A rotina de um estudante de alto nível.

Costumo relembrar como era minha rotina quando era mais jovem. 

Por volta dos meus 13 anos lembro de já começar a me preocupar em fechar a apostila do curso preparatório que eu fiz em São Pedro da Aldeia. Era uma apostila que abordava toda  a base da matemática de uma forma bem ampla.

A partir dali o gosto pelo estudo foi crescendo e eu fui amadurecendo. Obviamente eu não tinha um bom direcionamento, já que eu basicamente estudava matemática, física e química e o concurso que eu desejava exigia mais que essas matérias.

Porém, não posso negar que foi um ponto importante para meu amadurecimento, já que ele não acontece em dias, semanas ou meses. Leva um certo tempo.

Na minha primeira tentativa para o concurso do Colégio Naval, aos 14 anos, eu não fui bem. Das 20 questões em matemática, recordo de ter acertado 9. Já a segunda fase, que englobava Língua Portuguesa, Física, Química, História do Brasil, Geografia do Brasil, Biologia e Redação, lembro de ter um acerto de menos da metade das 50 questões. Não lembro ao certo, já que se passaram quase 11 anos desde esse dia.

Continuei estudando. Lembro de ter me esforçado bastante. Tinha um bom material na época graças à ajuda de meu Pai e um grande amigo meu, Capitão de Mar e Guerra. Meu pai comprou excelentes livros de Matemática. A coleção Elementos da Matemática do Marcelo Ruffino (Volume 0, 1 e 2) foi muito útil. Já para a segunda fase, em Língua Portuguesa utilizei o livro Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares, ENEM, colégios técnicos e militares. Para as matéias restantes estudava pela apostila de um curso chamado Elite, do Rio de Janeiro. Apostilas cedidas pelo meu amigo da marinha citado acima.

Passei no concurso, porém não dentro do número de vagas.

Minha base estava sólida. Mas para um concurso daquele nível, somente a base não era o suficiente.

Foi em 2014 que comecei a levar os estudos como profissão. Recordo que eram cerca de 12 horas do meu dia com a cara nos livros. Não fazia nada além de estudar. Aprendi a gostar. A disciplina que adquiri em 2014 foi construída nos dois anos passados, junto com minha base.

Tinha um planejamento semanal do que estudar. 

Minha aprovação chegou nesse ano. Fui o 24° colocado do concurso. Foi muito feliz esse ano.

Mas o objetivo desse artigo não é falar sobre mim ou, de alguma maneira, me vangloriar. Apenas passei minha experiência para que entenda o processo. Saiba que a disciplina para alguém que nunca se interessou em estudar não se constrói em poucos dias ou semanas. Leva tempo.

Da mesma forma que você deseja passar no concurso, outros 20.000 também desejam. Desses 20.000, 10.000 já começaram a se preparar bem antes.

A sua hora vai chegar. Sua disciplina deve ser construída. Você deve se conhecer. Melhorar no que é ruim e se aperfeiçoar no que é bom. Isso leva tempo.

Ter um bom material. Fazer seu resumo e revisá-lo periodicamente. Isso leva tempo!

Resolver simulados e provas anteriores. Conhecer todos os detalhes do edital e fazer um estudo estratégico. Isso leva tempo!

Atualmente existem muitas facilidades quando comparamos com 2013 ou antes. Mas isso não ajudou apenas você e sim a todos, inclusive seus concorrentes. A média de corte dos concursos apenas aumentou e, em alguns casos, as vagas diminuíram. Mas isso não é desculpa. A dificuldade sempre foi regida pela concorrência e sempre será assim. Prepare-se. Capacite-se. Estude! O resultado uma hora chega.

Estamos aqui para orientar, aprender e, acima de tudo, ensinar. Conte conosco.

Espero ter ajudado.