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em 30 de Maio de 2022
No papel ou no digital, fotografar é a arte de eternizar um momento real. Desde a invenção das primeiras câmeras, ainda no século XIX, as fotos despertam o desejo e o interesse das pessoas, afinal, dá a elas a possibilidade de relembrar acontecimentos simbólicos ou conhecer detalhes de um tempo passado.
Quem nunca olhou para um álbum de infância e reviveu, mesmo que em memória, sentimentos bons de um tempo que não existe mais?
A verdade é que poucas artes conseguem mexer tanto com o nosso íntimo quanto a fotografia. E como ela surgiu? Como evoluiu ao longo do tempo até sair do papel e chegar aos nossos celulares? Esses são alguns dos temas do nosso artigo hoje.
Foi em 1826, na França, que a primeira fotografia foi tirada. Quem realizou esse feito histórico foi o inventor Joseph Nicéphore Niépce, que capturou uma cena com a sua câmera escura e conseguiu fixá-la de forma nítida em um pedaço de papel.
Crédito: domínio público
Mas quem pensa que esse processo foi fácil, se engana. Foi quase oito horas de exposição à luz, através de uma técnica conhecida como heliografia que a foto ficou pronta.
O registro de Niépce mostra os telhados de edifícios que existiam ao lado de sua residência. Em 2003, a revista americana Life incluiu a imagem na lista das "100 Fotografias que Mudaram o Mundo".
Por conta do longo período de exposição dos reagentes químicos à luz, fotografar pessoas nesse primeiro momento da história era praticamente impossível.
O cenário só começou a mudar a partir de 1839, com Louis Jacques Mandé Daguerre, que interessado no novo conceito de arte, inventou um equipamento fotográfico que ganhou fama com o nome de daguerreótipo.
A máquina era formada por uma placa de prata sensibilizada com vapores de iodo. A exposição dos cristais de iodeto de prata à luz fazia com que eles se transformassem em prata metálica, formando uma imagem latente, revelada posteriormente com o uso do vapor de mercúrio. O resultado era uma foto nítida e rica em detalhes, em positivo e em baixo-relevo.
Crédito: domínio público
No entanto, era necessário em média 25 minutos de exposição para que a imagem fosse capturada. Hoje, em comparação, isso acontece em uma fração de segundos.
Caminhando um pouco mais na história, chegamos até 1841, quando o cientista William Henry Fox-Talbot deu vida a um processo chamado calótipo, que produziu as primeiras fotografias com negativo-positivo.
O processo utilizava uma câmara escura, um papel sensibilizado com nitrato de prata e ácido gálico. A exposição à luz durava cerca de 20 minutos. Quando o negativo era gerado, ele tinha que ser submerso em uma solução de hipossulfito de sódio e, ao secar, o papel produzia a imagem em positivo. Esse foi um dos primeiros passos rumo à fotografia moderna, como muitos de nós - nascidos até meados dos anos 90 - conhecemos bem.
A partir da invenção de Talbot, foi possível reproduzir cópias de uma mesma foto pela primeira vez, a partir da revelação do negativo.
O surgimento da Kodak, em 1889, representou um salto na arte de fotografar e revelar. A empresa americana, criada pelo empresário George Eastman, apresentou ao mundo uma série de inovações que tornaram as máquinas fotográficas mais leves, eficientes e acessíveis às pessoas.
A primeira câmera da marca tinha como slogan “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”. De fato, por anos, essa ideia foi uma realidade, porque além de desenvolver e comercializar suas próprias máquinas fotográficas, a Kodak também era especializada no processo de revelação dos rolos de negativo. De uma ponta a outra, ela controlava o mercado da fotografia.
No entanto, a competitividade do setor e as novas tecnologias que eclodiram no século XIX fizeram com que a marca não resistisse aos novos tempos, levando-a à falência.
Depois de quase dois séculos de história, chegamos ao que conhecemos hoje como fotografia. Onde qualquer momento pode ser registrado ao toque de um dedo em um aparelho muito mais leve e acessível do que todos os outros já inventados por estudiosos e especialistas: o celular.
Crédito:divulgação/internet
Pesquisas apontam que o primeiro celular com câmera foi o J-SH04, da Sharp, criado na década de 90. No entanto, ele só chegou às lojas em 2001 e foi comercializado pela J-Phone, empresa que hoje pertence à Softbank.
De lá pra cá, a tecnologia avançou tanto, que imaginar um mundo em que a fotografia era tirada a partir de um processo demorado, precário e trabalhoso é quase impossível.
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