Sobre falhar e recomeçar — e o que aprendemos com Hegel
em 07 de Janeiro de 2023
É predominante, no mundo moderno, um certo culto o niilismo, assim como um sentimento de vazio e incerteza do que há por vir. O pessimismo de autores como o de Nietzsche é popular àqueles que começam a estudar filosofia.
E não vou negar: é sedutor, mas só até as pessoas começarem a ter essa atitude diante da vida em sociedade. Toda essa filosofia acaba sendo um gatilho pra uma sociedade cada vez mais agressiva, com permissividade filosófica.
Existe um sentimento geral da sociedade da “necessidade de se rebelar contra a organização total da sociedade imposta pela racionalização do trabalho e triunfo da tecnologia”, de acordo com Vattimo.
Por isso, vivemos um período de incertezas, onde a sensação dominante dos membros da sociedade é de fracasso, de que tudo é incerto e não há certeza fundamental. Vivemos em um mundo que relativiza, que desdenha daquilo que é certo e errado e dos valores morais. Afinal, como sempre lembram os pessimistas, vamos morrer.
Apesar de esta ser uma verdade, reafirmar este fato constantemente dá margem à agressividade. Dá permissividade para as pessoas serem agressivas. Nada mais importa. O que veio do fim da modernidade não é bonito, e acompanha uma necessidade de reconstruir o que entendemos por História e a Antropologia.