História da escrita

Introdução

A história da escrita começa na na pré-história onde os homens faziam desenhos na parede de suas cavernas como forma de se comunicar. Estes, eram chamados de pinturas rupestres, tinham o papel de transmitir as idéias de seus povos já que representavam seus desejos e necessidades. A arte rupestre, obviamente, não se tratava de uma escrita, uma vez que não havia uma padronização e organização, contudo foi o início da comunicação dos seres humanos.

Segundo os historiadores, os sistemas de escrita que se tem conhecimento foram instituídos de forma independente, em períodos distintos, por civilizações diferentes, entre elas a Mesopotâmia, China, Egito e América Central.

Assim como as línguas, o processo de escrita está sempre se modificando. A prova disto é que os textos produzidos a cem anos atrás, por exemplo, provavelmente possuem palavras que não são mais tão usadas atualmente.

Todo o desenrolar da história da escrita foi um passo importante para a humanidade, não somente por ser um recurso que comprova os registros históricos, mas também por representar uma outra forma de ler e interpretar o mundo.

A mudança da escrita é tão clara que atualmente, em vista da evolução da tecnologia, a caligrafia que tinha tanta relevância, acabou perdendo o primor por conta do acesso aos computadores. O uso de aparelhos tecnológicos acaba por facilitar o uso de letras digitais e , além disso, a internet tem possibilitado uma escrita com certas limitações, principalmente por conta do encurtamento das palavras, gírias, etc.

Início da escrita: Mesopotâmia

Sabe-se que a história da escrita tem início com a civiização mesopotâmica(atual Iraque) por meio dos sumérios. Eles desenvolveram a escrita cuneiforme por volta de 4000 a.C. Eles iniciaram o processo usando argila e a cunha(uma ferramenta de metal ou madeira dura, em forma de prisma). Geralmente os registros do cotidiano desse povo eram representados por desenhos, feitos nessas placas de barro. Com este material não era necessário um grande desenhista para fazer todos os caracteres. Na escrita cuneiforme eram usados cerca 2000 símbolos, todos feitos da direita para esquerda.

De acordo com os historiadores, no decorrer de trê mil anos a escrita cuneiforme foi usada por quinze línguas diferentes e entre eles estava o sumério, o persa e o sírio. Conforme esta escrita se difundia pelo Oriente médio, outros estilos de escrita eram elaborados nas civilizações do Egito e da China.

História da escrita na Roma Antiga

Na roma Antiga, foi instituído o alfabeto romano, só existiam letras maiúsculas, inicialmente. Após um tempo, as letras eram escritas em pergaminhos- peles de animais, geralmente cabras, carneiro, ovelhas, cordeiro - com o apoio de hastes de bambu, penas de patos e outras aves. Entretanto, ocorreram algumas modificações no alfabeto romano, em sua forma original, pois criou-se um novo estilo de escrita batizado escrita uncial, que perdurou até o século VIII, muito usado na escritura de Bíblias escritas.

No período da Alta Idade Média, a partir do século VIII, Alcuíno, um monge da Nortúmbria, decidiu inventar outro tipo de alfabeto a pedido do imperador Carlos Magno. Contudo, este novo modelo também apresentava letras maiúsculas e minúsculas. Com o passar do tempo esta escrita sofreu algumas modificações que tornou a leitura mais difícil. O que aconteceu foi que alguns italianos letrados, em pleno século XV, inquietos com o estilo mais complicado, decidiram elaborar uma nova maneira de escrita.

Lodovico Arrighi, outro italiano letrado, realizou a publicação do primeiro caderno de caligrafia. A ele se deve o estilo que hoje conhecemos por itálico. Após a publicação do primeiro caderno de caligrafia, foram impressos outros cadernos, nos quais seus tipos eram gravados em chapas de cobre(calcografia). Foi por meio da calcografia que deu-se origem a designação da escrita calcográfica.