Este artigo discute o ensino da voz passiva no inglês como segunda língua, analisando suas funções comunicativas, os erros mais comuns entre falantes brasileiros e estratégias pedagógicas para tornar seu uso mais natural e compreensível.
A voz passiva (The cake was eaten by John) é muitas vezes ensinada de forma mecânica, com foco apenas na transformação estrutural da frase ativa (John ate the cake). Essa abordagem limita a compreensão dos alunos sobre quando e por que usar a voz passiva.
No inglês, a passiva é amplamente usada para destacar o objeto da ação, ocultar o agente, ou dar ênfase à ação em si, como em The documents were lost (sem mencionar quem os perdeu). É comum em textos jornalísticos, científicos, acadêmicos e formais.
Entre falantes de português, os erros mais frequentes envolvem:
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uso incorreto do verbo to be como auxiliar
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forma errada do particípio passado
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confusão entre passiva e tempos contínuos
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tentativas de tradução literal do português
Uma abordagem eficaz para o ensino da passiva envolve:
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Análise de contextos reais onde a voz passiva é natural (reportagens, e-mails formais, manuais)
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Contraste entre ativa e passiva para comparar impacto e foco
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Atividades de transformação contextualizada, mas com ênfase em função e estilo, e não apenas forma
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Produção de textos com voz passiva, como notícias, receitas ou relatórios
Também é útil criar um ambiente de investigação linguística, onde os alunos identifiquem frases passivas em textos e reflitam sobre seu propósito.
Referências Bibliográficas:
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Celce-Murcia, M., & Larsen-Freeman, D. (1999). The Grammar Book: An ESL/EFL Teacher’s Course. Heinle & Heinle.
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Harmer, J. (2007). The Practice of English Language Teaching. Pearson Longman.
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Swan, M. (2005). Practical English Usage. Oxford University Press.
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Hall, G. (2011). Exploring English Language Teaching: Language in Action. Routledge.