A membrana plasmática que decide
em 15 de Outubro de 2018
Nas Ciências é necessário ferramentas para se estudar os aspectos dela, e na Biologia não é diferente. Dessa forma uma descoberta e invenção muito importante para a Biologia foi o microscópico, o qual possibilitou a criação de um dos ramos de investigação científica dentro da Biologia, a Biologia celular (ou citologia).
O primeiro estudioso a utilizar um microscópico para investigação da natureza foi um Holandês chamado Antonie Van Leeuwenhoek (1632-1723). Leeuwenhoek aprendeu técnicas óticas que possibilitou a construção de um microscópico de uma só lente, e com ele o holandês observou água estagnada, sangue, esperma. O estudioso conseguiu descobrir nesses materiais, respectivamente, microrganismos, hemácias e espermatozóides. Esse microscópico é considerado um microscópico simples, pois possui somente uma lente.
Depois dos experimentos de Leeuwenhoek cientistas ingleses encarregaram o físico Robert Hooke (1635-1703) de construir um microscópico ainda mais poderoso que os de Leeuwenhoek. O resultado de Hooke foi um modelo de microscópico com duas lentes ajustadas a um tubo de metal. Por ser constituído por duas lentes, esse aparelho ficou conhecido como microscópico composto.
Mas quando a célula entra nessa história?
Através da invenção de Hooke, e de suas observações que a célula foi descoberta. O físico apresentou o aparelho aos cientistas ingleses, e em uma dessas amostras ele mostrou finas fatias de cortiça, um material que se revelou por cavidade microscópicas. Robert Hooke comparou essas cavidades aos quartos (celas) de um convento, denominando-as células (em inglês, cells). O termo “célula” deriva do latim cellula, diminutivo de cella, que significa pequeno compartimento.
Dando continuidade aos seus estudos, Hooke conseguiu material suficiente para produzir um livro, intitulado Microgaphia. Ao observar partes de plantas, ele e outros pesquisadores observaram que estas apresentavam células semelhantes a cortiça, a diferença somente se dava que em células vivas existia um material gelatinoso presente na região interna destas. Nos anos seguintes o termo célula também passou a designar o espaço interno das caixinhas microscópicas presentes no corpo da planta.
Outros pesquisadores se dedicaram ao estudo microscópico do corpo de animais, que constataram a presença de bolsas microscópicas de aspecto gelatinoso, cujo conteúdo parecia corresponder ao das caixinhas presentes nas plantas. Essa bolsa presente nos animais passou então a receber o nome de célula.
A Teoria celular
Com os estudos de Hooke, Leeuwenhoek e dos outros pesquisadores, a microscopia se desenvolveu rapidamente. Baseando-se nesses estudos, dois cientistas alemães, Mathias Schleiden e Theodor Schwann lançaram a hipótese de que todos os seres vivos são formados por células, o que viria mais tarde constituir a base da teoria celular.
Em 1838 os dois alemães reuniram-se e discutiram suas ideias sobre a organização dos seres vivos. Schleiden estava estava convencido de que todas as plantas eram constituídas por células, o mesmo valia para Schwann tinha a mesma opinião acerca dos animais e resumiu deste modo suas ideias sobre a estrutura dos seres vivos:
“(...) As partes elementares dos organismos são células, semelhantes no geral, mas diferentes em forma em função. Pode ser considerada certo que a célula é a mola-mestra universal do desenvolvimento e está presente em cada tipo de organismo. A essência da vida é a formação da célula (...)”
O estudo desses dois cientistas foi reconhecido por importantes biólogos da época, como fisiologistas Claude Bernard e o patologista Rudolph Virchow, o que facilitou a aceitação desse estudo na comunidade científica. Essa teoria foi base para especulações da origem da vida, que veremos em outro momento.
Com o passar do tempo a teoria celular se ampliou, apoiando-se em três premissas fundamentais:
1 – Todos os seres vivos são formados por células e por estruturas que elas produzem; as células são, portanto, as unidades morfológicas dos seres vivos.
2 – As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células; estas são, portanto, as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres vivos.
3 – Novas células se formam pela divisão de células preexistentes, por meio da divisão celular; a continuidade da vida depende, portanto, da reprodução celular.
Referências Bibliográficas
http://aprendendocomgildinhos.blogspot.com/2014/05/realizacoes-de-robert-hooke.html
https://academic.oup.com/labmed/article/41/3/180/2504959
https://edu.glogster.com/glog/anton-van-leeuwenhoek/2d8a20hl5ei
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http://clutch.open.ac.uk/schools/willen99/w_people/Hooke/Hooke.html
http://stevegallik.org/cellbiologyolm_Ex001_P04.html