Lavoisier e a decomposição do ar atmosférico

Lavoisier é por muitos considerado o pai da química. Responsável por desenvolver e publicar o livro "Tratado Elementar da Química" junto com colegas e ao lado de sua esposa Marie-Anne Pierrette Paulze, Lavoisier desenvolveu uma nova nomenclatura da química que, diferentemente da anterior, ligava-se ao uso e as características apresentadas pelos compostos. O químico também foi responsável por classificar os elementos como as substâncias mais simples que se poderia obter, apesar de afirmar que ainda não conhecia a todos e, além disso, foi capaz de isolar os elementos que compunham o ar atmosférico após realizar alguns experimentos.

No experimento em que obteve sucesso, Lavoisier aqueceu mercúrio dentro de uma enorme fornalha fechada e observou, após certo tempo, a formação de grânulos avermelhados na retorta A, além da diminuição do volume de ar existente no interior do sistema (verificado a partir do aumento do volume de mercurio no tubo E) e a incapacidade do ar restante em sustentar a combustão ou a vida quando este passou pela retorta e se depositou no outro recipiente(F). Em seguida, o cientista aqueceu novamente os grânulos avermelhados e percebeu que obteve novamente o volume de gás inicial; e ao colocar dentro do recipiente F um pássaro vivo verificou que o gás era respiravel, já que o pássaro sobreviveu por aproximadamente uma hora. 

Por ter obtido produtos mais leves com a experimentação e por ja ter o conhecimento do oxigênio a partir da decomposição da água, o químico pode perceber que havia encontrado os elementos que compunham o ar atmosférico e classificou então esses componentes do ar como "ar vital" (chamado depois de oxigênio por ele mesmo) e como azoto aquela parte do ar que não era necessária para a vida. Este último, tempos depois, foi chamado de nitrogênio e hoje, suas funções em relação a vida e a decomposição são bem conhecidas.