Introdução às propriedades do som (para músicos)

INTRODUÇÃO ÀS PROPRIEDADES DO SOM

(Para Músicos)

  Primeiro sobre as propriedades do Som, que de acordo com Osvaldo Lacerda, em seu livro “Compêndio de Teoria Elementar da Música” podem ser divididas em quatro:

Duração: Tempo de Produção do Som.

Intensidade: É propriedade de ser mais forte ou mais fraco.

Altura: É a propriedade de ser mais grave (grosso) ou mais agudo (fino).

Timbre: É a propriedade do som que permite distinguir sua origem (timbre do violino, piano, flauta, etc.).

As definições no parágrafo acima estão corretas, sem dúvida, mas com um olhar mais cuidadoso podemos entender os aspectos físicos que envolvem o som e sua percepção.

  O Timbre: Esta propriedade costuma ser a última, é geralmente pouco explicada e deixa um vazio muito grande no que diz respeito ao que faz cada som ter uma característica diferente. A questão do timbre pode ser muito intuitiva na experiência do acontecimento sonoro (conseguimos diferenciar o som de diferentes vozes, instrumentos, etc.) mas o motivo pelo qual uma flauta e um piano tocando a mesma nota soam tão difentes é muito pouco intuitivo e abstrato, por isso que usando um pouquinho de ciência fica mais fácil compreender tais acontecimentos sonoros.

Abaixo temos um tipo muito simples e comum de ilustração de uma onda:

  Esta é uma síntese muito interessante, porém ela deixa passar muitos elementos interessantes sobre o timbre, o que esta representação “esconde” são os Harmônicos.

Os Harmônicos foram muito estudados por Pitágoras, que ao analisar vibrações de uma corda constatou que a nota que soava possuia dentro de “si mesma” várias outras notas soando simultaneamente (harmônicos), como podemos observar na seguitnte imagem:

Acima temos uma reprentação mais interessante no campo dos timbres, podemos observar que tomando a onda de 50hz como fundamental (base), o que temos nas outras linhas são seus harmônicos multiplos da frequência fundamental, e dependendo da intensidade, quantidade e duração desses harmôncios podemos determinar o timbre.

Outra imagem que ilustra muito bem a questão dos Harmônicos.

Na imagem abaixo podemos observar na “prática” como a onda complexa (final) é formada a partir da fundamental e seus respectivos harmônicos.

  Para concluir vamos ao ultimo conceito introdutório importante na compreensão do timbre, o ENVELOPE:

Respectivamente:

Ataque: Forma com a qual o som é iniciado.

Decaimento: Forma com a qual o som decai.

Sustentação: Tempo que o som pode ser percebido sem muitas alterações de intensidade, sustentando-se.

Desaparecimento (Release): Forma com a qual o som se esvai.

O Envelope pode variar muito de instrumento para instrumento e é importantíssimo para determinar o timbre.

  A ALTURA: Para os músicos mais experientes é de fácil compreensão e distinção. A grosso modo podemos dizer que o conceito de grave e agudo explica a propriedade, mas com alguns detalhes a mais podemos dizer que a altura (em termos de onda) pode ser relacionada ao comprimento da onda. Abaixo um guia de algumas nomenclaturas que vão ser úteis; Comprimento de onda e Amplitude.

  Abaixo dois exemplos; quanto maior o comprimento de onda mais grave é o som.

Também já podemos explicar a INTENSIDADE, de acordo com a sua amplitude. Na imagem abaixo o comprimento de onda é o mesmo nos dois exemplos, a única coisa que muda é a amplitude.

  Por último vamos a DURAÇÃO, que basicamente é o tempo que cada onda/som (que vimos anteriormente) dura, simples assim! E por hoje é isso. Agora quando te perguntarem sobre as propriedades do som você pode explicar com base em algumas informações deste artigo, fugindo de uma simples definição tirada de um livro.