Estresse Oxidativo: O que? Quem? Como?

Mitocôndrias, as usinas de energia das células, produzem ATP para ser utilizado nos mais diversos processos metabólicos que ocorrem em nosso organismo. Sendo assim, produtos do metabolismo celular normal são gerados, os quais são chamados de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO). São exemplos de ERO, também denominadas de Radicais Livres, o peróxido de hidrogênio (ou água oxigenada - H₂O₂), radical hidroxila (OH ^.), ânion superóxido (O2^•–), dentre outros. Estes radicais apresentam instabilidade e alta reatividade, isto é, ao se combinarem com outras moléculas, como por exemplo o DNA, podem ocasionar modificações ou danos irreversíveis (mutações, morte celular).

É preciso salientar que sob condições normais, em nosso organismo há um equilíbrio entre os oxidantes e antioxidantes - moléculas que atuam na proteção das células através da inibição daquelas. Contudo um desbalanço desse sistema em favor dos OXIDANTES acarretará em Estresse Oxidativo, o qual pode ser gerado de duas formas: 1°) quando a produção de radicais livres (os oxidantes) ultrapassa a concentração de antioxidantes; ou 2º) quando há uma redução na quantidade de antioxidantes presentes no meio. Diabetes, doenças cardiovasculares, falência de órgãos e câncer são só algumas doenças provocadas por esse desequilíbrio. Os antioxidantes são divididos em dois grupos: os enzimáticos, representados por proteínas como a catalase, Glutationa peroxidase, Glutationa redutase, Superóxido dismutase, além de outras; e os não enzimáticos (adquiridos pela dieta) como a Vitamina C, Vitamina E, Glutationa e Carotenoides.

Com o passar do tempo somos expostos à fatores ambientais que influenciam a geração de espécies reativas de oxigênio, tais como a fumaça do cigarro, sedentarismo, má alimentação, exposição à radiação ionizante, metais pesados e condições de hiperoxia (alta concentração de oxigênio na célula, tecido ou meio). Por essas razões, é reportado na literatura que o Estresse Oxidativo é uma característica marcante em inúmeras doenças: Acidente Vascular Encefálico, Doença Pulmonar, Doença Hepática, Doença Renal, Doença Nerodegenerativa, alterações no comportamento Psicológico, Fibromialgia, degeneração macular da córnea, Fadiga crônica, Dores, Osteoporose, Distúrbios endócrinos, Anormalidade da medula óssea. Logo, uma vasta gama de estudos têm sido realizados em torno deste tema nos últimos anos.

Referência:

Donald Armstrong; Robert D. Stratton. Oxidative Stress and Antioxidant Protection: The Science of Free Radical Biology and Disease.

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Att, Professor Diego.