3 tendências do e-commerce para 2017
em 08 de Agosto de 2017
“Tudo transcende tudo.
E é mais real e menos do que é.”
Fernando Pessoa
Nota-se que o uso do pensamento sistêmico nas organizações gera um crescente desconforto na estrutura organizacional tradicional e em seus padrões de comportamento. Tal incômodo surge, principalmente, quando a tentativa em melhorar e maximizar resultados acaba não se sustentando, tanto em termos de perenidade dos mesmos quanto na felicidade das pessoas.
Reconhecer as características estruturais e culturais de uma empresa que, paulatinamente, passa a não oferecer de maneira sustentada os resultados desejados, nos faz refletir que tais princípios na estrutura e na cultura da organização são resultados do paradigma concebido nos últimos 300 anos. Entre os séculos XVI e XVII, Galileu, Copérnico, Bacon, Newton e Descartes deram concepções filosóficas que transformaram a ciência, a tecnologia e a visão de mundo em algo de “natureza”, predominante mecanicista. Esta visão de mundo, baseada na investigação cartesiana, caracteriza-se pela descrição matemática da natureza e o método analítico de raciocínio, o que deu origem ao modelo organizacional que conhecemos hoje.
Uma das implicações na visão mecanicista foi o abandono dos sentidos, e, consequentemente, uma eventual cegueira e desatenção sobre valores, sentimentos e intenções. Como resultado, ocorre a dissociação do ser humano, que é um dos maiores reflexos na atual gestão organizacional.
A obra de Capra, David Steindl-Rast e Thomas Matus, por outro lado, fala de um conjunto de novas ideias na ciência e na espiritualidade a partir do século XX. Os autores apontam o surgimento de um novo paradigma, que oferece uma visão integradora entre ciência e espiritualidade. Trata-se de um modelo holístico, baseado na percepção de natureza complexa da verdade e no desafio aos mitos cartesianos.
São cinco as noções fundamentais que influenciaram a ciência e a espiritualidade, na transformação do velho modelo mental em algo novo: a mudança da parte para o todo; A mudança de estrutura para processo; A mudança de ciência objetiva para “ciência epistêmica”; A mudança de construção para rede como metáfora do conhecimento e a mudança de descrições verdadeiras para descrições aproximadas.
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Aurélio Andrade
Fundador do Instituto do Pensamento Sistêmico e autor do livro Pensamento Sistêmico Caderno de Campoe Leonardo Marques, psicólogo, pós-graduado em Sustentabilidade Integral e consultor do Pensamento Sistêmico e Empreendedorismo Social.
http://revistadaespm.espm.br/?p=298