Sociedade colonial

A Sociedade colonial se organizou a partir das chamadas Capitanias Hereditárias, que nada mais eram do que ofícios administrativos de uma região, e representaram a forma política do Brasil até o século XVIII. No início da colonização, a preocupação desta administração, eleita através das mercês da coroa portuguesa, era com a extração e e envio de matérias primas à metrópole portuguesa, como era o caso do pau-Brasil. A ocupação do território foi acontecendo de maneira difusa e, com o tempo, atividades econômicas não extrativistas começaram a se desenvolver, como plantação de açúcar, que veio a representar a organização socio-econômica da colônia, por meio das grandes propriedades rurais. Para auxiliar na produção, os portugueses aqui instalados aplicaram o método escravista, já conhecido em outras posses de Portugal e até na metrópole, e para isso importavam negros escravizados de suas possessões da África. O comércio interno também existia, mas não tinha uma relevância tão grande. Era, portanto, uma sociedade hierarquizada, com uma economia em grande parte baseada na produção para exportação e na utilização da mão de obra escrava. O fator religioso também foi importante na formação do Brasil colônia. A educação jesuíta dos padres que aqui estiveram, como Antônio Vieira, contribuiu para a conversão de índios e para a manutenção da fé católica na colônia até serem expulsos pelo decreto do Marquês de Pombal, na segunda metade do século XVIII. Espero ter ajudado.

Durante o Brasil colônia, pouco foi escrito sobre como organizava-se a sociedade do período inicial. Os historiadores trabalham com algumas evidências históricas que partem de relatos de viajantes e as obras do pintor Jean Baptiste Debret que mostrou a sociedade brasileira do século XIX que pouco havia mudado desde os primórdios da colonização.

A soecidade do período era estatizada e sem mobilidade social, ou seja, um escravizado não tinha tantas chances de conseguir sair da sua condição original, e se assim conseguisse, pouco prosperaria. Além dos escravizados da sociedade açucareira e mineradora, existiam os escravizados das cidades que trabalhavam como "escravos de ganho", barbeiros, carregadores, padeiros, vendedores, faziam diversas funções á fim de ganhar algum trocado nas ruas e repartir com seus senhores. 

Na camada alta da sociedade existiam os senhores latifundiários que atuavam tanto na gestão de minas de ouro, quanto nas fazendas ,bem como os comerciantes urbanos, os religiosos, os políticos das provincias e as autoridades militares. 

O Brasil Colônia era uma sociedade escravista, estamental (organizada em estamentos; camadas sociais e econômicas muito bem delimitadas), latifundiária (grandes pedaços de terra) e que preconizava a monocultura (sistema que prevê a produção em massa de um único produto ou a maior capacidade produtiva do mesmo em comparação a outros), como foi o caso da cana de açucar durante séculos da nossa história. Em linhas gerais, o Brasil tem seu cerne econômico, político e social nas plantations.