Nietzsche Não Só Um Filósofo, Mas Um Poeta
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Por: Welken G.
18 de Abril de 2025

Nietzsche Não Só Um Filósofo, Mas Um Poeta

A Poesia de Nietzsche e o Símbolo do Pica-Pau Francês Norte-Americano que Foi desencadeado na Disney nos anos 40

Filosofia Ética Filosofia Grega Contemporânea Epistemologia Aristóteles Platão Pré-Socráticos Existencialismo Fenomenologia Nietzsche

Em suas referência literárias como filologo, em que Nietzsche atinge  sua loucura esquizofrênica, achando  que era  Jesus Cristo(Assim como chamou Lutero de Louco e escreveu "Que Jesus Cristo Lutero filosofa, prega e diz qual Jesus Cristo foi na vida na Terra e existiu, nem sei qual Jesus Cristo Lutero Prega") e outras vezes  que era Dionísio (O ANTICRISTO), conhecia amplamente a literatura e cita poetas, em especiais alemães, crítica sobre Goethe e Schiller (Vale Lembrar  que Nietzsche defendeu muito A CULTURA ALEMÃ), e Schilling faz crítica a obra de Nietzsche, assim como Petrarca (Fundador  da Métrica das linguagens). Seu conhecimento profundo pela sua compulsão em livros, em fazer resenhas e estudar os livros. 

 

Poesia do Pica-Pau:

Ainda outro dia, na sonolência
De escuras árvores, eu, sozinho,
Ouvi batendo, como em cadência,
Um tique, um , bem de mansinho...
Fiquei zangado, fechei a cara �
Mas afinal me deixei levar
E igual a um poeta, que nem repara,
Em tique-taque me ouvi falar

E vendo o verso cair, cadente,
Sílabas, upa, saltando fora,
Tive que rir, rir, de repente,
E ri por um bom quarto de hora.
Tu, um poeta? Tu, um poeta?
Tua cabeça está assim tão mal?
� Sim, meu senhor, sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.

Por quem espero aqui nesta moita?
A quem espreito como um ladrão?
Um dito? Imagem? Mas, psiu! Afoita
Salta à rima, e refrão.
Algo rasteja? Ou pula? Já o espeta
Em verso o poeta, justo e por igual.
� Sim, meu senhor, sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.

Rimas, penso eu, serão como dardos?
Que , saltos e
Se o dardo agudo vai acertar dos
Pobres lagartos os pontos justos.
Ai, que ele morre à ponta da seta
Ou cambaleia, o ébrio animal!
� Sim, meu senhor, sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.

Vesgo , tão apressado,
corre cada palavrinha!
Até que tudo, tiquetaqueado,
Cai na corrente, linha após linha.
Existe laia tão cruel e
Que isto ainda � alegra? O poeta � é mau?
� Sim, meu senhor, sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.

Tu zombas, ave? Queres brincar?
Se está tão mal minha cabeça
Meu coração pior há de estar?
Ai de ti, que minha raiva cresça!
Mas trança rimas, sempre � o poeta,
Na raiva mesmo sempre certo e mau.
� Sim, meu senhor sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.

                                    Friedrich Nietzsche
                          Tradução de Rubens Torres Filho

 

O SIGNIFICADO DAS CORES DO PICA-PAU VERMELHO, BRANCO  E AZUL:

 

O desenho animado, criado por Walter Lantz, usa cores vibrantes e contrastantes para destacar o personagem, como o Pica-Pau biruta, com seu vermelho, amarelo e branco. As cores também podem ter sido escolhidas para refletir a paleta de cores da época, com tons vibrantes sendo populares na animação da década de 1940. 
 
Detalhes sobre as cores:
  • Vermelho:
    O vermelho é uma cor vibrante e forte, que pode transmitir energia, paixão e até mesmo agressividade, características que podem ser encontradas no personagem do Pica-Pau.
  • Amarelo:
    O amarelo, por sua vez, é uma cor alegre e cheia de energia, que pode evocar alegria e bom humor, características que também são encontradas no Pica-Pau, especialmente em seus momentos mais explosivos.
  • Branco:
    O branco é uma cor neutra que pode ser usada para equilibrar as cores mais fortes, como o vermelho e o amarelo, criando uma paleta de cores mais agradável.
  • Barbeiro de Sevilha:
    O Pica-Pau fez sua estreia no desenho "O Barbeiro de Sevilha", onde as cores vermelho, azul e branco representavam as cores da bandeira dos Estados Unidos, assim como o Superman, de acordo com um vídeo sobre a história do Pica-Pau. 
     
Outras informações relevantes:
  • O Pica-Pau foi criado por Walter Lantz, que se inspirou em um pica-pau que o incomodava durante sua lua de mel. 
     
  • O personagem evoluiu ao longo dos anos, com diferentes designs e características. 
     
  • A paleta de cores do Pica-Pau ajudou a criar a identidade visual do personagem e a torná-lo reconhecível em todo o mundo. 

 

SIGNIFICADO DAS  CORES DA BANDEIRA FRANCESA:

 
As cores da bandeira da França, azul, branco e vermelho, representam os valores da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. 
 
Cor
Significado
Azul
Representa a liberdade e a cidade de Paris
Branco
Representa a igualdade e a monarquia
Vermelho
Representa a fraternidade e a cidade de Paris
A bandeira francesa foi oficialmente adotada em 1794. A ordem das cores foi determinada pela Assembleia Constituinte. 
 
Origem da bandeira
  • A bandeira tricolor surgiu da união das cores do rei (branco) e da cidade de Paris (azul e vermelho). 
     
  • O Marquês de Lafayette apresentou a versão tricolor do cocar ao rei Luís XVI após a queda da Bastilha. 
     
  • O cocar tricolor rapidamente ganhou popularidade e foi integrado ao design da bandeira. 
     
A bandeira francesa é um emblema nacional da República Francesa. Ela é hasteada em todos os edifícios públicos e desfraldada em cerimônias nacionais. 

 

POR QUE , VERMELHO, AZUL E BRANCO? A CORES  MAIS  FAVORÁVEIS À PUBLICIDADE E PROPAGANDA:

 

Na publicidade, o vermelho, azul e branco são cores com significados e aplicações variadas, influenciando a percepção do público e a escolha de produtos e serviços. O vermelho, frequentemente associado à energia e paixão, é utilizado para chamar atenção e criar urgência. O azul, por sua vez, transmite confiança e tranquilidade, sendo ideal para marcas que desejam transmitir credibilidade e estabilidade. O branco, com sua pureza e simplicidade, pode representar limpeza, paz e neutralidade. 
 
Vermelho:
  • Significado: Energia, paixão, urgência, alerta, ação. 
     
  • Aplicações: Botões de call to action, promoções relâmpago, restaurantes (para estimular o apetite), publicidade de produtos de luxo. 
     
Azul:
  • Significado: Confiança, tranquilidade, segurança, estabilidade, seriedade.
  • Aplicações: Sites e e-mails de instituições financeiras, empresas de tecnologia, setores que buscam transmitir confiança e profissionalismo. 
     
Branco:
  • Significado: Pureza, simplicidade, limpeza, paz, neutralidade, organização.
  • Aplicações: Produtos que buscam transmitir limpeza e higiene, marcas que desejam transmitir minimalismo e elegância. 
     
Combinações e considerações:
  • Azul e branco:
    Combinados, transmiten paz, segurança e estabilidade. 
     
  • Vermelho e branco:
    Podem ser usados para transmitir energia e dinamismo, mas exigem cuidado para não gerar agressividade. 
     
  • Vermelho e azul:
    Essa combinação pode ser utilizada para transmitir confiança e energia, mas é preciso ter cautela para não gerar confusão. 
     
  • Importância da contextualização:
    A psicologia das cores deve ser aplicada com inteligência, considerando o contexto da marca, o público-alvo e o objetivo da campanha publicitaria. 

 

BANDEIRA  DA FRANCA E BANDEIRA  NORTE-AMERICANA:

 

A França teve um papel crucial na Independência dos Estados Unidos em 1776. A França apoiou a causa americana durante a Guerra de Independência, fornecendo apoio militar, financeiro e diplomático. A França reconheceu a independência dos Estados Unidos em 1778 e firmou uma aliança com os americanos, o que foi decisivo para a vitória americana.
 
Elaboração:
  • Declaração de Independência:
    Em 4 de julho de 1776, as treze colônias inglesas na América do Norte declararam sua independência da Grã-Bretanha. 
     
  • A Guerra de Independência:
    A declaração marcou o início da Guerra de Independência Americana, que durou até 1783. 
     
  • Apoio da França:
    A França, governada por Luís XVI, era um oponente da Grã-Bretanha e reconheceu a independência dos Estados Unidos em 1778. 
     
  • Tratado de Aliança:
    A França firmou uma aliança com os Estados Unidos em 1778, comprometendo-se a apoiar a causa americana militarmente e financeiramente. 
     
  • Apoio Militar:
    A França enviou tropas e navios para ajudar os americanos na guerra, incluindo o general Lafayette, que se tornou um importante aliado dos americanos. 
     
  • Vitória Americana:
    Com o apoio da França e de outros aliados, os americanos conseguiram derrotar os britânicos em 1781 e, em 1783, a Grã-Bretanha reconheceu a independência dos Estados Unidos através do Tratado de Paris. 
     
  • Consequências:
    A França foi um dos primeiros países a reconhecer a independência dos Estados Unidos e o seu apoio foi fundamental para a vitória americana. 
     
  • Relações Futuras:
    A aliança entre França e Estados Unidos estabeleceu as bases para uma relação diplomática duradoura entre os dois países, com períodos de cooperação e conflito. 

 

ESTÁTUA DA  LIBERDADE:

From Wikipedia, the free encyclopedia
  • Statue of Liberty
  • Liberty Enlightening the World
The Statue of Liberty as seen on a partly sunny day in June 2024.
Map
 
Location Liberty Island
New York City
Coordinates 40°41′21″N 74°2′40″W
Height
  • Height of copper statue (to torch): 151 feet 1 inch (46 meters)
  • From ground level to torch: 305 feet 1 inch (93 meters)
Dedicated October 28, 1886; 138 years ago
Restored 1938, 1984–1986, 2011–2012
Sculptor Frédéric Auguste Bartholdi
Visitors 4.5 million (in 2019)[1]
Governing body National Park Service
Website nps.gov/stli
 
Type Cultural
Criteria i, vi
Designated 1984 (8th session)
Reference no. 307
Region Europe and North America
Designated October 15, 1924
Designated by President Calvin Coolidge[2]
Official name The Statue of Liberty Enlightening the World[3][4]
Designated September 14, 2017
Reference no. 100000829
Official name Statue of Liberty National Monument, Ellis Island and Liberty Island
Designated May 27, 1971
Reference no. 1535[5]
Designated June 23, 1980[6]
Reference no. 06101.003324
Type Individual
Designated September 14, 1976[7]
Reference no. 0931

The Statue of Liberty (Liberty Enlightening the WorldFrenchLa Liberté éclairant le monde) is a colossal neoclassical sculpture on Liberty Island in New York Harbor, within New York City. The copper-clad statue, a gift to the United States from the people of France, was designed by French sculptor Frédéric Auguste Bartholdi and its metal framework was built by Gustave Eiffel. The statue was dedicated on October 28, 1886.

The statue is a figure of a classically draped woman,[8] likely inspired by the Roman goddess of liberty Libertas.[9] In a contrapposto pose,[8][10] she holds a torch above her head with her right hand, and in her left hand carries a tabula ansata inscribed JULY IV MDCCLXXVI (July 4, 1776, in Roman numerals), the date of the U.S. Declaration of Independence. With her left foot she steps on a broken chain and shackle,[8] commemorating the national abolition of slavery following the American Civil War.[11][12][13] After its dedication the statue became an icon of freedom and of the United States, seen as a symbol of welcome to immigrants arriving by sea.

The idea for the statue was conceived in 1865, when the French historian and abolitionist Édouard de Laboulaye proposed a monument to commemorate the upcoming centennial of U.S. independence (1876), the perseverance of American democracy and the liberation of the nation's slaves.[14] The Franco-Prussian War delayed progress until 1875, when Laboulaye proposed that the people of France finance the statue and the United States provide the site and build the pedestal. Bartholdi completed the head and the torch-bearing arm before the statue was fully designed, and these pieces were exhibited for publicity at international expositions.

The torch-bearing arm was displayed at the Centennial Exposition in Philadelphia in 1876, and in Madison Square Park in Manhattan from 1876 to 1882. Fundraising proved difficult, especially for the Americans, and by 1885 work on the pedestal was threatened by lack of funds. Publisher Joseph Pulitzer, of the New York World, started a drive for donations to finish the project and attracted more than 120,000 contributors, most of whom gave less than a dollar (equivalent to $35 in 2024). The statue was built in France, shipped overseas in crates, and assembled on the completed pedestal on what was then called Bedloe's Island. The statue's completion was marked by New York's first ticker-tape parade and a dedication ceremony presided over by President Grover Cleveland.

The statue was administered by the United States Lighthouse Board until 1901 and then by the Department of War; since 1933, it has been maintained by the National Park Service as part of the Statue of Liberty National Monument, and is a major tourist attraction. Limited numbers of visitors can access the rim of the pedestal and the interior of the statue's crown from within; public access to the torch has been barred since 1916.

 

AS CORES DO CIGARRO, A MARLBORO E A KU KLUX KLAN NA FRANCA E NOS ESTADOS UNIDOS:

FONTE: https://www.snopes.com/fact-check/welcome-to-marlboro-kkkountry/

Origens: Rumores sobre marcas na embalagem da Marlboro indicando a posse da Ku Klux Klan circulam pelo menos desde meados da década de 1980. Em 1989, essas calúnias se tornaram tão difundidas que eram conhecidas até mesmo na França e na Inglaterra.

As marcas que indicam a posse da Ku Klux Klan variam, dependendo de quem ouve o boato:

O chevroning vermelho sobre fundo branco é frequentemente citado como formando os dois braços salientes da letra maiúscula "K" quando o maço é inclinado para o lado. Dado que o chevroning aparece em três faces da embalagem (frente e verso, além de uma das laterais — a que contém o aviso do Cirurgião-Geral não tem espaço para estilização adicional), era possível "ler" três Ks na embalagem, resultando em "KKK", a abreviação do nome da Ku Klux Klan.
Anúncio:

Os dois cavalos no brasão da Marlboro também comentam. Quando vistas de cabeça para baixo, a posição das patas dianteiras pode ser confundida com um gesto de mão conhecido nos Estados Unidos como o símbolo "V de Vitória" ou "Paz" (dependendo da geração de origem). Este símbolo de "vitória" é lido por aqueles que buscam provas de envolvimento com a Klan como um símbolo de triunfo. (Cuidado ao fazer esse gesto no exterior — na Inglaterra, fazê-lo com a palma da mão voltada para dentro, em direção ao corpo do sinalizador, significa "Up Yours!")
Alguns que olham entre as patas dos cavalos veem dois membros da Klan encapuzados carregando a bandeira com o lema.
O lema "Veni, Vidi, Vici" estampado na bandeira é considerado por alguns como o lema da Ku Klux Klan. (Evidentemente, eles nunca tinham ouvido falar de Júlio César.)
As cinco letras finais de Marlboro são "lboro". Inverta-as para obter "orobl", um fragmento que, segundo teóricos da conspiração, deve ser lido como "horrível". Virar "Marlboro" de cabeça para baixo e ler as três primeiras letras de trás para frente resulta em "jeW" (o "r" invertido parece um "j"). No geral, essa decodificação resulta em "judeu horrível". (Por que, precisamente, a expressão "judeu horrível" supostamente indica laços com a KKK, em oposição ao antissemitismo generalizado, nunca é explicado.)
Abrir o fundo do maço de uma certa maneira, segundo rumores, revelava a cabeça de um membro da Ku Klux Klan encapuzado, com duas manchas (uma preta e uma dourada) na embalagem servindo como os olhos do membro da Ku Klux Klan. (As duas manchas eram, na verdade, provas de impressão comuns para as cores usadas nas embalagens. No entanto, elas não aparecem nos maços atuais, pois a Philip Morris as eliminou.)
Marlboro é o principal produto de tabaco da Philip Morris Company. Não há evidências de que a PMC seja ou tenha sido propriedade da Ku Klux Klan.

 

ONDE  TUDO COMECOU? NO ILUMINISMO , EXEMPLO DE VOLTAIRE.

Da Loucura, Em As Cartas Inglesas:

 

LOUCURA


 Não se trata de reeditar o livro de Erasmo, que na atualidade não seria mais do que um lugar comum bastante insípido.
 Chamamos loucura a essa doença dos órgãos do cérebro que impede um homem de pensar e de agir como os outros. Não podendo gerir seus bens, é interdito; não podendo ter idéias de acordo com a sociedade, é excluído; se for nocivo, é enclausurado; se for furioso, trancafiam-no.
 É importante observar que esse homem, entretanto, não carece de idéias; ele as tem como todos os outros enquanto acordado e, freqüentemente, enquanto dorme. Poder-se-á perguntar como sua alma espiritual, imortal, alojada em seu cérebro, recebendo todas as idéias por meio dos sentidos coordenados e divididos, não possa concluir um julgamento são. Ela vê os objetos como os viam a alma de Aristóteles e de Platão, de Locke e de Newton; ouve os mesmos sons, tem o mesmo sentido do tacto: por que motivo, pois, recebendo percepções que os mais sábios experimentam, compõe um conjunto inevitavelmente extravagante?
 Se essa substância simples e eterna possui para as suas ações os mesmos instrumentos das almas dos cérebros mais sábios, deve raciocinar como eles. Que o impediria? Claro que se um maluco vê vermelho e os sábios azul; se quando os sábios ouvem uma música o louco ouve o zurrar de um asno; se quando
eles estão no sermão o louco julga estar na comédia; se quando eles ouvem sim, ele entende não, então sua alma deve pensar ao contrário das outras. Mas o louco tem as mesmas percepções que eles; não há nenhuma razão aparente pela qual sua alma, tendo recebido mediante os sentidos todos os seus utensílios,
não os possa usar. Ela é pura, dizemos; não está sujeita por si própria a nenhuma enfermidade; ei-la provida de todos os recursos necessários; passe o que se passar em seu corpo, nada poderá mudar a sua essência; contudo, ei-la encerrada num manicômio.
 Essa reflexão pode fazer supor que a faculdade de pensar, doada por Deus ao homem, esteja sujeita a desarranjos como os outros sentidos. Um louco é um doente cujo cérebro sofre, como o gotoso é um doente que sofre dos pés e das mãos; ele pensa com o cérebro, assim como anda com os pés, sem nada
conhecer nem do seu poder incompreensível de andar, nem do seu não menos incompreensível poder de pensar. Sofre-se a gota no cérebro como nos pés. Enfim, após mil reflexões, é preciso convir em que somente a fé, talvez, possa convencer-nos de que uma substância simples e imaterial seja passível de
doença.
 Os doutos ou os doutores dirão ao louco: "Meu amigo, não obstante teres perdido o senso comum, tua alma é tão espiritual, tão pura, tão imortal como a nossa; porém nossa alma está bem alojada e a tua o está mal; as janelas da casa estão fechadas para ela; falta-lhe ar, ela sufoca". O maluco, em seus bons
momentos, lhes responderia: Meus amigos, pensais à vossa moda, o que é discutível. Minhas janelas estão tão abertas como as vossas, porquanto eu vejo os mesmos objetos e ouço as mesmas palavras: é pois necessário que, ou minha alma empregue mal os seus sentidos, ou seja ela própria um sentido viciado, uma qualidade depravada. Numa palavra, ou minha alma é louca por sua própria conta ou eu não tenho alma".
 Um dos doutores poderá responder: "Meu irmão, Deus criou, é possível, almas loucas, assim como criou almas sábias." O louco replicará: "Se eu fosse acreditar no que me dizeis, seria ainda mais louco do que já sou. Por obséquio, vós que sabeis tanto, dizei-me, por que sou louco ?"
 Se os doutores tiverem ainda um pouco de bom senso lhe responderão: "Ignoro-o absolutamente." Eles não compreenderão por que um cérebro tem idéias incoerentes; não compreenderão melhor por que outro cérebro tem idéias regulares e coerentes. Julgar-se-ão sábios, e serão tão loucos como ele.

NIETZSCHE E GOETHE:

Nietzsche e Goethe, embora separados por algumas décadas, compartilham uma relação complexa que vai além da mera admiração. Nietzsche, em sua obra, frequentemente se referia a Goethe como um "último grande alemão" e um exemplo de "homem forte", reconhecendo seu legado literário e cultural. No entanto, Nietzsche também se distanciava de Goethe, especialmente em relação ao romantismo e ao classicismo. Enquanto Goethe valorizava a beleza clássica e a harmonia, Nietzsche, com sua filosofia do "Übermensch" (super-homem), buscava uma radicalidade que, em alguns aspectos, entrava em conflito com o equilíbrio goethiano. 
 
Relação de Adoração e Distanciamento:
  • Admiração:
    Nietzsche reconhecia em Goethe a força intelectual, a capacidade de expressão e a importância para a cultura alemã. Ele o via como um exemplo de "homem forte", um indivíduo que não se acomodava e buscava a excelência. 
     
  • Distanciamento:
    Nietzsche se distanciava da postura de Goethe em relação ao romantismo, vendo-o como uma "doença" e o classicismo como um "esforço de força", segundo Norman, J., Nietzsche and Early Romanticism, p. Sua filosofia, com seus conceitos de vontade de poder e eterno retorno, era mais radical e menos voltada para a harmonia do que a de Goethe. 
     
Influência de Goethe em Nietzsche:
  • Obras de Goethe:
    Nietzsche reconheceu a importância de obras como "Fausto" na formação do pensamento alemão e mencionou-as em suas reflexões. 
     
  • Visão do Homem:
    A concepção de Goethe sobre o homem forte e a busca por realização, apesar de não serem totalmente compartilhadas por Nietzsche, influenciaram a forma como o filósofo pensava sobre a natureza humana. 
     
Diferenças entre Nietzsche e Goethe:
  • Romantismo:
    Nietzsche criticava o romantismo, que Goethe, apesar de sua ligação com o movimento "Tempestade e Ímpeto", também abraçava. 
     
  • Classicismo:
    Enquanto Goethe valorizava a beleza clássica e a harmonia, Nietzsche se distanciava dessa visão, buscando uma filosofia mais radical e individualista. 
     
  • Ética:
    A ética de Nietzsche, com seus conceitos de vontade de poder e super-homem, divergia da ética de Goethe, que era mais centrada na busca pela harmonia e no desenvolvimento da virtude. 
     
Em resumo, a relação entre Nietzsche e Goethe é marcada por uma mistura de admiração e distanciamento. Nietzsche reconheceu em Goethe um grande pensador e artista alemão, mas também se distanciou de sua visão do mundo, especialmente em relação ao romantismo e à busca pela harmonia. 

NIETZSCHE E SCHILLER:

Nietzsche e Schiller, embora ambos explorando temas como estética e cultura, apresentaram visões distintas e, por vezes, contrastantes. Nietzsche, em particular, foi crítico de Schiller, questionando a sua visão idealizada da arte e da cultura clássica. 
 
Pontos em comum:
  • Interesse pela estética:
    Ambos reconheciam a importância da arte e da experiência estética para a formação e a vida humana. 
     
  • Crítica à cultura moderna:
    Nietzsche e Schiller, em diferentes graus, criticavam a cultura moderna, que consideravam decadente ou limitada em relação aos valores clássicos. 
     
  • Importância da Grécia Clássica:
    Ambos se referiam à Grécia Clássica como um modelo de cultura, embora com interpretações diferentes. 
     
  • Educação Estética:
    Schiller propôs a "Educação Estética" como um meio de harmonizar o sentir e o pensar, enquanto Nietzsche, de forma mais radical, questionava essa harmonização e a ideia de um ideal estético. 
     
Diferenças e Controvérsias:
  • Visão da Tragédia:
    Enquanto Schiller via a tragédia como uma forma de elevação moral e de compreensão da liberdade, Nietzsche, em "O Nascimento da Tragédia", propôs uma visão mais complexa e ambígua, destacando a força do elemento dionisíaco (instinto, paixão) ao lado do apolíneo (harmonia, razão). 
     
  • Crítica a Schiller:
    Nietzsche criticou Schiller por sua visão idealizada da cultura clássica e por não ter "penetrado no cerne da essência helênica". Ele considerava Schiller um "trompetista moral de Säckingen", sugerindo que o filósofo era mais moralista do que um crítico cultural profundo. 
     
  • Super-Homem vs. Homem de Liberdade:
    A ideia de "super-homem" de Nietzsche, que transcende a moral tradicional e a vida humana, contrasta com a noção de "homem de liberdade" de Schiller, que busca a autonomia através da educação estética e da reflexão. 
     
  • A Arte como Forma de Reconciliação:
    Schiller acreditava que a arte podia ser uma forma de reconciliação entre o homem e a natureza, enquanto Nietzsche, com sua visão do dionisíaco, via a arte como um meio de expressar a tensão e a ambiguidade da existência. 

 

 

 SCHILLING SOBRE NIETZSCHE:

Nietzsche e Voltaire Schilling tiveram uma relação complexa, com Schilling escrevendo extensivamente sobre Nietzsche e seu pensamento. Schilling, conhecido por sua obra "Nietzsche em Busca do Super-Homem", explorou a vida, o pensamento e a influência do filósofo alemão. Ele analisou Nietzsche sob diferentes perspectivas, incluindo como filólogo, filósofo, esteta, literato, crítico e ideólogo, reconhecendo o lado polêmico do pensamento de Nietzsche. 
 
Elaboração:
  • Schilling como intérprete de Nietzsche:
    Voltaire Schilling dedicou parte significativa de sua obra à análise de Nietzsche, como evidenciado em seu livro "Nietzsche em Busca do Super-Homem". 
     
  • Visão de Nietzsche:
    Schilling abordou Nietzsche de forma abrangente, destacando sua evolução como filólogo, filósofo, esteta, literato, crítico e, inclusive, ideólogo. 
     
  • A influência de Nietzsche:
    Schilling ressaltou o impacto de Nietzsche na cultura e na sociedade, mencionando como seus escritos inspiraram e provocaram diversas áreas, desde a literatura até a ação política. 
     
  • Conceitos nietzschianos:
    O livro de Schilling mergulha em conceitos-chave da filosofia nietzschiana, como o super-homem, a vontade de poder e a transvaloração dos valores. 
     
  • Relevância do estudo de Nietzsche:
    Schilling destaca a importância de conhecer o pensamento de Nietzsche, especialmente devido à grande quantidade de escritos que ele gerou e à sua influência em diversos campos. 
     
    O SIGNIFICADO DA PECA DE O BARBEIRO DE  SEVILHA:
     
    A peça de teatro "O Barbeiro de Sevilha", de Pierre Beaumarchais, escrita em 1775, é um exemplo de como o teatro pode refletir e até mesmo influenciar a revolução que viria na França. A peça, com o personagem Figaro, questiona a estrutura social e a autoridade, e é considerada um precursor dos ideais revolucionários que levaram à Revolução Francesa. 
     
    A Revolução Francesa e "O Barbeiro de Sevilha"
    • Contexto:
      A peça "O Barbeiro de Sevilha" foi escrita e representada pouco antes da Revolução Francesa (1789). O contexto social e político da época, com desigualdades, privilégios da nobreza e a crescente insatisfação popular, serviu de base para o desenvolvimento da peça.
    • Subversão da Autoridade:
      A peça é notável por sua abordagem subversiva da autoridade. O personagem Figaro, um criado esperto e astuto, questiona a legitimidade da nobreza e da estrutura social.
    • Diálogo e Crítica:
      Através de diálogos e situações cômicas, Beaumarchais faz uma crítica aos abusos de poder e à hipocrisia da nobreza. As palavras de Figaro, que desafiam o poder hereditário e a suposta superioridade dos nobres, são consideradas um precursor das ideias revolucionárias.
    • Influência na Revolução:
      Embora não haja uma influência direta e imediata da peça na Revolução Francesa, a sua mensagem subversiva e o seu questionamento da ordem social contribuíram para criar um ambiente intelectual e social propício para a mudança. 
       
    Em resumo: "O Barbeiro de Sevilha" pode ser vista como um reflexo dos ideais revolucionários que se espalhavam na França antes da Revolução de 1789. A peça, através da figura de Figaro e de suas críticas à nobreza, contribuiu para um clima de questionamento e insatisfação com a ordem social existente. 
     
     
    •  

 

Welken G.
Welken G.
Bauru / SP
Responde em 18 h e 29 min
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Graduação: Big Data (Anhembi)
Professor de Matemática, Física, Química

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