A definição do que é a dança contemporânea é um conceito ainda em construção, afinal, ela nada mais é do que uma dança feita na contemporaneidade.
Sendo assim, entender suas possibilidades é entender também o tempo contemporâneo e nele o homem é inquieto, em busca de descobertas sempre se baseando em questionamentos, quer mostrar a escuridão.
É a partir desse pensamento que surge o que atualmente entendemos como dança contemporânea, por volta da década de 60, a partir das inquietações de bailarinos e coreógrafos, que numa crescente quebra de regras impulsionada pelo movimento da dança moderna, visavam mais liberdade e uma nova forma de fazer e pensar a dança.
Podemos entende-la então, não como uma técnica, mas como um conceito estético, que visa, entre diversas coisas, a poética da cena, a complexidade dos corpos dançantes, o gestual e cotidiano, o improviso.
Mesmo não se restringindo a uma técnica, a dança contemporânea não a nega, criando a possibilidade da junção e experimentação de diversos estilos e a desconstrução dos mesmos.
Outra possibilidade de definir essa dança é pelo viés das vertentes que surgiram a partir dela, técnicas, métodos e sistemas, desenvolvidos e criados na contemporaneidade que servem como instrumento para o desenvolvimento de repertório de movimento pessoal e aprimoramento desses movimentos, como o contato improvisação, técnica klauss vianna, técnicas de chão, dança teatro, abordagens somáticas para dança, entre outras diversas possibilidades que continuam a surgir.