Uma esfera de massa igual a m1=6 kg está sobre uma superfície horizontal sem atrito, e prende-se à extremidade de uma mola de massa desprezível e constante elástica igual a 472 N/m. A outra extremidade da mola está presa a um suporte fixo, conforme mostra a figura abaixo. Inicialmente a esfera encontra-se em repouso e a mola no seu comprimento natural. A esfera é então atingida por um pêndulo de massa m2=13 kg, que cai de uma altura h=5 m. Suponha que a colisão entre as esferas seja elástica.
a) Qual a altura máxima alcançada pela esfera de massa m2 após a colisão? Escreva o valor no espaço disponível, sem incluir as unidades. Utilize ponto no lugar de vírgula para separar casas decimais. 6.8 cm 67.9 cm 24.4 cm 44.1 cm 57.7 cm
Oi Débora,
Espero que ajude. se precisar é só entrar em contato.
https://drive.google.com/file/d/16za-palnz_uOOdE9NnvIWHM4S9jeYW1I/view
Olá, Debora!
Como você não incluiu a ilustração, vou supor que o fio do pêndulo está preso a um ponto que está verticalmente alinhado com a esfera de massa , que chamaremos de
. Isto implicará que, no momento imediatamente anterior ao choque, a esfera de massa
, que chamaremos de
e é parte do pêndulo, terá sua velocidade toda na direção horizontal, sem nenhuma componente vertical. Além disso, suporei que o sistema mass-mola de
está preso a uma parede a sua esquerda, e
está à direita.
Temos, aqui, 4 instantes de tempo que cabe destacar:
1 - Sistema em repouso, com parada no chão e
em repouso a uma altura
2 - Esfera já em queda livre e na iminência de colidir com
, que está parada. Neste caso,
está no nível do solo
.
3 - Instante imediatamente posterior à colisão. começa a se deslocar para a esquerda, e
, para a direita.
começa a fazer o movimento de volta, subindo com o pêndulo.
4 - atinge sua altura máxima. Podemos ainda definir um instante 4', em que
comprime a mola ao máximo. Não nos interessa saber, aqui, se 4' vem antes ou depois de 4.
Utilizaremos aqui dois Princípios de Consevação: o da Energia Mecânica e o do Momento Linear.
Sabemos que, para um dado sistema, sua energia mecânica é dada por
, onde
é a energia potencial gravitacional,
é a energia potencial elástica e
é a energia cinética. Lembramos que, se o corpo em questão tem massa
, velocidade
, está preso a uma mola de deformação
e está a uma altura
, valem as fórmulas:
,
,
,
onde é a constante elástica da mola e
é a constante gravitacional.
Calcularemos a energia mecânica do sistema em 1 e 2, que sabemos ser igual nestes dois instantes. Na nossa notação, por exemplo, denotará a energia cinética do sistema mola+esfera
no instante 2. Vamos lá:
, onde sabemos que o sistema massa-mola está em repouso, relaxado e ao nível do chão (energia mecânica nula) e o sistema do pêndulo possui apenas a energia potencial gravitacional. Em seguida, vemos que
. Aqui, consideramos o sistema massa-mola ainda em repouso, e o sistema do pêndulo já no nível do chão (energia potencial gravitacional nula), contando apenas com energia cinética.
Como , então
(A)
Agora, calculamos a energia mecânica no instante 3.
, onde usamos o fato de que, logo após a colisão, restam apenas as energias cinéticas das esferas.
Para o instante 3, devemos ter também a conservação da energia mecânica em relação ao instante anterior, dado que a colisão é elástica. Ou seja,
, ou seja,
(B).
Precisamos, ainda, estudar os momentos lineares antes e depois da colisão (instantes 2 e 3).
Lembrando que, para um corpo de massa e velocidade
, seu momento linear
é dado por
e que as direções relativas importam (ou seja, velocidades orientadas para a direita, por exemplo, têm sinal oposto àquele de velocidades orientadas para a esquerda), se considerarmos que a orientação positiva é da esquerda para a direita, temos:
, pois sabemos que
. Além disso,
. Assim, pela Conservação do Momento Linear, temos
(C).
Para concluir, precisamos encontrar a altura final do pêndulo. Para isso, consideraremos apenas a energia mecânica do sistema pendular nos instantes 3 e 4. Isto é quase que o equivalente a inverter o processo que fizemos entre os instantes 1 e 2:
. Assim, temos que
(D).
Precisamos apenas descobrir quanto vale , e faremos isso substituindo os valores do enunciado ao longo dos resultados que fomos descobrindo ao longo da resolução. Temos que
,
e
. Assumiremos também que
.
Já vemos, assim, por (A), que . Isto já implica, utilizando (C), que
. Agora, a partir disto e de (B), temos
Simplificando, temos
, ou seja,
. Inserindo isso em (D), temos
. Isso nos dá, aproximadamente, 67.9 centímetros.