Pense fora da caixa - Um novo tipo de MD

O aluno convencional foi acostumado e condicionado de tal maneira que, ele pensa, ele "acha" que a aula de língua estrangeira com teacher e material didático é suficiente. Tomara que algum dia alunos despertem para uma realidade além da superficial onde eles mesmos queiram e se disponham a realizar novas atividades e práticas que possam ajudá-los a aprender genuinamente o idioma. Já vi gente que pagou uma nota pra fazer intercâmbio, e voltou com um nível de fluência que poderia ser atingido aqui mesmo, no Brasil. Este é um exemplo de muitos outros caso. Tem gente que precisa gastar muito dinheiro e, mesmo assim, não são conscientes de que estratégias de aprendizado, quando bem estruturadas, ajudam o aluno a aprender muito bem.

O aluno não faz glossário porque ele está acomodado com o livro da editora. A maioria desses livros, independentemente da editora, foram feitos por toda uma equipe de profissionais, editor, designer, redator, bibliotecário, revisor, diagramador, etc. Não sei te dizer se tinha algum professor por perto, ou um falante extremo de idiomas, ou até mesmo um agente da educação com vontade de inovar lá, mas a questão é que até os dias de hoje eu não vi nenhum material didático com um diferencial verdadeiro. Se você nunca percebeu isso, já vai sendo hora de que você note que, todos possuem os mesmos formatos, quadrados, com os mesmos tipos de exercícios e o mais engraçado é quando pensam que quanto mais conteúdo tiver o livro, é porque a editora elaborou um material melhor.

Aluno não faz glossário porque ele está na zona de conforto. Veja bem: "Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: só repetimos seu processo mental. (...) O trabalho de pensar nos é, em grande parte, negado quando lemos. (...) Durante a leitura nossa cabeça é apenas o campo de batalha de pensamentos alheios. (...) Daí se segue que aquele que lê muito e quase o dia inteiro, e que nos intervalos se entretém com passatempos triviais, perde, paulatinamente, a capacidade de pensar por conta própria como quem sempre anda a cavalo acaba se esquecendo como se anda a pé." (Schopenhauer. In: Pereira, 2002, p.16)

Pois bem, após a ter lido o trecho em negrita, faça a reflexão: quantas vezes colocaram você para aprender o idioma na sequência do livro? Costuma-se pensar que precisamos aprender sempre a mesma coisa, no começo, quando iniciamos um curso, no entanto, dependendo da casa, você pode entrar pelo jardim, pela cozinha, pela garagem, pelo subterrâneo, pela porta traseira, lateral, etc. Pensem nisto, professores, alunos, falantes. Atrevam-se a conhecer o idiomas por outros ângulos, e vocês irão se familiarizar devidamente com ele.

No glossário, customizado, é você quem vai construindo uma sequência de palavras e frases, é você que vai consolidando um acervo pessoal de informações, estruturadas de forma inteligente, e não sempre seguindo o padrão, o famoso padrão dos livros. Antigamente, as pessoas aprendiam idiomas fazendo um glossário, já que, glossário é a palavra mais formal para se referir a lista de vocabulário. O glossário é aquele instrumento que intérpretes usavam para se preparar antes de acompanhar um diplomata, é a ferramenta que curiosos em aprender mais sobre a cultura do idioma, levavam-no embaixo do braço durante um tour turístico, e escreviam anotações quando o guia fala de algo em específico.

Enfim, por que o aluno não faz glossário? Porque algo tem mais protagonismo no seu aprendizado, e o motivo pelo qual, introduzir este agente mediador em seu aprendizado fará com quem o elemento protagonista se harmonize com a entrada do glossário no seu aprendizado.