Prof. JOÃO: de PESQUISADOR a EMPREENDEDOR - Parte 1
Por: Profes P.
27 de Julho de 2016

Prof. JOÃO: de PESQUISADOR a EMPREENDEDOR - Parte 1

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Esta é a história do Prof. João, um pesquisador fictício na área de Química que, depois de vários anos trabalhando em uma Universidade, acumulando grande experiência e desenvolvendo vários materiais com potencial de aplicação industrial, iria realizar um sonho latente de abrir uma empresa de base tecnológica, conhecida como “Spin-Off” Acadêmico (SOA).

 

"Prof. João era um verdadeiro especialista na área de carvões ativados. Depois de seu curso de química realizou o mestrado, doutorado e pós-doutorado, trabalhando com carvões. João tinha muitas publicações científicas nacionais e internacionais, o que o tornava conhecido e respeitado pela comunidade acadêmica na área de carvão. Com seu conhecimento João era capaz de preparar carvões, caracterizá-los e utilizar reações químicas para modificá-los, de forma a produzir materiais muito especiais com propriedades únicas. O que mais encantava João nos carvões eram sua complexidade e, especialmente, sua enorme variedade de aplicações em diferentes processos industriais. Das poucas vezes que foi convidado para prestar consultoria para indústria João se realizou, não pelo dinheiro, mas pelo prazer de ver seu conhecimento utilizado de forma tão direta. Dividindo seu tempo entre aulas, trabalhos burocráticos, comissões, orientações, submissão de projetos e redação de artigos científicos, João realizava seu trabalho com muita dedica- ção. Não tardou até que, em um congresso, João encontrou um profissional do setor privado que lhe falou de algumas necessidades para tratamento de efluentes industriais e da falta de expertise nesta área. Nesta ocasião João se dera conta de quão preciosa era sua experiência e do potencial de aplicação de vários dos carvões que ele estava desenvolvendo para remo- ção de contaminantes de efluentes industriais. No meio da multidão de participantes do congresso e do ruído ininterrupto de “conversas químicas”, João sentou-se em uma poltrona em um canto do salão do hotel e sonhou acordado: seus carvões sendo utilizados por indústrias e sua pesquisa se transformando em tecnologia. João sonhou mais alto: quem sabe uma empresa que, em colaboração com a Universidade, pudesse desenvolver novos materiais, pudesse gerar empregos, contratar quí- micos doutores, mestres e técnicos. João percebeu que este era um sonho latente que estivera com ele durante muito tempo. E por que não? Perguntou-se João.

Nos meses seguintes, o sonho de João foi ganhando força e mais forma. João sentia-se muito empolgado, com muita energia e revigorado pelas novas idéias e perspectivas. Afinal, sonhar faz bem. João tinha forte capacidade analítica, misturada com criatividade e um sonhar que o tornavam um visionário, uma pessoa à frente de seu tempo. João foi capaz de transformar seu sonho em visão. Projetou no futuro seus carvões nas indústrias e até uma empresa para desenvolvê-los. João sabia que isso seria completamente novo para ele e um grande desafio. Precisaria entender o setor industrial/comercial em que iria entrar e teria que investir bastante de seu tempo buscando as pessoas de diferentes áreas para estabelecer uma rede de contatos (“network”) para apoiá-lo em seu sonho. Mas João se conhecia bem e sabia que tinha energia e liderança para isso. João decidiu então compartilhar o sonho e a visão com seus colegas e com seus estudantes. João percebeu que seus estudantes de IC foram os mais abertos às novas idéias e os que mais se empolgaram com sua visão de empresa tecnológica. Seus estudantes de pós-graduação pareciam demasiados focados em suas disserta- ções e teses para enxergarem fora da Universidade. Parecia que quanto mais se especializavam, mais restrito ficava o universo em que poderiam atuar. Nem sequer imaginavam que a criação de empresa poderia ser uma alternativa profissional. Afinal, eles foram educados para serem empregados. Por outro lado, Pedro, um engenheiro químico que fazia seu doutorado desenvolvendo parte do trabalho com os carvões, entusiasmou-se imediatamente com a idéia e seria o companheiro de João nesta empreitada. No entanto, a maior surpresa de João foi com a reação de muitos de seus colegas que não acreditavam em seu sonho, que se opunham ao envolvimento de pesquisadores com qualquer atividade fora da Universidade e achavam pouco ético utilizar a Universidade para criação de empresas. Afinal o que a Universidade iria ganhar com isso??? (Rochel M. Lago)"

 

DESCUBRA JUNTO COM Prof. João COMO FUNCIONA NA PRÁTICA A CRIAÇÃO DE UM “SPIN-OFF” ACADÊMICO

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