O mundo em que vivemos atualmente está cada vez mais globalizado. Essa globalização tem mudado o cenário de muitas atividades humanas ao longo do tempo. Tarefas que antes possuíam objetividade singular e simplória tornaram-se, agora, algo primordial e extremamente importante para toda população.
A história da tecnologia caminha juntamente com a história da humanidade. Percebemos que através das necessidades adquiridas pelo homem, o mesmo desenvolveu processos e materiais que as resolvessem. Assim, no âmbito educacional surgem novas possibilidades de ensino, em especial para o ensino da Matemática, onde há uma variedade significativa de programas computacionais para auxílio na construção do conhecimento. As Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs - são um exemplo deste forte crescimento.
As TICs
As TICs surgiram no início dos anos 90, com o objetivo de melhorar a comunicação e a informação entre as pessoas. Elas têm um grande potencial inovador que tem se refletido em todos os aspectos da nossa sociedade: mudaram as formas de aprender e ensinar, de trabalhar, de comunicar.
Com o crescimento indiscutível da tecnologia na educação, percebemos que a sua utilização pode contribuir para a ascensão educacional pedagógica no ensino da Matemática, uma vez que ela é vista como um “obstáculo” para os alunos. Sob este ponto de vista, questionamos como as TICs podem contribuir para o ensino da Matemática e a forma como o professor poderá se adaptar e interagir com novas ferramentas tecnológicas de aprendizagem.
Formação de Professores para o Ambiente Tecnológico
Após pensarmos no uso de softwares como mediador do ensino de Matemática, percebemos que a atenção também deve estar centrada no professor. Por vezes, o desenvolvimento da tecnologia e do professor não ocorre paralelamente. Sabemos que no Brasil, grande parte dos docentes está no mercado, em exercício já há algum tempo, onde o avanço tecnológico não era tão significativo, ou até era, mas não havia a disseminação a qual está evidenciada atualmente.
O fato é que, a tecnologia avança, mas o professor não. O grande conflito converge, então, ao princípio de que os jovens vão avançando e acompanhando a tecnologia, ao passo que o professor acaba se prendendo a metodologias tradicionais, fazendo com que o ensino da Matemática torne-se desconexo da realidade do aluno.
Um software nunca vai substituir o professor, ele apenas lhe dá condições e informações para que ele desenvolva seu trabalho de forma eficaz. A questão é que os alunos mudaram: não querem mais ficar sentados escutando o professor de forma passiva, eles são mais ativos; querem ver, mexer, manipular, construir o seu conhecimento. E isso é um grande choque de gerações.
Não há como negar o distanciamento entre aluno e a Matemática. A Matemática tem se tornado algo mitificado, oculto, mal visto e estereotipado. A decadência, a esse ponto, se torna alarmante, uma vez que o estudo da Matemática foi o precursor de vários outros estudos essenciais à humanidade e ao seu avanço. Assim, é necessário encontrar um meio de mostrar a verdadeira face da Matemática, a fim de rebuscar seu significado e a sua importância.
A eficácia da utilização dos softwares não está na troca de ensino tradicionalista por modernista, mas sim, na construção de um conhecimento que abranja as duas possibilidades, havendo interações mútuas.
Enfim, apostar em metodologias onde softwares estejam presentes pode ser um fator transformador na ministração de aulas de Matemática. Certamente, utilizar estes meios é uma maneira objetiva, simples e eficaz de aproximar o ensino à realidade do aluno. É uma maneira de tirar a Matemática do meio “obscuro” e colocá-la lado a lado com quem antes tanto a temia.