Como trabalhar educação financeira no ensino médio

É importante observar o meio em que o aluno vive. Por exemplo, o mesmo professor pode atuar tanto em escolas de periferia quanto em escolas particulares localizadas em bairros nobres. É preciso formular estratégias personalizadas com base nas variáveis demográficas e geográficas.

Pensando nisto, vamos analisar a metodologia de uma aula de matemática financeira para alunos do 1º ano do ensino médio com o tema educação financeira. Vamos ilustrar isto com uma professora ou professor que trabalha em uma metrópole, porém leciona no turno matutino em uma escola particular e no turno noturno em uma escola pública da periferia. A estratégia para abordar o mesmo assunto nas duas escolas terá que ser diferente pois, a experiência de cada aluna e aluno com o dinheiro é diferente devido as suas bases sociais.

A professora ou professor pode, por exemplo, elaborar um trabalho de juros compostos envolvendo comparação de rendimentos por período de tempo, taxa de juros e valor inicial aplicado e pedir para o aluno concluir qual se seria mais vantajoso, investimentos financeiro em bolsa, títulos de capitalização ou poupança. O que iria diferenciar nas duas turmas seria o cenário exposto, a contextualização. Em quanto que na turma do 1º ano do ensino médio da escola particular, a professora ou professor pode trabalhar uma situação hipotética de investimento com valores economizados da mesada para financiar um intercambio após a conclusão do curso superior. Já na turma do 1º ano do ensino médio da escola pública a situação seja investir os valores economizados do salário para quitar o financiamento estudantil após a conclusão do curso superior.

Um conversa com os alunos antes de propor a atividade pré-estabelecida deve ser parte da metodologia, pois isto permitirá que os alunos exponham seus conhecimentos e experiências a respeito do assunto. Após a conversa a professora ou professor poderá fazer reajuste na proposta da atividade adequando-a melhor à realidade dos alunos. Assim, além de tornar o aprendizado mais significativo, evitar que a professora ou professor cometa algum erro de julgamento devido a pré-conceitos de classes sociais.

A avaliação desta atividade pode ser feita de forma quantitativa, avaliando se o alunos calculou corretamente os rendimentos e concluiu qual seria o melhor investimento. E de forma qualitativa através de uma conversa, ao final da entrega da atividade, em que a professora ou professor consiga perceber um conscientização do aluno para a educação financeira.