Equinócio de Primavera
em 15 de Agosto de 2016
Os cometas fazem parte de uma categoria de objetos do sistema solar chamados de pequenos corpos e assim foram os primeiros a serem identificados como objetos muito diferentes das estrelas e dos planetas, segundo (LAZZARO, 2010,46-47). A maior parte dos cometas está localizada na Nuvem de Oort, formando uma nuvem esférica que envolve o sistema solar a uma distância de 50 mil unidades astronômicas, onde cada unidade astronômica equivale a 150 milhões de quilômetros, ou seja, à distância entre a Terra e o Sol.
Vão existir ainda pequenos corpos (cometas) numa região chamada de Cinturão Transnetuniano. De modo geral a maioria destes objetos permanece em órbitas estáveis e bem distantes da influência solar, não apresentando, portanto, caudas e nem coma. Contudo por serem os cometas, corpos formados por água, dióxido de carbono, metano e amônia todos no estado sólido acompanhados ainda por alguns silicatos, uma vez perturbados em suas órbitas gravitacionalmente, podem iniciar uma jornada em direção ao Sol e então vão passar a apresentar uma intensa sublimação e assim surgirão caudas e comas cada vez maiores à medida que se aproximam do Sol, ficam mais intensas quando estão na altura da órbita do planeta Marte e assim passam a ser mais facilmente detectáveis nas fotografias com algum tempo de exposição e algumas vezes inclusive visíveis ao olho nu.
Outra questão também importante no comportamento dos cometas é o formato de sua orbita, conforme (FARIA, 1987), que vão apresentar durante este mergulho em direção ao Sol. O que pode vir a ser de formato elíptico e assim caracterizará cometas periódicos assim como o cometa Halley que nos visita de 76 em 76 anos. Os cometas periódicos de longo tempo que apresentarão órbita muito longa e quase de formato parabólico, quando observada do ponto de vista terrestre, podendo chegar a milhares de anos ou até milhões anos, tais como, o cometa Hale-Bopp, que teve o seu período orbital calculado em torno de três mil anos. Temos ainda os cometas cuja órbita possui a forma hiperbólica, que passarão uma única vez pelo Sol, como o cometa Mc Naught. Alguns destes cometas passarão tão próximo do Sol que poderão ser completamente destruídos em sua trajetória periélica, não suportando o embate gravitacional com nossa estrela.
Os cometas sempre chamaram muito a atenção da humanidade e são importantes, pois são considerados os fósseis da formação do nosso sistema solar. Vestígios para elucidação da cosmogonia de nossa morada no universo. Além é claro de serem objetos que despertam muito medo na humanidade pela possibilidade de colisão com a Terra, algo que sempre aconteceu e quase voltou a acontecer recentemente em 1994 com a passagem do cometa Shoemaker Levy, que passou muito próximo ao nosso planeta e depois se chocou com Júpiter em julho de 1994. Após este incidente a astronomia mundial preocupada com este evento procurou se organizar de tal modo que daí surgiram duas grandes instituições que procuram rastrear estes corpos que passam rasantes à Terra, como a NEAT(Near-Earth Asteroid Tracking) e a LINEAR (Lincoln Near-Earth Asteroid Research), o que também culminou com a participação de muitas outras instituições ligadas a astronomia amadora que na atualidade podem contribuir e contribuem com trabalhos a altura da astronomia profissional, devido em grande parte a facilidade de aquisição de equipamentos cada vez melhores e a preços bem razoáveis, como por exemplo a REA, instituição brasileira que também contribui neste tipo de trabalho, e não só a este como também a outros de forma muito expressiva na descoberta de objetos dos mais variados.