Algumas das variáveis da gestão contábil e administrativa de uma cooperativa, podem ser percebidas através de quatro indicadores, amplamente aceitos dentro dos modelos de gestão mais tradicionais: Liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata e liquidez geral. Nesse sentido pretendo, em uma linguagem simples, expor a metodologia de cálculo de tais índices, que seguem:
Liquidez corrente
Calculada a partir da Razão entre os direitos a curto prazo da instituição (Caixas, bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo (Empréstimos, financiamentos, impostos, fornecedores). No Balanço estas informações são evidenciadas respectivamente como Ativo Circulante e Passivo Circulante.
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante |
Liquidez Seca
Similar a liquidez corrente a liquidez Seca exclui do cálculo acima os estoques, por não apresentarem liquidez compatível com o grupo patrimonial onde estão inseridos. O resultado deste índice será invariavelmente menor ao de liquidez corrente, sendo cauteloso com relação ao estoque para a liquidação de obrigações. Evidentemente que esse cálculo não se aplica em cooperativas de trabalho, pela simples razão de não haver estoques.
Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante |
Liquidez Imediata
Índice conservador, considera apenas caixa, saldos bancários e aplicações financeiras de liquidez imediata para quitar as obrigações. Excluindo-se além dos estoques as contas e valores a receber. Um índice de grande importância para análise da situação a curto-prazo da cooperativa.
Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante |
Liquidez Geral
Este índice leva em consideração a situação a longo prazo da cooperativa, incluindo no cálculo os direitos e obrigações a longo prazo. Estes valores também são obtidos no balanço patrimonial.
Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) |
Observa-se, portanto, da necessidade dos gestores acompanharem tais relatórios administrativos, de forma a perceber a saúde financeira da cooperativa.
E você leitor, já fez essas análises comparativas?
Produzido e organizado por: Inácio Pereira, economista, especialista em gestão e cooperativism