História da Escultura
Por: Anderson N.
24 de Agosto de 2023

História da Escultura

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História da Escultura e da Gravura
Capítulo 1- O que é Escultura?
A escultura começou a ser praticada na idade da pedra (ou era primitiva), e ela faz parte do processo da criatividade humana. Com isso escultura seria a modelagem e o esculpido da madeira, mármore etc. Assim a modelagem de algo precisa ser feita em um material que não é tão duro como a argila, enquanto, o esculpido se faz em um material mais duro. O processo para fazer uma escultura é muito trabalhoso e precisa-se usar materiais como os estecas, que serve para tirar os excessos da massa, por exemplo, na argila.
E podemos usar moldes para fazer alguma peça que desejamos, isso é usado para materiais que são mais quentes, como uma escultura que é feita de metais. Assim a escultura depende de todas essas características para ser feita, e um grande mestre da escultura em madeira e pedra sabão, foi Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa). A técnica em madeira precisa de materiais como formões para tirar excessos da madeira. E hoje em dia para darmos detalhes em uma escultura de madeira, precisamos de brocas que são especialistas nisso.
A escultura pode ser feita em alto relevo ou baixo revelo, qual a diferença? O alto relevo seria um revelo maior em relação ao baixo relevo. Um exemplo de escultura feita em relevo seria a “ Coluna de Trajano”.
Porém no mundo da arte, a escultura mais difícil de ser feita é a escultura em mármore, pois o mármore é um material muito rígido em comparação com outros materiais. A escultura na era primitiva era feita em marfim, madeira. E isso estava ligado a magia e aos cultos que esses povos faziam. Podemos ver isso mais a frente no próximo capítulo.
Capítulo 2- A História da Escultura.
Os povos primitivos faziam suas esculturas e arquiteturas com pedras, um exemplo seria o menir e os dolmens, que são uma espécie de habitação rudimentar. Naquela época a medicina estava baseada em plantas e ervas medicinais, isso em sua maior parte era o que curava essas pessoas, porém a morte de crianças era muito comum, porque eles estavam em ambientes propícios para se desenvolver alguma doença. E assim eles faziam as esculturas de Vênus com ventres e seios enormes, porque simbolizava essa fertilidade da mulher. A partir disso, com as invenções da metalurgia e aprimoramentos das técnicas o homem começou a criar esculturas mais rígidas. E as grandes invenções feitas pelos Egípcios criaram esculturas em relevo, como os túmulos nas grandes pirâmides. As pirâmides eram feitas assim porque a pirâmide simboliza um tumulo onde era feito o embalsamento do corpo e os egípcios acreditavam na vida a após a morte ou a eternidade.
E os Egípcios criaram a “frontalidade”, onde era aplicado uma técnica que mostrava o corpo em sua melhor posição, e também era feita em relevo. O Egito era um lugar de difícil acesso, mas que existia comércio entre as regiões, e os gregos copiaram a frontalidade, pois era um estilo da época e cânone. Assim os gregos arcaicos da época de Homero copiaram o estilo “frontalidade” em cerâmicas que retratavam homens.
E as primeiras esculturas rígidas dos gregos foram Kouros e Koré, que são a parte masculina e feminina. E podemos notar essa divisão de homem e mulher na arquitetura, com as colunas Dórica e Jônica, a dórica é mais rígida que representa o homem e a Jônica tem mais curvas e representa a mulher.
A partir disso as invenções em técnicas passaram a serem maiores e as esculturas perderam a rigidez, assim o homem podia criar esculturas que gerassem movimento e não fosse algo tão rígido. Para desenvolvermos técnicas o intercâmbio de culturas é interessante e isso vai acontecer no período helenístico, que falarei mais a frente. A tecnologia e o desenvolvimento teórico sobre o assunto é o que gera maiores possibilidades de criar esculturas mais reais, condizente com a natureza. E não só isso a cidade como um todo ou as cidades- estado, precisam ter um comércio e troca de informações sobre o desenvolvimento de algo, para que Atenas alcançasse a sua grande capacidade de criar obras de arte. O mecenato influenciou a criação de uma comercialização da arte dentro das cidades-estados, e isso melhora a demanda por arte e faz os artistas trabalharem mais e descobrirem novos procedimentos para atrair os mecenas.
Com isso a arte clássica da escultura é feita a partir da observação de modelos nus, homens, que vão ser a principal representação da arte naquele período. Portanto a arte ela passa a ser mais fiel a realidade e partir dessas trocas de comercialização, o império macedônico começa a conquistar territórios e um deles é o Egito. E o mecenato vai prosperar além do território da Grécia, e isso vai aumentar o intercâmbio do comércio e da cultura. Com o desenvolvimento da filosofia que é entender o mundo além dos mitos, faz a Grécia virar um ponto cultural onde o que vai prosperar é a idealização da beleza e o antropocentrismo. Além disso foi introduzida a figura da mulher como escultura, e podemos notar nessa época a Afrodite, Vênus, Atena etc.
O helenismo fez algumas alterações na arte da Grécia, podemos notar a coluna coríntia. Nisso a escultura passou a ser mais individualizada e o naturalismo passou a ficar presente nas esculturas helenísticas. Com o desenvolvimento do texto no teatro na Grécia ou textocentrismo, o teatro foi visto como algo importante e podemos ver as peças de teatro de Sófocles. Assim a escultura passou a ter uma aura teatral, onde o que predomina são os gestos e o movimento. Com as trocas comerciais de povos, a disputa por territórios era muito grande, e nisso os etruscos um povo que vivia no centro da Itália ou Toscana começaram a conquistar territórios vizinhos e a se tornar uma potência maior e fora de controle, mas as trocas culturais eram presentes nesses povos. Roma passa a se adquirir os conhecimentos da Grécia relacionado a política, artes etc. As grandes invenções dos romanos foi um maior naturalismo nas esculturas e na arquitetura as construções de abóbadas e os arcos como, por exemplo, o coliseu.
As trocas comerciais e de conhecimento são importante para gerar novas invenções, pois influencia de povos uns sobre os outros, gera uma maior criatividade, e nisso os povos podem se desenvolver. Muito do que vimos no mundo moderno com as criações de patentes é o que faz a criação ter um dono, mas a partir de uma invenção pronta eu posso criar outros tipos de invenção. Muito do que vimos como, por exemplo, na engenharia, que faz peças de carro a partir do que já está no mercado ou novos procedimentos dentro de mercado moderno. A partir das tecnologias e interação universitária a criação de novas patentes pode acontecer. Porém os grandes mestres do passado como Da Vinci e Albrecht Durer, que vão inventar um novo meio de originalidade da criação. Como no caso da criação ou aproximação do helicóptero por da Vinci, um gênio que estava além do seu tempo. E Durer a partir das gravuras cria a originalidade como uma série de gravuras chamada Apocalipse da Bíblia. E nisso Durer cria o seu nome dentro do mundo da arte.
Com a criação de abóbadas e arcos pelos romanos, uma invenção que surgiu através dos etruscos e dos povos helenísticos, a arte começa a se desenvolver através da vertical. Pois com a morte de Jesus Cristo o cristianismo começou a fazer parte do mundo ocidental. A vertical nas arquiteturas românicas e góticas é por causa do céu, ou como na capela Sistina com a criação de Adão. Ou seja, a vertical lembra ascensão a Deus, é por isso que reparamos nas arquiteturas de catedrais. As esculturas passam a ser de anjos, demônios, santos e personagens do antigo testamento. Com essa modificação da arquitetura, passamos a ver as coisas celestiais como importantes, porém sempre olhamos para o céu como uma apreciação, pois a própria luz do sol vem de cima, a luz é melhor do que a escuridão. Mas existem esses opostos da natureza que fazem a vida ser como ela é, pois se não fosse a noite ou a escuridão nunca renasceríamos para o sonho ou a vida que nos espera depois do sono. Esse ressurgir da escuridão é o que da alegria a vida.
A Evangelização era muito forte e eles usavam os próprios relevos para evangelizar as pessoas, a arte românica e gótica passa a ser presente na vida dos fieis. O culto pagão foi proibido, e nessa época a igreja proibiu muitas coisas, além da idealização da beleza e as esculturas que eram feitas de deuses perderam o seu lugar. No final da idade média, as esculturas começam a ganhar um naturalismo, porque a renascença estava ganhando espaço. Esse naturalismo da renascença é diferente dos gregos, na renascença os escultores começam a fazer as roupas com mais movimento. O movimento começa a se tornar muito forte a partir desse período. O predomínio da harmonia e da simetria é presente na renascença, pois o homem começa a estudar o corpo humano e sua anatomia, e acabava fugindo do teocentrismo. Com isso o antropocentrismo começa a imperar na renascença. A escultura começa a se tornar mais livre, pois o homem é visto como o centro de destaque. Além disso com as grandes navegações o homem começa a explorar territórios e ser um explorador. O homem começa a desbravar territórios desconhecidos e o investimento nas grandes navegações era muito alto.
O estudo da escultura possibilitou o emprego do equilíbrio das esculturas, pois assim as obras passam a se equilibrar com os pés em uma base. As esculturas passam a ser vistas não mais como objetos sagrados. Depois do renascimento com o surgindo do barroco a escultura passou a ter a forma de anjos, virgens, santos. A arte começou a ser mais realista e “ter vida própria”, e o barroco preza o contraste dos opostos. Barroco significa grotesco ou contorcido. As figuras passam a mostrar o sofrimento no rosto e a face marcada por emoções.
A escultura foi dividida em duas partes, a monumental: que servia de complemento para a arquitetura, e a escultura independente, que era mais alegórica ou comemorativa. A escultura monumental servia para decorar, eles usavam o relevo a escultura de vulto ou em redondo. O relevo tinha função decorativa, narrativa e descritiva. Enquanto a escultura em redondo era decorativa e servia para prestar homenagem e era simbólica. Foi usada em monumentos escultóricos. O barroco preza a expressividade dramática e cênica e com isso essas esculturas ressaltavam isso, e nas pinturas de Caravaggio. A partir do século XVII o barroco começa a perder sua força, e começa a surgir um novo estilo de pintura, escultura, arquitetura que é o rococó. Eles prezam a beleza e a ornamentação, e podemos notar isso nas pinturas de Fragonard, onde a alegria passa a ser mais presente nas obras de arte. A escultura começa a fazer parte da arquitetura como um meio de decoração. Contudo começa a ter um naturalismo maior, e eles privilegiavam as alegorias. A partir das querelas (queixa) os pensadores e historiadores começam a buscar a essência grega da arte, mas com inovações, porque nessa época a razão estava presente e o iluminismo começa a aparecer. As estátuas gregas foram vistas como o ideal de beleza para os neoclássicos. A escultura começa a se fazer presente nas casas de nobres e nos cemitérios. Ainda não tinha sido perdido o pedestal que vai acontecer só no século XIX-XX. A idealização dos corpos nus começou a aparecer, porém o rosto não tinha muita expressividade porque os gregos não faziam tão expressivos. Os artistas seguiam os cânones do passado para mostrar essa essência nova da arte.
 
 
 
 
 
 
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