Nome do curso: Introdução à Arte Contemporânea
Professor: Lucas Rehnman
Duração do curso: 14 aulas
Duração da aula: 1hora e 30 min
CRONOGRAMA:
1a aula: Marcel Duchamp e Flávio de Carvalho
O que é Arte Moderna? Uma definição sucinta
O que é Arte Contemporânea? O que esta expressão designa?
Dois precursores: Marcel Duchamp e Flávio de Carvalho
Bibliografia:
ARCHER, Michael. Arte contemporânea – uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
TOMPKINS, Calvin. Duchamp: uma biografia. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
PAZ, Octavio. Marcel Duchamp ou o Castelo da Pureza. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1977.
CABANNE, Pierre. Marcel Duchamp: engenheiro do tempo perdido. São Paulo: Ed. Perspectiva.
LEITE, Rui Moreira. Flávio de Carvalho: o artista total. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2008.
2a aula: Robert Rauschenberg e Jasper Johns
A influência de Duchamp nos anos 1960
Robert Rauschenberg e Jasper Johns (considerados precursores da Pop Art)
Breve explicação do que foram os happenings (Allan Kaprow)
Bibliografia:
TOMPKINS, Calvin. As vidas dos artistas (págs. 177 à 204). São Paulo: BEI Comunicação, 2009.
HESS, Barbara. Jasper Johns. Köln: Taschen, 2008.
DRUICK, Douglas; RONDEAU, James. Jasper Johns: Gray. Art Institute of Chicago, 2007.
KAPROW, Allan. Essays on the blurring of art and life. University of California Press, 2003.
3a Aula: O Modernismo eclipsado – Hélio Oiticica
Artistas neoconcretos: Amilcar de Castro, Franz Weissman, Lygia Clark, Lygia Pape
Hélio Oiticica será o assunto principal da aula
Enfatizar o esforço dessa geração em abolir o hiato entre arte e vida
Bibliografia:
BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 1999.
BRAGA, Paula (Org.). Fios soltos: a arte de Hélio Oiticica. São Paulo: Perspectiva, 2008.
FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (Orgs.). Escritos de artistas – Anos 60/70. 2a ed., Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
4a Aula: Andy Warhol, principal expoente da Pop Art
Richard Hamilton, Claes Oldenburg
Sociedade de consumo, cultura de massas, uso irônico da iconografia vinda daí
Indistinção entre alta e baixa cultura (para refutar o normativo em arte)
Preceitos formalistas (Greenberg) questionados
Andy Warhol será o assunto principal da aula
Bibliografia:
DANTO, Arthur C. Andy Warhol. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
DANTO, Arthur C. O filósofo como Andy Warhol. Revista Ars vol. 2 no. 4, São Paulo, 2004. (disponível na internet)
5a Aula: Yves Klein, principal expoente do Nouveau Realisme
Arman, Jean Tinguely, Niki de Saint Phalle, Escola de Nice, Christo & Jeanne Claude
Nouveau Realisme / Novo realismo (grupo contemporâneo à Pop Art)
A importância de Pierre Restany para o grupo
Yves Klein será o assunto principal da aula
Bibliografia:
FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (Orgs.). Escritos de artistas – Anos 60/70. 2a ed., Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
RESTANY, Pierre. Os novos realistas. São Paulo: Ed. Perspectiva.
BOURRIAUD, Nicolas. Formas de vida: a arte moderna e a invenção de si. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
BROUGHER, Kerry; VERGNE, Philippe (Orgs.). Yves Klein: With the Void, Full Powers. Ostfildern: Hatjie Cantz Verlag, 2010.
6a Aula: Minimalismo
O Minimalismo não é um “ismo”
Frank Stella: precursor desta tendência
Sol LeWitt, Carl Andre, Donald Judd, Dan FLavin, Robert Morris
A importância de Brancusi para o Minimalismo
“Nem pintura, nem escultura”
“What you see is what you see”
A Pop Art e o Minimalismo são as principais tendências que sucedem o Expressionismo Abstrato → contrastar estas duas diferentes tendências
Bibliografia:
FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (Orgs.). Escritos de artistas – Anos 60/70. 2a ed., Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
MARZONA, Daniel. Minimal art. Köln: Taschen, 2005.
7a Aula: Joseph Beuys
Esta aula abordará extensamente o artista alemão Joseph Beuys, falecido em 1986, e comumente equiparado à Duchamp no que concerne ao grau de importância para a arte no séc. XX.
Breve comentário sobre o Fluxus, do qual Beuys participou
Breve comentário sobre a Arte Povera, tendência italiana que recebeu influências do alemão Joseph Beuys
Bibliografia:
FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (Orgs.). Escritos de artistas – Anos 60/70. 2a ed., Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
SOUSA, Ernesto de. Oralidade, futuro da arte? E outros textos 1953-87 (págs. 163 à 174). São Paulo: Escrituras Editora, 2011.
BEUYS, Joseph. What is art?. Trowbridge: Claireview Books, 2010.
DOMIZIO, Lucrezia de. The felt hat: Joseph Beuys – a life told. Charta, 1997.
COCCHIARALE, Fernando. Tempo-cor (Enéas Valle entrevista Joseph Beuys). Museu Nacional de belas Artes, 2003.
STTUTGEN, Johannes. Joseph Beuys: Parallel Processes. Alemanha: Schirmer/Mosel, 2010.
8a Aula: Richard Serra – site-specific / Robert Smithson – Land Art
Esta aula será dividida em duas partes. A primeira, dedicada à Richard Serra, artista americano cujas polêmicas culminaram no surgimento da noção de site-specific – importante noção para compreender alguns rumos da arte atual. A segunda parte explorará à obra de Robert Smithson, principal expoente da Land Art (tendência que sucede o minimalismo e que será explicada durante a aula).
Bibliografia:
CRIMP, Douglas. Sobre as ruínas do museu. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
TOMPKINS, Calvin. As vidas dos artistas (págs. 83 à 109). São Paulo: BEI Comunicação, 2009.
FLAM, Jack (Org.). Robert Smithson: The collected Writings. University of California Press, 1996.
PEIXOTO, Nelson Brissac. Paisagens críticas – Robert Smithson: arte, ciência e indústria. São Paulo, Editora Senac São Paulo, 2010.
FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (Orgs.). Escritos de artistas – Anos 60/70. 2a ed., Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
9a Aula: Gerhard Richter – a pintura na era da reprodutibilidade técnica
Gerhard Richter, Sigmar Polke, Konrad Lueg
Gerhard Richter: Analisaremos, de várias perspectivas, as razões pelas quais Richter se utiliza de fotografias para pintar.
Bibliografia:
OBRIST, Hans Ulrich. Entrevistas Vol. I. Rio de Janeiro: Cobogó, 2009.
STORR, Robert; RICHTER, Gerhard. Gerhard Richter: Forty Years Of Painting. Nova York: The Museum of Modern Art - New York, 2002.
RUHRBERG, Karl. Arte do século XX. Köln: Taschen, 2005.
STREMMEL, Kerstin. Realismo. Köln: Taschen, 2005.
10a Aula: Arte conceitual
Esta aula consiste num resumo abrangente do que foi esta tendência, instaurada com força à partir dos anos 1970.
Alguns artistas que serão mencionados: Joseph Kosuth, Bruce Nauman, Cildo Meireles, Paulo Bruscky, Tom Marioni, Marcel Broodthaers, On Kawara, Felix Gonzalez-Torres
Comentar brevemente sobre o uso do filme e do vídeo, a partir dos anos 1960, no campo das artes plásticas
Bibliografia:
FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (Orgs.). Escritos de artistas – Anos 60/70. 2a ed., Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
EVANS, David (Org.). Appropriation. London: The MIT Press, 2009.
OSBORNE, Peter (Org.). Conceptual Art. Nova York: Phaidon, 2002.
MCEVILLEY, Thomas. The Triumph of Anti-Art: conceptual and performance art in the formation of post-modernism. Nova York: McPherson & Company, 2005.
11a Aula: A performance – Marina Abramović
Alguns artistas que serão mencionados: Vito Acconci, Chris Burden, Teching Hsieh
A aula se concentrará na artista Marina Abramović, e na sua importância para a performance (alguns vídeos serão mostrados para instigar a reflexão)
Bibliografia:
MCEVILLEY, Thomas. The Triumph of Anti-Art: conceptual and performance art in the formation of post-modernism. Nova York: McPherson & Company, 2005.
12a Aula: Bas Jan Ader
Bibliografia:
VERWOERT, Jan. Bas Jan Ader: In Search of the Miraculous. Londres: Afterall Books, 2006.
______________. Bas Jan Ader: Please Don't Leave Me. Holanda: Boijmans Van Beuninge, 2006.
13a Aula: O uso da fotografia na Arte Contemporânea
Está aula focará em dois artistas que se utilizam da fotografia para obter seus trabalhos: Jeff Wall e Cindy Sherman.
Bibliografia:
COTTON, Charlotte. The Photograph as Contemporary Art. Londres: Thames & Hudson, 2007.
DUVE, Thierry de. Look: One Hundred Years of Contemporary Art. Antuérpia: Ludion, 2001.
14a Aula: Como olhar um trabalho de arte contemporâneo? Fundamentar o juízo estético.
Neste último encontro, o objetivo é dividir com os alunos algumas “ferramentas” ou modos de pensar que podem contribuir no momento do embate com o trabalho de arte contemporâneo, isto é, no momento em que vamos ler a obra e extrair sentido dela. Uma vez que a arte é uma linguagem, sua fruição não se resume à pura sensação, mas passa por um crivo cultural que é passível de exame. Quanto mais contato tivermos com arte (visitando museus, galerias, exercitando o olhar, lendo sobre o assunto), mais fundamentado o nosso juízo estético será e, talvez, assim, mais enriquecedora seja a nossa experiência com ela.
Considerarei alguns artistas sob o prisma de outros, com o intuito de mostrar o “diálogo” sutil travado entre os artistas. Este “diálogo” é o que constitui a legitimidade da arte e a coloca ao lado de outros campos igualmente legítimos como por exemplo, a música e a matemática.
Alguns dos “diálogos”:
→ Duchamp ilumina Jeff Koons
→ Barnett Newman ilumina Anish Kapoor
→ Joseph Beuys ilumina Ai Wei Wei
→ Yves Klein ilumina Jan Ader
→ Giacometti ilumina Antony Gormley
→ Bosch ilumina Matthew Barney
→ Bispo do Rosário ilumina Duchamp
→ Arte pré-histórica ilumina Joseph Beuys
→ Duchamp ilumina Waltercio Caldas