Álcool e memória

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Por que esquecemos o que aconteceu depois de bebermos muito?

Não é nem um pouco incomum vermos pessoas que, após uma noite de bebedeira, diga que não se lembra de absolutamente nada do que fez.

Mas fisiologicamente, como o álcool faz você esquecer o que fez?

A formação da memória no cérebro é um processo muito complexo. Entre as etapas da formação e consolidação de lembranças, participam inúmeras moléculas e receptores que regulam a formação de ligações entre os neurônios. Se necessário, até mesmo novos neurônios são formados.

Entre os reguladores participantes da memória estão um receptor, do tipo NMDA, e seu ligante, um neurotransmissor chamado glutamato. A interação entre eles é de caráter excitatório, ou seja, aumenta a atividade neuronal e reforça as funções ligadas à memória.

"Tá bom, mas e o meu porre com isso?"

O álcool etílico é um forte antagonista da ligação entre o glutamato e o receptor NMDA. Além disso, o álcool também aumenta a função de moléculas inibidoras da função nervosa, como uma conhecida como GABA. Desse jeito, as funções de reforço das conexões neurais são reduzidas drasticamente e, com elas, vai-se também a capacidade de formação de memória de logo prazo do cérebro.

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Depois disso tudo, basta torcer para não ter feito nada que realmente seja digno de esquecimento.

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