Para quem estuda inglês porque realmente gosta, a fluência é algo que se adquire depois de bastante prática, principalmente de listening/reading. Uma prática de speaking também é importante, mas seguindo os dois primeiros, "falar" realmente se torna consequência.
Diferentemente do que a maioria pensa, a fluência não tem relação alguma com o fato de você decorar regras gramaticais — isso é chato — ou decorar o nome dos termos gramaticais — chato².
Pare e pense: falamos português ao longo do nosso dia sem muitas dificuldades, certo? Nós nos comunicamos com nossos amigos, familiares e pessoas que encontramos no dia a dia. Então somos fluentes em português. Alguém que estiver lendo isso pode querer argumentar que não fala português assim tão bem, que sua gramática é uma porcaria, etc. Por favor, não confunda tudo. Ser fluente nada tem a ver com o fato de ser expert na gramática. Ser fluente é ser capaz de se comunicar de forma clara, sem hesitações. É compreender o que outras pessoas dizem e também ser compreendido sem dificuldades.
Dessa forma, você só adquire fluência em outro idioma se estiver realmente interessado em obtê-la. Para isso você deve se envolver o máximo possível com a língua alvo. Vai ter de escutar muito inglês em filmes, séries, documentários, TED Talks — de preferência todos com legendas em inglês.
Também vai ter de ler em inglês o máximo que puder. O importante é que seja sobre coisas que você curta. Vale qualquer coisa. Desde artigos científicos à última edição da HQ The Walking Dead — recomendo. Vai até mesmo falar sozinho, falar com seus animais e até com a bebida — principalmente com ela.
Vai escutar os CDs do seu curso de idiomas. Os CDs são chatos? Beleza, então baixe podcasts na internet e os escute no celular. Não há desculpas, você pode fazer isso até mesmo quando está curtindo uma preguiça no sofá.
Se você estiver com miríades de livros sobre gramática, pilhado com a regra das preposições — o que na verdade nem existe —, com a diferença entre “for” e “to”, com a diferença entre “do” e “make”, com a composição e o uso do Present Perfect Simple — what the hell?! — etc, saiba que está seguindo pelo caminho mais hard. Você até vai ser fluente, mas só depois de vários penosos anos. Isso se não desistir no meio da jornada.
Enfim, chegar à fluência depende exclusivamente do aluno. Necessita de uma boa dose de motivação + dedicação + envolvimento + curiosidade.
E é primordial estabelecer objetivos e tê-los claros para si — por que você realmente quer ser fluente em outro idioma mesmo?
Questione-se antes se realmente está a fim de assumir esse compromisso consigo mesmo. Sempre se lembre que você é o diferencial, o elemento X. O curso de idiomas — seja lá qual for — é apenas uma ferramenta.