Será que a prática do yoga é para mim?
em 13 de Maio de 2020
Até o momento em que escrevo este artigo, a recomendação geral para a quase totalidade da população brasileira é uma só: fique em casa! Já tem se passado muitas semanas que algumas pessoas têm saído de casa apenas para o essencial e, quando saem, o retorno para casa é um ritual estressante de segurança e prevenção de contaminação. É um lava mão aqui, deixa a roupa ali, não toca em nada para não infectar… Somado a isso, ainda que muitos de nós não esteja no grupo de risco, temos uma preocupação grande com boa parte das pessoas da nossa família que são mais idosas e/ou tem hipertensão, diabetes ou outras doenças crônicas. Como se já não bastasse, ainda há uma total incerteza sobre a manutenção de nossos empregos, salários e necessidades básicas de subsistência nos próximos meses. Nesse cenário caótico, fica uma pergunta: será que é possível manter-se equilibrado emocionalmente durante um período como esse?
Sem dúvidas, é um desafio e tanto. O que já sabemos é que o estresse, a ansiedade e o desequilíbrio emocional só pioram tudo. Mas algumas lições podem ser aprendidas com países que já passaram por situação semelhante. Pesquisadores em saúde mental da Espanha elencaram, num documento chamado de “Psicologia de emergencias y EMDR durante el Coronavirus”, algumas dicas básicas que podem nos ajudar a atravessar um período difícil de pandemia. Nesse texto eu trarei algumas dessas possibilidades que possam se encaixar na sua rotina.
Uma das primordiais diz respeito a ler ou assistir notícias sobre a pandemia. Ainda que seja imprescindível se manter informado nesse momento, é fundamental a escolha de veículos oficiais de comunicação como o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde. Também é importante selecionar horas específicas do dia para se atualizar, evitando utilizar o período da noite, pois uma das consequências desse momento tem sido a piora na qualidade do sono das pessoas. Separar no máximo 2 momentos do dia para ver as novidades é mais que suficiente.
Mais uma dica simples é manter a comunicação com pessoas que você gosta. Utilizar redes sociais, fazer videochamadas com amigos e familiares ajuda bastante a reduzir a sensação de solidão. É normal querer conversar com quem a gente confia e ama nesse momento e não há problema nenhum em pedir um tempinho dessa pessoa para isso. Comer e beber água regularmente também são medidas simples, mas muito importantes segundo os especialistas.
Outra sacada importante é fazer exercícios físicos e atividades que ajudam a relaxar. A sensação de aprisionamento que muitos estão sentindo é extremamente estressante. Isso aumenta no corpo a circulação de um hormônio chamado cortisol que provoca redução da nossa imunidade. Tudo o que não queremos nesse momento. Por isso, é necessário separar aquele tempinho para o yoga, a meditação, cuidar das plantas, dançar ou até mesmo fazer aquele exercício mais puxado que você gosta. Não existe certo ou errado. Existe aquele que mais se encaixa com você. O importante é ocupar-se com atividades que possam ser terapêuticas nesse momento. E caso você não saiba qual você mais gosta, que tal utilizar desse tempo para descobrir?