Nietzsche leitor de Montaigne

Michel de Montaigne, um dos principais filósofos franceses do século XVI, exerceu uma forte influência sobre Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do século XIX. A leitura de Montaigne foi uma das principais fontes de inspiração para a filosofia nietzschiana, e podemos identificar vários pontos de contato entre as duas correntes de pensamento.

Uma das principais influências de Montaigne em Nietzsche foi a ideia de que a verdade é sempre relativa e depende da perspectiva do indivíduo. Montaigne desenvolveu essa ideia em seus "Ensaios", afirmando que a verdade é subjetiva e que cada pessoa deve buscar sua própria verdade. Nietzsche retoma essa ideia em suas obras, especialmente em "Além do Bem e do Mal" e "Genealogia da Moral", em que defende que a verdade é uma criação humana e que não existe uma verdade absoluta.

Outra influência importante de Montaigne em Nietzsche foi a ideia de que a vida deve ser vivida plenamente e sem remorsos. Montaigne defendia que a vida é curta e deve ser aproveitada ao máximo, e que não devemos nos preocupar com o que os outros pensam de nós. Nietzsche compartilha essa visão, afirmando que devemos buscar nossa própria felicidade e não nos preocupar com a opinião dos outros.

Além disso, Montaigne e Nietzsche compartilham uma crítica à moralidade cristã e à concepção de pecado. Montaigne defendia que o pecado é uma invenção da Igreja e que devemos buscar nossa própria felicidade, enquanto Nietzsche criticava a moralidade cristã por reprimir os instintos e negar a vida.

Em resumo, a influência de Montaigne em Nietzsche foi fundamental para o desenvolvimento de sua filosofia, especialmente em relação à ideia de verdade subjetiva, à valorização da vida plena e à crítica à moralidade cristã.

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