Por: Nadine G. 06 de Outubro de 2023
Você já se perguntou dos porquês?
Não é filosofia, é português mesmo.
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Acredito que todos já se questionaram e duvidaram de si: “para quê tantos?”, “como vou usar isso?”, “para quê tantas regras?”, “como vou diferenciar?”. Temos 4 (quatro) porquês e cada um possui sua função específica na língua portuguesa, entender os seus usos fará com que você evite mal-entendidos e seja mais claro na sua comunicação escrita.
- Por que (separado sem acento)
É sempre usado em perguntas diretas ou indiretas, e quando está no meio da frase terá função de pronome relativo, podendo ser substituído por ‘por qual’ ou ‘pelo qual’.
Exemplo:
Por que você não comprou meu lanche?
Queria saber por que ela me deixou.
O local por que passei é muito bonito. (… por qual passei…)
Não sei o motivo por que você chora tanto. (… pelo qual você chora tanto)
- Porque (junto sem acento)
É usado para respostas e pode ser substituído por ‘pois’ ou expressões como ‘para que’ e ‘uma vez que’. Ele exerce função de conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa.
Exemplo:
Almocei porque estava com fome.
Ana comprou um casaco porque sentia frio.
Paulo foi embora porque estava muito triste.
- Por quê (separado com acento)
É usado sempre no final das frases com ponto de exclamação, de interrogação ou ponto final.
Exemplo:
José não sabia da aula por quê?
Você saiu tarde por quê?
Me diga por quê!
- Porquê (junto com acento)
É o único que possui valor de substantivo na frase, por isso, pode aparecer com artigos, numerais, pronomes ou adjetivos tendo o objetivo de explicar o ‘motivo’, ou a ‘razão’, sempre concordando em número.
Exemplo:
Não entendi o porquê de tanto barulho.
Me diga dois porquês para isso estar acontecendo.
Qual o porquê de tanto choro?
Agora observe a tirinha e tente pensar no porquê dos dois primeiros quadrinhos estarem errados e o último correto:
Até logo!