
Como os meus colegas dizem "a ciência está em todo o lugar". A natureza sempre exibe inúmeros exemplos a nossa volta: dimensão espacial (grande e pequeno), tempo (lento e rápido), temperatura (frio e quente), etc.
Então, se quisermos aprender, devemos aplicar o que estudamos nas aulas no nosso dia a dia. Se o tema for Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), por exemplo, ao identificarmos um automóvel a 120 Km/h em uma rodovia deduziremos que ele em dez minutos estará 20 Km distante ou que se ele acelerar/frear entrará em um MRUV. Os livros normalmente procuram abordar exemplos e exercícios relacionados ao nosso cotidiano para facilitar a compreensão, o passo seguinte é associarmos estes conhecimentos aos eventos que ocorrem a nossa volta, sempre que possível.
Dessa forma, estaremos exercitando a nossa aprendizagem de uma maneira fácil, prática e o mais importante, eficaz.