Incrível como três palavrinhas podem gerar uma grande dúvida tanto para os nativos do português quanto os estrangeiros que estão aprendendo a nova língua. A escrita e a pronúncia semelhante são a causa dessa confusão entre elas, principalmente na linguagem informal oral, em que ocorre o desvio da regra estipulada pela norma padrão. Então, para acabar com a interrogação na sua cabeça, segue a explicação:
Morfologicamente é classificado como conjunção adversativa exprimindo uma ideia de oposição, contrária. Dessa forma, possui o mesmo valor que as palavras: ‘porém’, ‘todavia’, ‘entretanto’, etc., se houver dúvidas se o uso de mas estiver correto, você pode substituir por uma dessas palavras e verificar se o sentido muda.
Exemplos:
Ela era inteligente, mas grosseira.
Eu me sentia mal, mas trabalhei. / Eu me sentia mal, porém trabalhei.
Gostávamos da professora, mas ela foi demitida. / Gostávamos da professora, entretanto ela foi demitida.
Tem a sua classificação morfológica como advérbio de intensidade e possui a ideia de quantidade, sendo usado justamente para intensificar algo. Se caso houver dúvida se está usando corretamente, você pode substituir o mais por seu antônimo ‘menos’.
Exemplos:
Ela foi quem mais estudou para a prova. / Ela foi quem menos estudou para a prova.
As crianças são mais sensíveis que os adultos. / As crianças são menos sensíveis que os adultos.
Você sempre quer mais do que pode ter. / Você sempre quer menos do que pode ter.
Na morfologia, é considerado adjetivo com função de qualificar um nome negativamente. Essa forma é feminino plural do adjetivo ‘mau’ (o seu singular seria má), assim, o seu antônimo seria ‘boas’ e uma forma de saber se está usando corretamente é substituí-lo.
Exemplos:
Você só tem más ideias. / Você só tem boas ideias.
As madrastas são más. / As madrastas são boas.
Ele é uma pessoa má. / Ele é uma pessoa boa.
Vocês têm mais alguma dúvida?
Espero que não! Até a próxima.
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