Tipos de Emoções
Por: Eleize S.
05 de Julho de 2022

Tipos de Emoções

(Segundo Paul Ekman)

Pedagogia Acompanhamento Pedagógico

TIPOS DE EMOÇÕES

Paul Ekman definiu SEIS TIPOS de emoções básicas universais: alegria, tristeza, nojo, medo, raiva e surpresa. Posteriormente, ele adicionou o desprezo, que seria um nojo social.

  • ALEGRIA:

A função social da alegria é sinalizar a amizade, que não somos uma ameaça frente a aproximações, além de nos aproximar de vínculos. Os gatilhos comuns são: testemunhar atos de compaixão; aliviar o sofrimento em si ou no outro; experimentar algo engraçado ou divertido; ter alguma realização pessoal ou de um ente querido; sentir-se conectado consigo, com outras pessoas, com lugares ou com uma causa. A postura da alegria costuma ser ereta, elevada e relaxada.

  • TRISTEZA:

A função social da tristeza é um pedido de ajuda para ser confortado. Para nós mesmos, é um sinal para diminuirmos nossas atividades e darmos um tempo para nos reorganizarmos. Ela tende a nos manter vinculados e não isolados, pois sinaliza que algo não está resolvido, como uma espécie de luto e geralmente está associada a alguma necessidade não escutada. Os gatilhos comuns são a rejeição, término, perda de identidade e desapontamento inesperado. As sensações são o aperto no peito, os membros do corpo pesados, nó na garganta e olhos marejados. A postura da tristeza é abaixada ou curvada, perdendo o tônus muscular e com o olhar perdido e para baixo.

  • MEDO:

O medo tem como função nos manter seguros e mobilizar para enfrentar ou fugir de um perigo em potencial. Ele é adaptativo e se torna um problema quando está em falta ou aparece em excesso. Os fatores que influenciam na intensidade do medo são: a gravidade da situação, sua interpretação, ser imediato ou iminente e se há como enfrentar.

O que nós faz medrosos é a ameaça de um dano real ou imaginário e a emoção emite um sinal de alerta para o perigo. Os gatilhos comuns são a perda de visibilidade, altura, interações sociais, rejeições, animais rastejantes e a morte.

As sensações corporais que o medo provoca são sentir frio, o encurtamento da respiração, sudorese, tremores e aperto na musculatura dos braços/pernas. A postura varia entre ser mobilizadora para ação, preparando para a luta ou fuga, e paralisante, acarretando no congelamento.

O medo leva a transtornos de ansiedade – generalizada, social, específica, pânico, agorafobia – e a psicoterapia ajuda a, gradualmente, se expor a situações temerosas para que aos poucos se naturalize. O paciente vai percebendo que o cenário pode não ser tão ruim.

  • TRISTEZA:

A função social da tristeza é um pedido de ajuda para ser confortado. Para nós mesmos, é um sinal para diminuirmos nossas atividades e darmos um tempo para nos reorganizarmos. Ela tende a nos manter vinculados e não isolados, pois sinaliza que algo não está resolvido, como uma espécie de luto e geralmente está associada a alguma necessidade não escutada. Os gatilhos comuns são a rejeição, término, perda de identidade e desapontamento inesperado. As sensações são o aperto no peito, os membros do corpo pesados, nó na garganta e olhos marejados. A postura da tristeza é abaixada ou curvada, perdendo o tônus muscular e com o olhar perdido e para baixo.

  • NOJO:

A função do nojo é afastar, bloquear ou eliminar algo contaminante. Nos enoja algo potencialmente estragado, que contenha cheiro ou gosto ruim e a emoção sinaliza que pode prejudicar nossa saúde. Os gatilhos comuns são produtos corporais expulsos – fezes, vômito, muco, sangue –, certo alimentos, algo apodrecendo, lesões, cirurgias, etc. As sensações são avulsão na boca, garganta ou estômago; náusea ou repulsão física.

  • RAIVA:

A função da raiva é defender o território, sinalizando limites contra injustiças percebidas. Essa emoção nos sinaliza que alguém está nos prejudicando e nosso espaço está sendo invadido. Os gatilhos comuns são interferências; injustiças; alguém tentando machucar outra pessoa; raiva manifesta em outra pessoa; traição; abandono; rejeição; violação de limites estabelecidos. As sensações corporais são calor, sudorese, tensão muscular e aperto de mandíbula ou punhos. A postura é inclinar-se para frente com a cabeça e estufar o peito.

Apesar dessa emoção ser associada com o negativo, ela é, como todas as outras, importante, devendo ser expressa de forma segura. A psicoterapia analisa quais outras emoções emergem dela, sendo a raiva um importante combustível para a mudança.

  • SURPRESA:

A função da surpresa é focalizar nossa atenção para que possamos determinar o que está acontecendo e se estamos em perigo. O que nos deixa surpresos são ocorrências repentinas e inesperadas. Essa emoção sinaliza que algo impactante ou relevante está acontecendo e precisa ser percebida. Os gatilhos comuns são sons altos e movimentações inesperadas. O que decorre da surpresa após alguns segundos é ela diminuir quando percebemos o que está acontecendo, abrindo espaço para outra emoções, como medo, alegria, etc.

  • DESPREZO: 

Pode ser entendido como nojo social, tendo como função sinalizar um sentido de superioridade, de que não há necessidade de engajar-se em algo ou afirmar poder/status.

Acredita-se que surgiu como uma derivação do nojo para punição aos desviantes das normas sociais. Atualmente, ocorre provavelmente devido ao maior distanciamento social da realidade alheia e o problema é que cria um senso de um estar certo e o outro errado, sem ponto de vista.

As reações do desprezo são similares a raiva, sentindo calor, tensão e, em alguns casos, prazer ou desconforto.

FUNÇÕES DAS EMOÇÕES

Se as necessidades emocionais não forem atendidas, as emoções ditas negativas vão sinalizar que algo está ruim e essa mensagem só cessa quando damos atenção a ela. As emoções são importantes também porque são motivadores de ação e tomada de decisões. Há diversos testes e exemplos de publicidades que mostram como nós fazemos escolhas a partir do emocional.

As emoções também são importante para vivermos socialmente e manter a preservação da espécie. Pessoas com transtorno antissocial não possuem empatia e objetificam os outros.

Saúde emocional é estar atento as emoções, buscando entender o que querem comunicar e o qual necessidade não está sendo suprida.

(Paul Ekman, 2003)

 

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