Programação Inteira: e suas funcionalidades
em 06 de Junho de 2023
Uma má administração do capital de giro de uma empresa pode causar efeitos nocivos, que resultam, dentre outros fatores deletérios, o chamado “efeito tesoura”, que é um conceito criado pelo professor francês Michel Fleuriet em 1978. Mas o que seria, afinal, esse “efeito tesoura”? Seria na verdade a inversão de duas funções importantes na gerência de caixa de uma empresa: enquanto a necessidade de capital de giro (NKG) aumenta, o saldo de caixa tende a ser menor. O gráfico que demonstra essa relação lembra muito uma tesoura aberta, por isso o nome.
Um crescimento desproporcional no volume de vendas com empréstimos desmedidos podem gerar esse efeito. Via de regra, aconselha-se que a empresa tenha um ciclo de vendas equivalentes aos prazos e taxas dos empréstimos, que acarretam o pagamento de despesas financeiras afetando não somente o resultado, mas também o fluxo de caixa e a liquidez da empresa. É óbvio também que reduções nas vendas são causas disso, pois os estoques se mantém altos, mantendo-se igualmente alta a NKG.
Com prejuízos sucessivos, o saldo de caixa realmente tende a ficar negativo no médio prazo. Nem sempre o aumento de vendas é algo positivo. Mas a pergunta que faremos é: um aumento de vendas decorrente de que? Da opção de contrair novos empréstimos ou utilizando o reinvestimento do lucro no próprio negócio? Pois nem sempre os efeitos da alavancagem financeira são benéficos. Lembrando quem não lembra: alavancagem financeira é o uso de recursos de terceiros, com decorrente assunção de encargos financeiros regulares que afetam o resultado, mas que podem, por outro lado, remunerar mais os capitais próprios. Isso naturalmente é um risco, contudo, também uma oportunidade, tendo a certeza que o incremento de vendas proporcionará acréscimos tais aos lucros, que possam, além de cumprir as obrigações financeiras, remunerar o capital próprio.