Para o que serve realmente uma avaliação?
em 25 de Fevereiro de 2021
A profissional ou o profissional da educação que trabalha com o ensino da matemática geralmente tem que lidar com sentimentos antagônicos: a certeza da sua importância na formação do cidadão (aluna ou aluno) e a frustação com os resultados insuficientes obtidos em relação a aprendizagem da turma.
Tais conflitos é sentido por esses profissionais em qualquer etapa do ensino, desde o primeiro ciclo do ensino fundamental, onde conceitos básicos da matemática começam a ser trabalhados pelo professor de forma sistemática, até o curso superior, onde disciplinas tem como ponto de partida um conhecimento matemático intermediário.
O processo de ensino-aprendizagem da matemática compreende imaginação, contraexemplos, conjecturas, críticas, erros e acertos e o conhecimento matemático contextualiza estes pontos. A aluna ou o aluno, na prática da cidadania, terá que enfrentar situações na sua vida cotidiana que precisará dispor desse conhecimento, e quanto mais assimilado estiver o conhecimento melhor ele irá se sair.
Os resultados percebidos pela professora ou pelo professor nas avaliações de conhecimento das turmas, geralmente, não são satisfatórios para ela ou ele, apesar de serem satisfatórios para a progressão da aluna ou do aluno. Isto porque a professora ou professor tem a percepção de que a maior parte do conteúdo foi apenas decorado e não interiorizado. Sendo assim, quando este individuo precisar de usar o conhecimento ensinado em outra situação, seja acadêmica ou cotidiana, provavelmente ele terá dificuldades.
Com isto, o ensino da matemática deve ser explorado de forma lúdica e pragmática desde o início, ou seja, no primeiro ciclo do ensino fundamental, para se obter o real aprendizado. Algumas ações realizadas pela professora ou pelo professor ajudam neste processo.
A matemática apresentada sem ser incluída num contexto temporal e espacial desenvolve-se um conflitivo entre elementos contrastantes: concreto e abstrato, particular e geral, formal e informal, finito e infinito, discreto e contínuo. Tais conflitos gera dificuldades no processo de ensino-aprendizagem.
Alguns recursos que auxiliam à professora ou ao professor no ensino da matemática podem justamente resolver estes conflitos na aprendizagem do aluno, transformando conceitos abstratos, gerais e informais, por exemplo, em algo mais “palpável” à aluna ou ao aluno.
O conhecimento técnico para orientar a professora ou o professor na escolha de uma estratégia adequada no processo de ensino-aprendizagem é importante, porém, a subjetividade adquirida pela vivência em sala de aula é fator decisivo. Ainda mais que essas estratégias são dinâmicas pois, devem levar sempre em consideração a individualidade de cada aluno incluída no contexto temporal e espacial em que a aula está sendo preparada.
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