Integração por Substituição Trigonométrica
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Por: Ataide C.
24 de Junho de 2015

Integração por Substituição Trigonométrica

Matemática Geral Geometria Funções Ensino Médio

Há meios diferentes para integrar uma função e para cada integral, devemos identificar qual o melhor dos métodos a aplicar. Somente resolvendo diversos exemplos para podermos nos familiarizar com cada um desses métodos.

No caso de integração por substituição trigonométrica, um integrante que contenha uma das formas:

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sendo a uma constante positiva e não tendo nenhum outro fator irracional, pode ser transformado numa integral trigonométrica mais familiar, utilizando substituições trigonométricas ou com o emprego de uma nova variável.

Para os três casos acima, utilizamos as identidades trigonométricas:

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Vamos ver cada um desses casos separadamente.

Caso I: Para uma integral que envolva um radical do tipo clip_image014, fazemos a mudança de variável de x para θ. A substituição deve ser apropriada e fica melhor observada no triângulo retângulo:

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Temos que:

clip_image018

Assim, clip_image020 substitui clip_image014[1] por clip_image022, pois:

clip_image024

clip_image026

clip_image028

E pela identidade trigonométrica dada em (1), obtemos:

clip_image030

Extraindo a raiz de ambos os membros da equação acima, obtemos:

clip_image032

Justificando a substituição.

Caso II: Para uma integral que envolva um radical do tipo clip_image034, fazemos a mudança de variável de x para θ. Observando o triângulo retângulo:

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Temos que:

clip_image038

Assim, clip_image040 substitui clip_image034[1] por clip_image042, pois:

clip_image044

clip_image046

clip_image048

E pela identidade trigonométrica dada em (2), obtemos:

clip_image050

Extraindo a raiz de ambos os membros da equação acima, obtemos:

clip_image052

Justificando a substituição.

Caso III: Para uma integral que envolva um radical do tipo clip_image054, fazemos a mudança de variável de x para θ. Observando o triângulo retângulo:

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Temos que:

clip_image058

Assim, clip_image060 substitui clip_image054[1] por clip_image062, pois:

clip_image064

clip_image066

clip_image068

E pela identidade trigonométrica dada em (3), obtemos:

clip_image070

Extraindo a raiz de ambos os membros da equação acima, obtemos:

clip_image072

Justificando a substituição.

Com base nos resultados obtidos, podemos montar uma tabela:

image

Vejam que, para representar graficamente as substituições sugeridas no triângulo retângulo, o radical ficará sempre no lado do triângulo que não é utilizado pela relação trigonométrica:

Caso I: Usa-se x = a sen(θ); logo, o radical aparece no cateto adjacente a θ.

Caso II: Usa-se x = tg(θ); logo, o radical aparece na hipotenusa.

Caso III: Usa-se a sec(θ); logo, o radical aparece no cateto oposto a θ.

Vejamos alguns exemplos para ilustrar o método.

 

Exemplo 1: Calcule a integral abaixo:

clip_image098

Esta é uma integral do tipo I. Vamos fazer a representação no triângulo retângulo:

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Assim, escrevemos:

clip_image100

clip_image102

clip_image104

Assim:

clip_image106

clip_image108

clip_image110

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clip_image114

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Devemos agora, reescrever o resultado em termos da variável original x. Observando o triângulo retângulo, devemos encontrar as relações trigonométricas que aparecem no resultado acima. Assim:

clip_image118

Assim:

clip_image120

clip_image122

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Exemplo 2: Calcule a integral abaixo:

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Esta é uma integral do tipo II. Vamos fazer a representação no triângulo retângulo:

image 

Assim, escrevemos:

clip_image129

clip_image131

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Assim:

clip_image135

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Vamos, agora, reescrever o resultado em termos da variável original x. Observando o triângulo, encontramos as relações:

clip_image139

Assim:

clip_image141

clip_image143

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Como C é uma constante arbitrária e ln(a) também é uma constante, podemos reescrever o resultado como:

clip_image147

Exemplo 3: Calcule a integral abaixo:

clip_image149

Esta é uma integral do tipo III. Vamos fazer a representação no triângulo retângulo:

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Assim, escrevemos:

clip_image151

clip_image153

clip_image155

Assim:

clip_image157

clip_image159

clip_image161

clip_image163

Vamos reescrever o resultado em termos da variável original x. Observando o triângulo encontramos as relações:

clip_image165

Assim:

clip_image167

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Exemplo 4: Calcule a integral abaixo:

clip_image171

Esta é uma integral do tipo I. Vamos fazer a representação no triângulo retângulo:

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Assim, escrevemos:

clip_image175

clip_image177

clip_image179

Assim:

clip_image181

clip_image183

clip_image185

Agora, reescrevemos o resultado em termos da variável original x. Observando o triângulo retângulo, encontramos a relação:

clip_image187

Assim:

clip_image189

Exemplo 5: Calcule a integral abaixo:

clip_image191

Esta é uma integral do tipo II. Vamos fazer a representação no triângulo retângulo:

image 

Assim, escrevemos:

clip_image195

clip_image197

clip_image199

Assim:

clip_image201

clip_image203

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Reescrevendo o resultado em termos da variável x e utilizando as relações observadas no triângulo retângulo, fazemos:

clip_image209

Assim:

clip_image211

Exemplo 6: Calcule a integral abaixo:

clip_image213

Esta é uma integral do tipo III. Vamos fazer a representação no triângulo retângulo:

image 

Assim, escrevemos:

clip_image217

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clip_image221

Assim:

clip_image223

clip_image225

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Vejam aqui como integrar cos2(θ).

clip_image229

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Agora, representamos o resultado em termos da variável original x. Observando o triângulo retângulo, encontramos as relações:

clip_image233

Assim:

clip_image235

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Exemplo 7: Para ilustrar o uso desse método, vamos determinar a equação datractriz, que é uma curva definida pela trajetória de um objeto arrastado ao longo de um plano horizontal por um fio de comprimento constante quando a outra extremidade do fio se move ao longo de uma reta no plano. A palavratractriz provém do latim tractum, que significa draga.

Vamos considerar um plano formado por eixos ortogonais xy e o objeto comece no ponto (a, 0) com a outra extremidade do fio na origem. Se esta se move para cima ao longo do eixo dos y:

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o fio será sempre tangente à curva e o comprimento da tangente entre o eixo dosy e o ponto de contato será sempre igual a a. O coeficiente angular da tangente é dado pela fórmula:

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Separando as variáveis e usando o resultado do exemplo 1, temos:

clip_image243

Quando x = ay = 0 e C = 0. Logo:

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que é a equação da tractriz.

Se as extremidades do fio movem-se para baixo no eixo dos y, então uma outra parte da curva é gerada. Se girarmos essas duas partes em torno do eixo dos y, a superfície resultante será uma pseudo-esfera, com forma de uma “corneta dupla”.

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Exercícios para Casa:

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Referência Bibliográfica

O BARICENTRO DA MENTE. Integração por substituição trigonométrica. Disponível em: <http://obaricentrodamente.blogspot.com.br/2012/06/integracao-por-substituicao.html> Acessado em: 24 de junho de 2015.

 

Ataide C.
Ataide C.
Paracatu / MG
Responde em 21 h e 21 min
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Graduação: Engenharia Civil (Universidade Federal de Viçosa (UFV))
Matemática - Análise Real, Matemática, Álgebra Linear
Fiquem a vontade no meu perfil sou professor de matérias do ciclo básico de engenharia e matérias específicas da engenharia civil. Muito obrigado por

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