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Filosofia1.12

1.2 “Descartes propõe-se a duvidar de tudo o que se sabia até então e a procurar alguma verdade que não pudesse ser posta em dúvida. Tal verdade deveria ser a nova base para todo conhecimento. Podemos duvidar da existência de Deus. Podemos duvidar de tudo o que conhecemos pelos sentidos. Podemos até duvidar da existência do mundo físico fora de nós. Mas não podemos duvidar de que duvidamos, ou seja, da existência da dúvida e da existência de quem duvida. Portanto, se eu duvido, eu sou. Se eu penso, então eu existo” (ASMANN, Selvino José. Filosofia. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2014, p. 40).

Já para Hume não há conhecimento do que não é sensível, ou seja, só se consegue conhecer aquilo que pode ser percebido pelos sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato). É a partir das impressões daquilo que pode ser percebido na experiência que surgem as ideias ou pensamentos e a linguagem. Assim, todas as ideias e pensamentos, para Hume, são dependentes, em seu princípio, da experiência. Na medida que nos afastamos da impressão primeira dada na experiência, dada nos sentidos, ou seja, na medida que avançamos em direção às ideias, ao pensamento, à linguagem, caminha-se para ilusões.

O posicionamento de Descartes e de Hume são condizentes, respectivamente:

a) ao empirismo e ao racionalismo.

b) ao racionalismo e ao empirismo.

Professora Mariany G.
Respondeu há 4 anos
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Professor Matheus B.
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Respondeu há 4 anos
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A resposta certa é a letra B.

O pensamento cartesiano é um dos pilares da filosofia moderna. Desde o início de suas Meditações, Descartes estabelece o método da dúvida radical para colocar todos os nossos pressupostos mais comuns em xeque e chegar, em últimas instância, em certezas indubitáveis. Diante do ceticismo radical, o filósofo coloca em questão as crenças comuns acerca dos sentidos, do mundo externo, de Deus e até de si mesmo enquanto ser existente. Todavia, o ceticismo radical o leva a primeira certeza indubitável: não posso duvidar de que penso, se penso, então eu sou. Nessa medida, todo o edifício do conhecimento certo e seguro advém da 'razão' isolada dos sentidos, do mundo externo e de Deus. Por isso, Descartes se insere na ordem dos 'racionalistas' em oposição a corrente do 'emprirismo'.

Em comparação a Descartes, Hume adota uma posição diametralmente oposta em relação às impressões sensíveis. De acordo com Hume, o conhecimento só pode ser construído ou elaborado a partir das impressões, provenientes da experiência de nossos cinco sentidos. Em última instância, as ideias formuladas em nosso pensamento ou linguagem são meras 'cópias' ou 'imagens' fracas formadas a partir da 'vivacidade' e força das impressões e fortes da experiência. Na realidade, todo o conhecimento das ideias e da linguagem é um produto proveniente do 'hábito' de acompanharmos a  sucessão constante e contingente das impressões sensíveis. Não há conhecimento certo ou seguro, apenas o conhecimento que pode ser comprovado pela força do 'hábito'  empírico e cotidiano. Desse modo, Hume rejeita o fundamento cartesiano do conecimento na 'razão' em favor do conhecimento proveniente da experiência sensível.

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