A Família das Madeiras!
em 06 de Setembro de 2020
E aí galera, tudo jóia? Estou encarregado de trazer para vocês um pouco de
informações, curiosidades e, principalmente, técnicas sobre um dos instrumentos mais
cogitados e admirados pelas pessoas: o Saxofone.
É claro que provavelmente ninguém sairá tocando que nem um Kenny G. da vida
com algumas lições só, mas terá uma ótima noção sobre o instrumento e vai dar pra
tirar aquele "sonzinho" prá começar!
Então... mãos à obra, ou melhor, boca à obra. Ah é! Isso é uma coisa que qualquer
saxofonista tem que se acostumar, as piadinhas. Sempre vai aparecer uma criatura
pra largar aquela piada maravilhosa sobre a "embocadura" ou perguntando outras
bobagens... Mas com o tempo a gente acostuma e, cá entre nós, o sax faz muito
sucesso entre muitas mulheres. Então aos homens que desejam tocar vai mais essa
dica. Agora para a mulherada que quer tocar sax a dica é fazer "a-que-la" pose quando
for tocar. Um saxofone deixa uma mulher muito sexy! Chega de papo furado! Vamos
começar com a história do sax.
A História
O saxofone foi inventado por Antoine-Joseph (Adolph) Sax. Ele nasceu em Dinant,
uma cidade no vale de Meuve na Bélgica, no dia 6 de novembro de 1814. CharlesJoseph Sax, o pai dele, era um carpinteiro que construiu uma fábrica para
instrumentos de sopro de madeira e instrumentos de metal. Do pai ele herdou a
técnica e criatividade para o comércio. A relação de Adolph com o pai era boa e se
baseava no respeito mútuo. Pouco se sabe sobre sua mãe, exceto que ela vivia muito
ocupada cuidando dos onze filhos.
Adolph começou sua educação formal na Royal School of Singing (Bruxelas); lá ele
também estudou flauta e clarinete. Dizem que se Sax não tivesse entrado nos
negócios da família ele teria feito um boa carreira como clarinetista profissional.
Charles concentrou suas energias na sua fábrica de instrumentos para ir ganhando
a vida, enquanto Adolph ia experimentando novos designs com a finalidade de criar
novos instrumentos. Sax termina, em 1834, o aperfeiçoamento do clarinete-baixo
(clarone); talvez daí viesse a idéia de fabricar um novo instrumento, pois o formato do
clarone e o do saxofone são bem semelhantes, com a diferença de que o corpo do
clarone é mais alongado e feito de madeira e, principalmente, por pertencer à família
do clarinete; mas o primeiro saxofone nasceu quando Sax adaptou uma palheta de um
clarinete ao bocal de um oficlide (um predecessor da tuba, só que em forma de "U",
como o fagote). O resultado foi um saxofone-baixo. A partir deste, Sax criou o restante
da família. O Saxofone é um dos poucos instrumentos que foram "inventados".
Historiadores estão de acordo que Adolph Sax projetou e construiu o saxofone por
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volta de 1840. O esboço básico deste instrumento nunca mudou, embora muitos
aperfeiçoamentos tenham sido feitos. Dessa incrível habilidade criativa nasceram o Sax
Horn (uma espécie de tuba) e os saxofones.
Em 1844, o saxofone é exibido pela primeira vez na "Paris Industrial Exibicion" e,
no dia 3 de fevereiro do mesmo ano, Hector Berlioz esboça o arranjo do coral Chant
Sacre , no qual inclui o saxofone.
"Nenhum instrumento que conheço possui essa estranha sonoridade situada no
limite do silêncio", afirma H. Berlioz.
Ainda em dezembro daquele ano, é apresentada a primeira obra original para
saxofone, inserido na orquestra de George Kastner, "Opera Laster King of Judah" ("O
Último Rei de Judá"), no Conservatório de Paris.
O saxofone foi patenteado em 1846 incluindo 14 variações: Sopranino em Eb (mi
bemol), Sopranino em F (fá), Soprano em Bb (sí bemol), Soprano em C (dó), Alto em
Eb, Contralto em F, Tenor em Bb, Tenor em C, Barítono em Eb, Barítono em F, Baixo
em Bb, Baixo em C, Contra-baixo em Eb e Contra-baixo em F.
Antonie Joseph, conhecido como Adolphe Sax, morreu no dia 4 de Fevereiro de
1894 com 80 anos de idade.
Tipos de Sax
Creio que são raras as pessoas que não o conheçam. A imagem associada
imediatamente ao sax é a do Alto e do Tenor, são os mais usados provavelmente por
essa imagem associada, na verdade o sax alto é o mais "indicado" para iniciantes
devido a sua relativa facilidade no controle da embocadura e da coluna de ar
empregada.
O saxofone por incrível que pareça é considerado um WoodWind (instrumento de
madeira) pelo fato de a palheta (considerada a alma do sax) é de "madeira" (bambo
geralmente).
Existem muitos tipos de saxofone, basicamente 14 variações. Todos eles possuem
mesma digitação, há uma grande diferença física e para tocar é a embocadura(mais na
parte da coluna de ar empregada). Hoje em dia o que aparece de novo são adições de
chaves como a de sol sustenido ou a oitava automática, por exemplo e o todel
encurvado no sax soprano, por exemplo. Todas elas para dar um alcance maior,
flexibilidade e conforto para o músico. Dentre os saxofones mais utilizados estão:
· Soprano em Bb
· Alto (ou contralto) em Eb
· Tenor em Bb
· Barítono em Eb
Os "esquecidos" são:
· Sopranino em F e Eb
· Soprano em C
· Mezzo-Soprano em F
· "Melody" em C
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· Baixo em Bb
· Contra-Baixo em Eb
Soprano:
Modelo 51 da Selmer Paris - Super Action 80 Series II
Alto
Modelo 52 da Selmer Paris - Super Action 80 Series II
Tenor
Modelo 64 - Series III
Barítono
Modelo 55AF da Selmer Paris - Super Action 80 Series II
Agora... no meio desse monte de sax qual eu compro?
Simples! Veja qual deles te agrada mais, muitos professores vem com a história de
que começar com o Alto é melhor porque é mais simples controlar a embocadura e
blábláblá. Acho que você deve escutar os quatro tipos citados acima e selecionar o que
soar mais bonito ao seu ouvido, não se preocupe com a "dificuldade" encontrada em
controlar o instrumento, se preocupe apenas em se realizar. Eu, por exemplo, comecei
com o Soprano, que é o mais "difícil" de se controlar devido ao espaço reduzido da
palheta à boquilha, deve existir então um firmamento preciso na embocadura e na
coluna de ar. Partido daí tiramos então que tendo o controle desse sax, por exemplo,
eu consigo controlar os outros que não exigem tanta precisão? Não exatamente,
porque cada sax tem um "jeitinho" de se tocar, cada um exige a sua precisão no seu
controle. Então não se preocupe em ser mais "fácil" ou "difícil", tenha em mente
realizar o seu desejo só. E lembre-se que geralmente os saxofonistas não tem somente
um tipo de sax não. Cada sax cabe em um certo tipo de musica, agora quem vai sentir
isso é o músico. Por isso é bom ter pelo menos dois saxofones diferentes.
Bom, para esta primeira aula já é um conteúdo ótimo pra quem não tinha muitas
informações sobre o saxofone. Na próxima aula começaremos com algumas técnicas
de embocadura e algumas partes do sax, a cada aula será colocada uma parte do sax
nova e sua descrição.
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Aula 2: Boquilha e Embocadura
Bem, voltamos então agora com a segunda aula, demorou um pouquinho porque estou
meio sem tempo nos últimos dias, até peço desculpas aos e-mails que ainda não pude
responder, recebi uma quantidade muito grande deles e aos poucos vou respondendo ok?
Começarei explicando sobre uma parte do sax que será voltada a aula de hoje: a Boquilha
(Mouthpiece)
Fixada na ponta do saxofone é ela uma das maiores responsáveis pela timbragem, pode
ser mais aberto, brilhoso ou fechado, "smooth". Há muitas variações de boquilhas, elas diferem
nos seguintes aspectos:
• comprimento
• abertura (espaçamento entre a palheta e a boquilha)
• material ("massa" ou metal)
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Vou explicar o que causa cada uma dessas alterações. A abertura mexe com a timbragem
mais brilhosa ou não. Seguindo o desenho a seguir verificamos melhor.
Generalizando (forçando a barra), quanto maior a abertura frontal e menor a horizontal
mais brilhoso é o som. Cada fabricante tem uma especificação pras suas boquilhas, a Beechler
por exemplo tem no seu site uma tabela que fala detalhadamente sobre cada modelo e medidas
gerais.
Sobre o material das boquilhas posso dizer que existem diversos tipos, desde borracha
até metal. Atualmente algumas marcas vêm desenvolvendo umas feitas de compostos de
borracha dura e plástico "new age", ainda não testei nenhuma assim mas deve ser mais
confortável de tocar que as de metal e dizem ter as mesmas características delas só que tem
mais versatilidade nos registros graves. As de metal são a que a maioria dos profissionais usa
devido à relativa dificuldade de seu controle e um som mais limpo e brilhoso.
Não adianta eu falar aqui generalizadamente porque sempre existem exceções, o negocio
é ouvir e ver "hmm...som mais carregado nos médios e fraco nos graves." Ai é só correr atrás
de uma com essa característica, certamente existe alguma pra cada gosto. Existem
muuuuuuuuuitas boquilhas de muuuuuitas marcas, agora como saber qual comprar? Novamente
repito: A que soar melhor e for mais confortável de tocar e controlar. E isso só testando,
geralmente os saxofonistas tem um conjunto de boquilhas e acaba usando somente uma. Agora
vamos à parte técnica da coisa.
A EMBOCADURA
Sem dúvida nenhuma é aí que mora o perigo. Sempre é bom frisar que, sem
acompanhamento de professor, é muito difícil pegar certinho as técnicas, estas "aulas" são para
uma noção apenas. Depois que pega uma vez errado já era, é muito complicado para acertar
mais tarde quando vicia no jeito errado.
Existem diversas técnicas de embocadura para saxofone, vou demonstrar a mais utilizada
provavelmente, mais estável e com uma versatilidade maior.
Tirando um som
Posicione a boquilha da seguinte maneira: introduza-a em torno de um dedo pra dentro
da boca com a palheta virada para baixo e apoie-a nos lábios inferiores que devem estar em
cima dos dentes inferiores obviamente. Com os dentes superiores pressione a boquilha contra os
lábios inferiores fazendo pequena pressão, mas não é para morder, muito menos tirar sangue
hein! Agora feche os lábios e tente "falar" a palavra "TU", isso produzirá a vibração necessária
para a palheta vibrar e sair um som do sax. A primeira vista é complicado, mas na verdade é
bem simples. O segredo é a pressão aplicada na palheta, deve-se cuidar para não apertar
demais para não fechar a abertura frontal ou até mesmo se machucar ou não deixar aberto
demais e a vibração da palheta não ressonar pela boquilha. Abaixo tem um esqueminha meio
bizarro de mais ou menos como fazer a embocadura, confira:
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Daí pra frente é com você. Provavelmente existem algumas dúvidas mas como eu disse
anteriormente, precisa de um acompanhamento pra acertar tudo, e não se assuste, muitas
vezes não é de primeira que sai algum som.
Faremos o seguinte, ficará um exercício para praticar todos dias durante 5 minutos PARA
SEMPRE! hehehe! :)
Exercício da Abelha
Pegue somente a boquilha, não a conecte ao sax nem ao todel. Tome ar e toque até
acabar todo fôlego, repita durante cinco minutos e torça para que nenhum vizinho reclame.