Do início da educação até a Psicopedagogia
em 20 de Março de 2020
Ressignificassões e novas formas de produzir Arte
Pensar em realidade virtual, significa pensar nas ressignificações e apropriações de elementos tecnológicos na produção de um novo mundo, em um ambiente pensado a partir de novas formas de produzir arte.
Os artistas do século XXI, o faz com uma habilidade cada vez mais valiosa no mundo arte contemporânea. Mesmo assim o meio tradicional de produção de arte tem reticências na utilização da tecnologia como instrumento de produção de arte.
Mantendo essa linha de pensamento, se faz necessário a compreensão de que os artistas utilizam os meios existentes no seu contexto de convívio para a contestação do conteúdo dominante de arte. E com isso, a produção artística passa ser algo dinâmico para muitos daqueles que são da vanguarda de eu tempo.
E com isso temos a partir da fotografia uma linguagem que será apropriada pelo cinema futuramente quando passa a se aplicar a fotografia á 24 quadros por segundo (aproximadamente a “velocidade” da nossa visão), projetando assim movimento as imagens antes estáticas ainda sem som até a década de 40. A ideia de movimento e principalmente da noção de controle de tempo dada pelo cinema, lembrando que o cinema se remete para elementos antes somente da pintura como o ponto, a linha, o plano, a cor, e a luz.
A princípio com dois caminhos: o documental, e o narrativo; sendo “o cinema como potência política” como afirma Walter Benjamin. Ainda na linha de pensamento de Benjamin, se pode encarar “ o cinema como arte de massa” e entrando em uma discussão já existente no desenvolvimento da Artemídia como conhecemos hoje, como nos aponta Arlindo Machado.
A evolução tecnológica é algo em movimento contínuo e a busca por essa evolução por parte do mundo industrial criou a possibilidade dos artistas se apropriarem desses instrumentos tecnológicos e reutilizarem com outro objetivo. Temos isso claro na utilização do rádio na grande massa e posteriormente na televisão que evoluiu do próprio rádio, a televisão foi feita com programas ao vivo por anos na década de 50, sendo possível gravar qualquer imagem somente na década de 60; com a “fita” de vídeo.
A linguagem aplicada no vídeo é considerada por muitos teóricos como algo em fluxo constante, e em um tom de subversão em relação a televisão sendo essa pensada para atingir a massa para entretenimento, tendo na vídeo arte um campo de produção de experimentação artísticas. Sendo assim conseguimos identificar na Vídeo Arte algo mais pessoal, menos tratamento no material produzido e com isso menos custo de produção em relação ao cinema, por exemplo.
Temos assim um aproveitamento dos instrumentos tecnológicos para fins diferentes do que os de sua criação. Mas, encarando a arte algo com um fluxo contínuo após a mudança do eixo de produção artística com o final da segunda guerra mundial.
Temos em um artista (Naun June Paik) uma inovação no uso da tecnologia na arte, com sua abordagem e utilização diferenciada das partes internas dos aparelhos; temos como exemplo a utilização de um sintetizador para a manipulação e colorização de imagens( indo da cor ultra violeta para o infra vermelho).
O período de transição da Vídeo Arte podemos citar a utilização do som eletrônico com imagem sendo bastante conceitual a junção desses elementos na produção artística. Já na Vídeo Instalação a ideia utilizada é a de manipulação das imagens para gerir um auto conhecimento do outro, mostrando a subjetivação do tempo e sua relatividade, criticando os clichês da utilização do corpo feminino.
A instalação, ou seja a utilização das galerias de arte e museus para a exposição da vídeo arte fazendo com que os espectadores passem a participar e interagindo com a exposição proposta por um artista.
Se cria através da interação com o público uma realidade paralela àquela vivida no seu cotidiano, com o desenvolvimento tecnológico e também com o desenvolvimento da internet que possibilitou uma visualização rápida e continua de vídeos fez com que o imaginário dos usuários criassem expectativas de um novo mundo, de novas possibilidades. Se inicia o questionamento do que seria “mundo real” e “mundo virtual”.
Professora Ully Fernandes.