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Dionatan há 1 ano
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Podemos refutar descartes? se sim, como?

Não coube ali no título, tenho a última questão para fechar minhas perguntas: Existe uma elaboração filosófica mais forte contra o ceticismo que a de Descartes? 

11 respostas
Professor Felipe A.
Respondeu há 1 ano
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Essa é uma questão em aberto no campo de estudos da filosofia, a eficácia de cada resposta depende das pressuposições e perspectivas filosóficas individuais. Alguns pensadores escreveram criticas ao ceticismo de formas muito interessantes, mas para exemplificar o "mais simples" desses pensamentos vou citar Moore,  ele argumentou que podemos ter conhecimento direto de objetos físicos, como nossas mãos, por meio de um simples gesto de "aqui está uma mão, aqui está outra", o que, segundo ele, refuta qualquer forma de ceticismo que negue a existência do mundo externo. Lembrando que são abordagens e abordagens sobre o assunto, Kant da outra visão no seu livro "Critica da razão pura" e assim acontece com muitos outros.

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Professor Gabriel C.
Respondeu há 1 ano
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Professor Gabriel C.
Respondeu há 1 ano
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Professora Maria C.
Respondeu há 1 ano
Contatar Maria Vitória

Nietszche! Seria essa a forma mais "fácil",  porémm precisa de muita paciencia  para entender suas obras 

 

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Professora Maria C.
Respondeu há 1 ano
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Nietszche! Seria essa a forma mais "fácil",  porémm precisa de muita paciencia  para entender suas obras 

 

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Professora Tamires P.
Respondeu há 1 ano
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Pelo que sei Descartes foi contra o ceticismo principalmente o pirronico. 

Acredito que Descartes não foi o único a ir contra, mas foi único a supor uma teoria.

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Professor Mario C.
Respondeu há 1 ano
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Sim, as ideias de Descartes, especialmente em relação ao ceticismo, têm sido objeto de críticas e refutações ao longo da história da filosofia. Uma das críticas mais conhecidas vem de filósofos empiristas, como David Hume, e também de pensadores contemporâneos.

**1. Crítica à Dúvida Hiperbólica:**
Descartes introduziu a dúvida hiperbólica como método para chegar a uma certeza indubitável. No entanto, alguns filósofos argumentaram que essa dúvida extrema é desnecessária e leva a um ceticismo que é impraticável na vida cotidiana. Hume, por exemplo, questionou a validade da ideia de uma mente separada do corpo, destacando a interdependência entre as percepções e a experiência sensorial.

**2. Crítica Empirista:**
Filósofos empiristas, como Hume e John Locke, questionaram a ideia de ideias inatas e argumentaram que todo o conhecimento vem da experiência sensorial. Essa visão contrasta com a ideia de Descartes de que a mente possui ideias inatas que são claras e distintas por si mesmas.

**3. Filosofias Contemporâneas:**
Na filosofia contemporânea, várias abordagens têm questionado a fundamentação cartesiana. Por exemplo, a filosofia da linguagem e a filosofia analítica têm explorado questões sobre a relação entre a linguagem e a mente de maneiras que desafiam algumas das suposições cartesianas.

**4. Existencialismo:**
Filósofos existencialistas, como Jean-Paul Sartre, também ofereceram perspectivas alternativas à abordagem de Descartes. Eles enfatizam a existência precedendo a essência e argumentam que a consciência está sempre enraizada na experiência do mundo, em contraste com a visão cartesiana da mente como algo isolado.

É importante notar que a refutação de Descartes muitas vezes ocorre em várias frentes, abordando diferentes aspectos de sua filosofia. O ceticismo radical de Descartes, especialmente sua dúvida sobre tudo, foi frequentemente questionado como sendo excessivamente cético e impraticável.

No entanto, é difícil apontar uma elaboração filosófica única que seja universalmente aceita como mais forte contra o ceticismo de Descartes, pois as abordagens variam de acordo com as tradições filosóficas e os enfoques teóricos. Cada crítica aborda diferentes aspectos das ideias cartesianas, contribuindo para uma compreensão mais ampla e complexa das questões epistemológicas levantadas por Descartes.

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Professor Marcos G.
Respondeu há 1 ano
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Existem muitas formas de "refutar" Descartes, porém são todas muito complexas para explicar assim, ideia seria buscar uma aula para que algum professor te explique com mais profundidade

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Professor João S.
Respondeu há 11 meses
Contatar João Willian

Descartes recai, em certo ponto de suas meditações, em uma posição de dúvida total, suspendendo as crenças na existência do mundo externo, das leis da lógica ou de quaisquer conhecimentos prévios. Um ceticismo absoluto, interrompido apenas pela constatação da própria existência, enquanto um ser que duvida e, portanto, pensa.

Há quem argumente que o próprio "Penso, logo existo", a primeira verdade à qual se pode chegar a partir deste ceticismo absoluto, é ela própria baseada em regras da lógica, como um raciocínio dedutivo (o que estaria suspenso pelo argumento do Deus enganador ou Gênio maligno).

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Professor Guilherme M.
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Respondeu há 7 meses
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Sim, é possível refutar Descartes e seu ceticismo metodológico, que busca duvidar de tudo para encontrar um fundamento seguro para o conhecimento. Existem várias abordagens filosóficas que contestam ou oferecem alternativas ao ceticismo cartesiano. Aqui estão algumas maneiras de refutar Descartes ou abordar o ceticismo de maneira diferente:

  1. Empirismo e Sensismo: Filósofos como David Hume argumentaram que o conhecimento não deriva apenas da razão pura, como Descartes defendeu, mas também da experiência sensorial. Para Hume, nossas crenças são formadas por impressões sensoriais e ideias derivadas delas, o que desafia a ideia de um conhecimento a priori absoluto.

  2. Pragmatismo: Filósofos pragmatistas como William James e Charles Peirce argumentaram que a verdade e o conhecimento devem ser avaliados pelos seus efeitos práticos e consequências. Ao invés de buscar uma certeza absoluta, o pragmatismo foca na utilidade e na eficácia das nossas crenças.

  3. Filosofia Analítica: No século XX, a filosofia analítica desenvolveu abordagens para lidar com questões epistemológicas e céticas de maneira diferente, muitas vezes utilizando a lógica, a linguagem e a análise conceitual para esclarecer problemas e refutar argumentos céticos.

  4. Filosofia da Ciência: A epistemologia contemporânea, influenciada pela filosofia da ciência, enfatiza a natureza cumulativa e provisória do conhecimento científico. Teorias científicas são testadas empiricamente e revisadas com base em novas evidências, oferecendo uma abordagem diferente da certeza absoluta buscada por Descartes.

Elaboração filosófica mais forte contra o ceticismo que a de Descartes?

A força de uma elaboração filosófica contra o ceticismo depende dos critérios que são considerados importantes para refutar ou superar o ceticismo. Enquanto Descartes oferece um método radical de dúvida para encontrar um fundamento indubitável (o cogito), outras abordagens procuram resolver ou mitigar o ceticismo de maneiras distintas, como mencionado acima.

Não há consenso absoluto sobre qual abordagem é a "mais forte", pois isso depende das perspectivas epistemológicas e dos critérios de avaliação. Por exemplo, para alguns, a abordagem empirista pode ser mais convincente por se basear na experiência sensorial, enquanto outros podem preferir a ênfase pragmática na utilidade das crenças.

Em resumo, a filosofia continua a desenvolver várias respostas ao ceticismo, cada uma com suas próprias forças e limitações, oferecendo assim um campo rico para o debate e a reflexão filosófica.

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Professor Claudionor R.
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Respondeu há 7 meses
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Sim, as ideias de René Descartes podem ser refutadas ou contestadas, e ao longo da história da filosofia, vários filósofos ofereceram críticas significativas às suas teorias. Descartes é famoso pelo seu método de dúvida radical, culminando na afirmação "Cogito, ergo sum" ("Penso, logo existo"). Seu objetivo era encontrar uma base indubitável para o conhecimento. Vamos explorar algumas críticas e alternativas ao ceticismo cartesiano.

Críticas a Descartes

  1. Crítica de Empiristas como Hume:
    • David Hume: Argumentou que o conhecimento deriva da experiência sensorial, e não da razão pura. Ele questionou a ideia de "substância" e a noção cartesiana de um "eu" contínuo e indivisível, sugerindo que nossa mente é apenas um feixe de percepções.
  2. Crítica de Kant:
    • Immanuel Kant: Propôs que nossa percepção do mundo é mediada por estruturas mentais inatas, desafiando a ideia cartesiana de que podemos ter conhecimento direto de um "eu" ou de Deus. Kant argumentou que a razão tem seus limites e que nunca podemos conhecer a "coisa em si" (noumeno), apenas os fenômenos.
  3. Crítica de Wittgenstein:
    • Ludwig Wittgenstein: Em seu segundo período de trabalho, particularmente em "Investigações Filosóficas", criticou a ideia de que existe uma linguagem privada que descreve o "eu" cartesiano. Ele argumentou que o significado das palavras é determinado pelo seu uso público, e não por uma introspecção privada.

Alternativas ao Ceticismo Cartesiano

  1. Fenomenologia:
    • Edmund Husserl: Fundador da fenomenologia, propôs que devemos voltar "às coisas mesmas" e investigar a estrutura da experiência consciente. Em vez de duvidar radicalmente de tudo, a fenomenologia busca descrever as experiências tal como são vividas.
  2. Pragmatismo:
    • William James e John Dewey: O pragmatismo sugere que o valor de uma ideia é determinado por suas consequências práticas. Eles argumentam que o conhecimento e a verdade são conceitos dinâmicos, dependentes da experiência e da ação, não de uma base indubitável.
  3. Hermenêutica:
    • Hans-Georg Gadamer: Enfatiza a interpretação e o contexto histórico-cultural do conhecimento. Ele argumenta que todo entendimento é situado e que devemos reconhecer o papel do preconceito (no sentido positivo de pré-julgamento) na formação do conhecimento.
  4. Epistemologia Contextualista:
    • Contextualistas, como David Lewis, argumentam que a justificação do conhecimento depende do contexto em que as questões epistêmicas são levantadas. A dúvida radical de Descartes é considerada excessiva porque ignora o contexto pragmático em que o conhecimento é usado.

Refutação do Ceticismo Cartesiano

Descartes usou a dúvida hiperbólica para questionar a confiabilidade dos sentidos e a existência do mundo externo. Contudo, essa abordagem foi criticada por ser impraticável e por não considerar o papel da intersubjetividade e da prática na formação do conhecimento.

  1. Evidência Sensível e Comunidade Epistêmica:
    • Thomas Reid: Um crítico do ceticismo, argumentou que a confiança nos sentidos é um instinto natural e fundamentado. A percepção sensorial é, em si, uma forma de conhecimento básica que não deve ser descartada sem uma razão convincente.
  2. Confiança no Testemunho e na Interação:
    • A ideia de que o conhecimento é construído coletivamente, através do testemunho e da interação social, fornece uma base para refutar o ceticismo radical. O conhecimento é validado dentro de uma comunidade epistêmica.

Conclusão

As ideias de Descartes foram revolucionárias e forneceram uma base importante para o desenvolvimento da filosofia moderna. No entanto, suas teorias foram criticadas e contestadas por muitos filósofos subsequentes. Alternativas como o empirismo, a fenomenologia, o pragmatismo, a hermenêutica e o contextualismo oferecem abordagens mais integradas e práticas para entender a natureza do conhecimento e da realidade. Essas críticas e alternativas mostram que, embora a dúvida cartesiana seja um exercício filosófico poderoso, ela não é a única, nem necessariamente a mais forte, abordagem para lidar com o ceticismo.

Menção especial: Spinoza.
O trabalho de Baruch Spinoza pode ser visto como uma refutação e uma reformulação das ideias de Descartes. Spinoza foi um pensador racionalista, assim como Descartes, mas desenvolveu uma visão bastante diferente da natureza da realidade e do conhecimento. Vamos explorar como as ideias de Spinoza se relacionam com e desafiam as de Descartes.

Críticas de Spinoza a Descartes

  1. Natureza da Substância:
    • Descartes: Postulou a existência de duas substâncias principais – res cogitans (substância pensante, ou mente) e res extensa (substância extensa, ou corpo). Para Descartes, mente e corpo são distintos e interagem entre si.
    • Spinoza: Em sua obra "Ética", Spinoza argumenta contra a dualidade cartesiana, propondo que só existe uma substância única, a qual ele chama de Deus ou Natureza (Deus sive Natura). Para Spinoza, mente e corpo são dois modos da mesma substância.
  2. Interação entre Mente e Corpo:
    • Descartes: Propôs que a mente e o corpo interagem, mas enfrentou críticas por não explicar claramente como duas substâncias distintas podem afetar uma à outra (problema da interação mente-corpo).
    • Spinoza: Resolve esse problema afirmando que mente e corpo são dois aspectos de uma única realidade. A mente é a ideia do corpo e ambos são expressões da mesma substância.
  3. Determinismo:
    • Descartes: Defendia o livre-arbítrio humano.
    • Spinoza: Adotou uma visão estritamente determinista do universo. Ele argumenta que tudo na natureza é determinado pela necessidade, incluindo as ações humanas. O livre-arbítrio, segundo Spinoza, é uma ilusão; nossas ações são determinadas por causas anteriores.
  4. Natureza do Conhecimento:
    • Descartes: Acreditava em um conhecimento claro e distinto, acessível através da razão.
    • Spinoza: Concorda que a razão é essencial, mas distingue diferentes tipos de conhecimento:
      • Conhecimento por Experiência Vaga: Baseado em experiências sensoriais e opiniões.
      • Conhecimento Racional: Baseado na compreensão das essências das coisas.
      • Conhecimento Intuitivo: Conhecimento direto e imediato das essências das coisas, que nos dá a verdadeira compreensão da natureza de Deus ou da Substância.

Contribuições de Spinoza como Alternativa a Descartes

  1. Monismo:
    • Spinoza propõe que só existe uma substância infinita e eterna, que é Deus ou a Natureza. Tudo o que existe é um modo dessa substância única, resolvendo o problema da dualidade cartesiana.
  2. Perspectiva Ética:
    • Em "Ética", Spinoza apresenta uma visão de como viver uma vida de acordo com a razão. Ele defende que a verdadeira liberdade e felicidade vêm da compreensão da necessidade e da aceitação da ordem natural das coisas.
  3. Racionalismo Integrado:
    • Spinoza integra a razão com uma visão mais holística da realidade. Sua filosofia oferece uma visão mais unificada do universo, onde mente e corpo, pensamento e extensão, são manifestações de uma única substância.

Conclusão

O trabalho de Spinoza pode ser visto como uma crítica e uma reformulação profunda das ideias de Descartes. Enquanto Descartes estabelece uma dualidade entre mente e corpo e luta com a questão de sua interação, Spinoza resolve esse problema propondo um monismo radical, onde tudo é parte de uma única substância. A filosofia de Spinoza também oferece uma abordagem determinista do universo, contrastando com a visão cartesiana de livre-arbítrio. Através de sua obra, especialmente "Ética", Spinoza fornece uma estrutura filosófica que refuta e avança além das ideias de Descartes, oferecendo uma visão mais integrada e abrangente da realidade e do conhecimento.

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