As lições dos negócios na empresa familiar
Por: Diego D.
03 de Março de 2016

As lições dos negócios na empresa familiar

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As lições dos negócios na empresa familiar

Pelo menos 70% do PIB mundial e a maior parte dos empregos são atualmente gerados por empresas familiares

Responsáveis por dois terços da totalidade dos negócios em qualquer país do mundo, e pela maior parte dos empregos e de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, as empresas familiares tendem a manter o controle dos negócios e a investir em planos estratégicos de desenvolvimento e na capacitação dos membros da família.

Em Fortaleza, John Davis ministrará palestra e conduzirá debate sobre "Gestão de Empresas Familiares: Estratégias de Crescimento e Continuidade, no Seminário HSM, nesta segunda-feira Foto: Divulgação

A avaliação é do mestre em economia e professor da Harvard Business School, John Davis - referência mundial em gestão de empresas familiares.

Em Fortaleza, onde ministra palestra e conduz debate sobre "Gestão de Empresas Familiares: Estratégias de Crescimento e Continuidade, no Seminário HSM, nesta segunda-feira, Davis, antecipou ontem, para o Diário do Nordeste, parte da exposição que fará para empresários, gestores e executivos de médias e grandes companhias do Ceará e do Nordeste.

Promovido pela HSM e pelo Instituto Empreender, o evento transcorrerá das 9 às 18h30, no La Maison Coliseu. Na oportunidade, Davis abordará conceitos e os aspectos que diferenciam e as semelhanças entre as empresas familiares e as não familiares, bem como discorrerá sobre as performances, as dificuldades, os conflitos de papéis existentes entre os interesses da empresa, da família e dos sócios.

Estratégias

Conforme expõe John Davis, os dois modelos de organização empresarial têm peculiaridades que devem ser observados, tendo em vista que todas as companhias possuem sua forças e fraquezas e as empresas familiares não são exceção. "Existem as que possuem ótima performance e as que têm desempenho ruim, mas, na medida em que buscam apresentar um melhor desempenho, as familiares duram mais, porque a família trabalha persistentemente para o sucesso duradouro, investindo e construindo relações de longo prazo (entre a família, com funcionários, clientes e fornecedores)", explica.

"Claro que as empresas familiares possuem vulnerabilidades", reconhece o economista. Ele ressalta, no entanto, que há estratégias definidas para facilitar o crescimento sustentável dessas companhias. " Sustentabilidade requer foco no crescimento da companhia, união da família e desenvolvimento de talentos na família e na empresa", diz.

Desafios

Segundo ele, "é desafiador para estas empresas viver muito" o que configura uma outra característica das empresas familiares. Conforme diz, apesar da metade dessas empresas desaparecem em um intervalo de cinco anos da sua fundação e somente 16% viverem 25 anos , ou seja, o tempo de uma geração, as companhias familiares são as mais duradouras no mundo todo.

No Brasil, especificamente, acrescenta Davis, as empresas familiares são muito semelhantes em vários aspectos, adotam conceitos de gestão similares e enfrentam problemas também parecidos, tendo em vista a própria conjuntura econômica do País. Embora representem cerca de 2/3 da economia brasileira, as empresas familiares ainda perdem espaço às Estatais, empresas do governo, que detém grande peso na economia.

Globalização

"Tenho trabalhado com empresas familiares no Brasil, por mais de uma década e percebo o progresso contínuo delas e melhoras significativas na gestão", revela, lembrando que muitas são as empresas familiares brasileiras que já gozam de reconhecimento internacional. Com relação aos desafios frente à conjuntura nacional, John Davis responde que estes são praticamente os mesmos para todas as companhias - como lidar com as turbulências econômicas e com a crescente globalização. "Aliás, em minhas pesquisas constatei que as empresas familiares têm se adaptado muito bem à globalização".

Passar o bastão

Há no entanto, desafios particulares, como são manter o crescimento sem a perda do controle da companhia, gerenciar a sucessão sem perder a unidade familiar e manter o comprometimento com o negócio, à medida em que a família cresce e envelhece. "Há maneiras de lidar com estes desafios e este é o foco do meu trabalho com as empresas", antecipa o economista.

Em sua exposição na segunda-feira, John Davis falará, ainda, sobre um momento crucial e tenso em qualquer empresa: a hora de "passar o bastão" para um sucessor, de transferir para os filhos ou netos, a gestão dos negócios. Para ele, organização, profissionalização, respeito às diferenças individuais dos membros da família e dos sócios, fazer avaliação de competências e saber destacar as lideranças são questões preponderantes para serem observadas durante o processo de sucessão de qualquer empresa familiar.

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