
DNA: o manual de instruções do corpo humano

em 12 de Maio de 2025
Vamos falar sobre a evolução das espécies, um assunto essencial para mandar bem em ciências da natureza e até mesmo na redação do ENEM.
No início do século XIX, começaram a surgir as primeiras teorias sobre a evolução dos seres vivos. Antes disso, a maioria dos naturalistas acreditava no fixismo, ou seja, na ideia de que as espécies eram imutáveis — permaneciam iguais ao longo do tempo, sem sofrer alterações. Com a descoberta de novos continentes e o avanço da ciência, essas explicações tradicionais, muitas vezes baseadas apenas em crenças religiosas, começaram a ser questionadas. Assim, cada vez mais naturalistas passaram a defender a ideia de que as espécies poderiam se transformar ao longo do tempo.
Um dos primeiros cientistas a propor uma teoria evolucionista foi o francês Jean-Baptiste Lamarck. Entre 1800 e 1822, ele publicou diversas versões da sua teoria.
Segundo Lamarck, os seres vivos atuais surgiram de formas primitivas originadas espontaneamente a partir da matéria não viva — uma ideia conhecida como geração espontânea. Com o tempo, essas formas primitivas se modificariam, originando novas espécies.
Hoje sabemos que a geração espontânea não ocorre, mas Lamarck também apresentou uma proposta interessante: a lei do uso e desuso. De acordo com ela, o ambiente poderia influenciar os hábitos dos organismos, levando ao desenvolvimento exagerado de certas estruturas e à atrofia de outras.
Lamarck explicou a ausência de pernas nas serpentes dizendo que seus ancestrais, ao se adaptarem a um modo de vida rastejante, passaram a usar cada vez menos seus membros. Com o tempo, essa característica teria sido transmitida para os descendentes. Apesar de suas limitações, a teoria de Lamarck foi importante para abrir o caminho para o estudo da evolução.
A teoria da evolução como conhecemos hoje começou a ser construída em 1831, quando Charles Darwin, então com 22 anos, embarcou na expedição do navio HMS Beagle como naturalista.
Durante quase cinco anos, Darwin percorreu diversos continentes, coletando fósseis, espécies vivas e registros detalhados. Um dos primeiros indícios da evolução surgiu ao encontrar fósseis de um animal gigante já extinto, muito semelhante às preguiças atuais. Essa semelhança chamou sua atenção e levantou a hipótese de que as espécies poderiam ter mudado ao longo do tempo.
Mas foi nas Ilhas Galápagos que Darwin encontrou pistas ainda mais importantes. Ele percebeu que animais de ilhas diferentes apresentavam pequenas variações, apesar de serem muito parecidos. Isso o levou a concluir que as espécies das ilhas evoluíram a partir de ancestrais comuns, adaptando-se às condições específicas de cada ambiente.
Após anos de estudo, Darwin formulou a ideia de descendência com modificações: as espécies atuais surgiram a partir de ancestrais comuns, sofrendo mudanças ao longo do tempo.
O ponto central da teoria de Darwin é a seleção natural. Segundo ele:
Em qualquer população, existem variações entre os indivíduos.
Alguns indivíduos possuem características que os tornam mais adaptados ao ambiente.
Esses indivíduos têm mais chances de sobreviver e se reproduzir.
Suas características vantajosas são transmitidas às próximas gerações.
Em resumo: na natureza, sobrevive não necessariamente o mais forte, mas o que melhor se adapta às condições do ambiente.
Evolução é um processo lento e contínuo.
A seleção natural é o principal mecanismo da evolução.
As ideias de Lamarck e Darwin são frequentemente cobradas, principalmente em comparação.
Com esses conceitos claros, você estará pronto para enfrentar as questões de evolução no ENEM!